Na embaixada brasileira, eles esperavam anciosos pelo atendimento, haviam marcado uma audiência com o embaixador há semanas. Mal podiam esperar para falar com ele.
Uma mulher vestida formalmente, com saltos batendo no chão se aproximou.
- O embaixador vai recebê-los agora. Me acompanhem por favor. disse em português com sotaque.- Obrigado.Ambos se levantaram e acompanharam a moça até uma sala onde um homem aparentando uns cinquenta e poucos anos, muito elegante, os aguardava.
- Bom dia, em que posso ser útil?- Seremos breves.Carlos abriu a pasta e colocou sobre a mesa do embaixador, todas as provas que havia juntado. Havia fotos, algumas cópias de documentos de compra de pessoas e até um slide anunciando o leilão de duas irmãs, uma delas criança, por sinal.
O embaixador franziu o cenho e olhou incrédulo para Carlos e depois para Liz.- O que sigAlexia acordou animada, sabia que naquele dia se veria livre daquele inferno. Estava sentada no jardim, observando a fonte que há quatro anos era sua confidente, naquele dia a fonte parecia diferente, mais alegre. Talvez ela estivesse mais alegre.- Se despedindo? - Henry, que susto. Não te vi chegar. Estou só me lembrando de quantas vezes me sentei aqui nesse mesmo banco para chorar.- Você sabe que horas vai ser?- No horário que começa a função. Eles querem pegar a casa cheia e garotas no quarto com clientes. Acho melhor a gente deixar esse assunto, se a bruxa ouvir...Henry se aproximou do ouvido de Alexia.- Estou louco para ter você em meus braços. Alexia riu. - Eu também. Venha.Alexia levou Henry para o lugar deles. Parecia ainda mais iluminado hoje. Eles fizeram amor ali, novamente e novamente. Henry acariciava os quadris de Ale
Pou...um tiro foi ouvido a quarteirões de distância.-NÃAAAAAAAAAO.Um baque surdo e um corpo inerte caiu no chão.- HENRY.A voz de Alexia soou alta. Alguém chegou por trás e imobilizou Sofia, tirou a arma dela e a algemou. Annie.- PORQUE HENRY. O QUE VOCÊ FEZ?- Lembra...que...eu...disse...- Não fala nada. Não se esforce.-Minha vida não...Vale a pena...Se você...Não estiver nela...- E qual o sentido da minha, se você não estiver nela?Lágrimas rolavam pela face de Alexia e borrava sua maquiagem.- A ambulância ja chegou, venha querida. -disse Liz.- Vou com ele, não posso deixá-lo.-Sim, vamos logo atrás de você.Alexia levantou o olhar e fitou Sofia. Levantou-se e seguiu na direção dela. Sua mãe a segurou.- ME SOLTA!Desvencilhou-das mãos de Liz, que a segurava pelo braço e ca
Vários dias se passaram e o mal estar de Alexia só piorava. E ela também continuou tendo sonhos estranhos.- Eu não quero ir.- Você precisa saber o que tem.-Não é nada. É só o stress que eu passei.- Você vai e fim de papo.- Henry, eu não vou.- Por que isso Alexia? - Eu tô com medo de estar doente.- Só que se você estiver precisa descobrir logo para se cuidar.-TA BOM HENRY, VOCÊ VENCEU.[...]- O que ela tem doutor? É grave?- Na idade dela é sim, mas ela vai ficar bem.- O que é? - Ela está grávida. - Grávida? - Sim, de 16 semanas, ela não comentou se a menstruação estava atrasada?-Não.Henry não sabia o que pensar.Como diria isso a ela? Será que ela ficaria feliz?- Pode deixar que eu digo a ela doutor.Henry caminhou confuso até o quarto onde Alexia aguardava, ela já havia vestido suas roupas e colocava o c
Alexia caminhava na beirada da piscina, sua barriga já estava enorme, como ela podia pensar que seu bebê, agora se tornaria mãe?Ela sabe ques se fosse em outras circunstâncias, estaria surtando por sua filha estar grávida de sete meses aos dezesseis anos, mas depois de tudo o que ela passou, ter um filho do homem que ela amava, era uma bênção. E por outro lado, Henry é muito responsável. Não é o tipo de garoto que foge às responsabilidades.Alexia estava tão feliz, era possível ver no seu rosto. Liz estava lendo uma revista que falava de bebês, elas não quiseram saber os sexos deles. Ela ouve a risada de Alexia.- Mamãe? - Sim, querida? Liz levanto o olhar, mas não a v&e
