A mulher atirou para o alto como uma Ameaça clara a vida da garota que ela tanto odiava. E mesmo com os olhos cheios de rancor, Madison percebeu que ela aquela mulher não podia mata-la. Não ainda. Mas ela ainda fechou os olhos esperando o cano da arma encostar na cabeça que ainda era acariciada por ela. E mesmo enquanto tentava lembrar-se de alguém como ela pela casa, na surgia. E a Madison Reese costumava lembrar-se de tudo. – Ela era a minha melhor amiga, mesmo eu sendo uma empregada... Eu pelo menos achei isso. Eu a amava desde a primeira vez que pisei os pés naquela casa. – Eu não me lembro de você. Como pode ter... – Xi. – Ela gesticulou com o dedo, embora soubesse que a mulher sentada ao lado não pudesse ver aquele gesto. – Eu ainda estou contando, querida... – Desculpe! – Madison Reese disse com uma dor grande dentro do peito. No fundo ela só queria sobreviver. Ela só queria a verdade, mesmo que aquilo doesse ainda mais. – Eu era casada, e eu era tão feliz. E ela
Ele invadiu o casebre e correu em direção a mulher que estava em estado de choque. – O que você fez? – ele esbravejou ao toca-la tão coberta por sangue. O sangue dela... O liquido ainda quente se espalhou pelos comodos e ele encarou o corpo debruçado no chão e a cabeça estourada. Ele não queria ver o que havia acontecido com a mulher... Ele nem mesmo ousou toca-la. Então ele buscou pela atenção da esposa que ainda escava aquilo como se fosse culpada. – Madison, o que você fez? Mas ela ainda não podia responder. E sem que o Cesare esperasse, ela o abraçou pelo pescoço sem a intenção de voltar a liberta-lo. Naquele momento havia tanta angústia e ele sentiu que deveria protege-la. Ele pensou que se a esposa tivesse matado aquela mulher, ele deveria assumir.. mesmo que não fosse verdade. Mesmo que todos do lado de fora soubessem. Mas quando ele tentou tocar na mulher, a esposa o segurou. Ela o abraçou ainda mais. E então encarou-lhe nos olhos assustados. – Não fui eu... Vo
– Estamos todos aqui reunidos essa noite, não para comemorar, mas unidos por uma alma turbulenta e cheia de pecados. De alguma forma essa pobre alma nos deixou, e mesmo com todos os erros que cometeu, eu ainda posso sentir que amava de verdade. – Madison Reese sentiu a voz embargar com violência. – Eu espero finalmente encontre a paz que buscava.O caixão estava ali, as pessoas ainda a encaravam como se a mulher tivesse mais que duas cabeças em cima do pescoço, mas ela já não pareceu mais se importar. Madison desceu os degraus e encontrou os dois filhos logo a baixo.– Mamãe? Para onde nós vamos?Mas ela parecera tão fria que nem mesmo podia responde-los. Havia de fato uma sincera dor da perda que ela não conseguia superar. Então Madison olhou para trás pela última vez e sentiu a onda eletrizante atingi-la quando finalmente a tocou nas mãos. O Cesare Santorini ainda tinha aquele mesmo ar sedutor e misterioso de sempre enquanto parecia indaga-la com o olhar. Ela sorriu gentilm
O carro parou subitamente, acordando as crianças que cochilavam ao fundo. Madison Reese direcionou um olhar questionador ao marido de rosto tácito e olhos perdidos. – Que raios está fazendo? Você vai machucar o bebê. Ele estava com o pé no acelerador, como se o tivesse travado propositalmente. Não foi. O homem parou ao encarar a mulher, e ele analisou cada aspecto nela. Os olhos vagaram pela barriga e as mãos nela como se a estivesse protegendo de qualquer dano naquele automóvel. Cesare engoliu em seco, sentindo o coração ser esmagado. De alguma forma, a sensação era boa. – Você diz, mais um bebê? Ela arqueou a sobrancelha ao olha-lo como se não o estivesse reconhecendo. – Amor, você está bem? Com uma agilidade estranha e um gesto ainda mais incomum, ele segurou-a nas laterais do rosto. Havia uma clara testa enrugada de preocupação e um rosto sério. Ele não gostara da notícia? Madison sentiu a decepção atingi-la como uma flecha direto no peito. Ele passou a analisa-l
Mais um casamento. O lago estava brilhante como a luz da lua que parecia flutuar sobre a água cristalina. A mulher de branco caminhou por entre flores brilhantes pelas luzes que as iluminavam logo em baixo. A barriga enorme indicava que ela talvez não devesse estar em uma festa, mas o Cesare Santorini acreditava que eles poderiam começar outra vez. Tudo, sem exceção.Ela andou como em um conto de mágica, e cada lugar em que pisava parecia mais brilhante que antes. Ele aumentou ainda mais os olhos como grandes refletores apenas para olha-la. A farda quase militar, mas de um corte tão rico e formal que não poderia ser usado por qualquer um. A forma como ele pareceu durão.... Não durou muito. Ele colocou os dedos na ponte do nariz e se pôs a tentar esconder as lágrimas enquanto a linda garota de gelo se aproximava em um vestido branco no meio da neve do inverno nada rigoroso. Era como presenciar um anjo. Madison tinha as faces coradas e os belos pés inchados que não ousou calçar s
Epilogo. – Mamãe, me conta de novo como o papai desmaiou quando eu nasci. Haviam mais oito pares de olhos a encarando na sala de natal. Cesare invadiu o cômodo e jogou a criança mais próxima para o alto. Duas meninas, mas a última ainda era um lindo bebê. – Não! – Cesare parecia envergonhar-se do acontecido. – Deixem a sua mãe. Madison Reese Santorini direcionou-lhe um olhar debochado. – Oh, senhor Santorini, as crianças não me incomodam. Ele meneou com a cabeça. – Senhora Santorini. Tem certeza? São cinco filhos. – Oh sim, senhor Santorini. São muitos, mas eu nunca me senti tão feliz. Ele pareceu induzi-la a algo, apontando-lhe para o andar de cima... – Muito bem, senhora Santorini. Deixe-me faze-la mais feliz ainda. Ela o encarou com curiosidade. – Como? Acho que isso é impossível. – Vamos fazer mais um! – pareceu uma conclusão óbvia, embora estivesse brincando. As crianças pareciam protestar. – Ah, papai! Mas a mamãe acabou de ter a Bianca. Quer mais? Char
Leitura não obrigatória para os enredos do livro.Esta parte tem como intuito esclarecer os enredos do livro, bem como os vilões. Uma volta ao passado. – Sara Reese, onde você esteve? O vento frio soprava com a mesma intensidade que o coração gelado da Sara Reese pulsava violento. Ela olhou para o pai, que jazia duro e imóvel no chão, como se sua morte tivesse acontecido há muito tempo. – Pai? Pai? Acorda! – Ela implorou. Não importava o quanto ela o sacudisse, o Amiro Reese havia ido embora definitivamente. Aquilo a deixou em um estado de pânico tão grande que ela, ainda sentada, se arrastou pelo chão em direção a parede imunda. Sara Reese recostou as costas e levou as mãos a cabeça que não pode ficar parada. Ela a bateu contra a madeira varias vezes, implorando a si mesma pela coragem o suficiente para morrer. Aquele era o único homem que ela realmente havia amado, mas agora ele estava morto, e o que ela deveria fazer? Ela não tinha mais ninguém no mundo além de si mesma.
Foram apenas dois meses morando com aquela mulher louca, até que ela se acostumasse com o nome. “Sara”, com certeza soava melhor que Benedict, e ela o usou deliberadamente como se fosse seu, para seduzir homens que haviam sabido da fama da garota agora tão magra quanto uma caveira. Sara Reese por muito havia ido embora, mas o seu nome perduraria naquele local como a garota de programa de rosto melancólico que chorava no palco, mas que ainda possuía uma malícia na cama, tal como uma Salomé do Egito antigo. Ela bebeu tanto e seus pulsos estavam feridos e roxos de tantas drogas injetáveis, mas nada pareceu importar-lhe, até que fora levada embora por policiais. Aquele seria o triste fim de uma mulher que fora enforcada erroneamente. Enquanto isso, Sara Reese passeava lado a lado com a Celsea, por pastos tão verdes de cheios de animais que ela jamais fora capaz de ver antes. O rio estava um pouco abaixo de onde costumavam nadar nuas, mas um homem a atacou na calada da noite, e não