Raul estava no banho e Rafaela estava dormindo no carrinho, de onde estava, Amanda podia vê-la, ela estava na cozinha preparando o almoço. Raul amou a feijoada, agora quer comer toda semana. Ela achava incrível como o português dele estava fluente, ele ja arranhava um pouco antes, mas agora estava muito melhor, ela nem viu o tempo passar, já faziam onze meses desde que saira da Inglaterra. Há dois anos atrás ela nem imaginava como sua vida estaria diferente, não só do que era no momento, mas também de tudo o que ja foi. Raul fez questão de uma grande festa em seu casamento. Foi lindo. Haviam decorado o jardim com orquídeas, pois Raul sabia que eram as flores favoritas de Amanda e ele queria fazê-la feliz. Ele estava de fraque, lindo parecia um principe, o vestido dela era rosa, não quis se casar de branco por motivos óbvios, tinha um bordado que vinha do busto em v e descia por toda a lateral, chegando atrás, na cauda. Era de uma alça só, a qual tinha
Já havia se passado muito tempo desde que estava ali, no intervalo entre as visitas violentas de Sofia, Alexia apenas dormia, não sabia há quanto tempo estava ali, só sabia que precisava fugir ou perderia seu bebê. Estava se sentindo fraca, por conta da pouca alimentação e dos períodos muito espaçados sem comer nada, as vezes o homem que tomava conta dela lhe trazia biscoitos, mas não era muito. Ele não era tão mau, mas também não podia ajudá-la. E ela não cobrava, também faria qualquer coisa por seu filho.Alexia se levantou, precisava ir ao banheiro, ultimamente vinha sentindo muita vontade de urinar por causa do peso da barriga. - Você pode se virar? Preciso... Disse apontando para o vaso sanitário. - Oh...sim, claro, eu vou sair e em cinco minutos eu entro de volta.- Ok, obrigada. A
Henry chorava ao ver a agonia de sua amada. Alexia já não conseguia gritar, apenas chorava, ela sangrava muito e já não tinha forças.- PARE O CARRO, HENRY, O BEBÊ VAI NASCER. - Gritou Alexia.Henry arregalou os olhos.- Não é melhor esperar chegar ao hospital?- NÃO! PARE AGORA!Henry encostou o carro em frente a um parque e saiu, abriu a porta de trás e pegou Alexia no colo. Com ela nos braços foi em direção ao parque, que tinha muitas árvores, procurou por um lugar, acomodou Alexia, que gemia, no banco, tirou sua camiseta e forrou uma dessas mesas que se usa pra fazer piquenique, pegou Alexia novamente no colo, e a colocou sobre a mesa. As únicas que os acompanharam foram Liz e Amanda. Liz trazia um cobertor que sempre mantinha no carro e colocou sob a cabeça de Alexia. Era noite e o parque, embora aberto, estava vazio.
Quando Carlos recebeu aquela ligação, Henry achou que fosse trote ou algum tipo de brincadeira. Chegou a achar que Alexia não estava naquele galpão, mas Arthur foi mais esperto que ele ao notar aquela parede falsa. Como pode ser tão estúpido? Estava na cara dele e ele não viu. Quase perdeu a oportunidade de salvar a sua futura esposa e sua filha. Quando ouviu os gritos dela já do corredor, imaginou toda a sorte de coisas, achou que ela estava sendo torturada por Sofia, pensou coisas horríveis, agora imagine qual não foi a surpresa dele, quando estevam a ponto de arrombar a porta e ela foi aberta. Alexia estava jogada sobre um colchão e parou de gritar quando o viu.- Henry. - Sussurrou. Parecia que sua voz era forçada a passar pela garganta. O homem abriu a cela e ele pegou Alexia no colo. Sentiu um grande alívio ao sair dali com ela a salvo. Mas quando pensou que tudo ficaria bem, aqu