Não sabia o que dizer para o Ethan, e nem sei se adiantaria dizer alguma coisa, porque nem eu conseguia me entender. Por mais que eu dissesse a mim mesma que tinha que manter o profissionalismo, bastava estar ao lado dele que toda a determinação ia por água abaixo. Ele percebeu meu constrangimento.

— Você sente algo por mim, Sarah? Ou isso é somente um passatempo, algum tipo de brincadeira? — Aquela pergunta direta me surpreendeu.

— Eu nunca brincaria com você dessa forma, Ethan. Isso seria cruel.

— Então, você sente algo por mim? — Ele me olhou e, como não respondi, um sorriso surgiu em seu rosto. Meu pai dizia que quem cala consente.

— Ethan, precisamos manter uma relação profissional. Um envolvimento emocional não é possível entre a gente, nunca daria certo e poderíamos terminar nos magoando. Fazendo a evolução do nosso tratamento, regredi.

— Você diz que não daria certo, mas isso é porque estou nessa situação? — Ele perguntou, analisando-me.

— Não tem nada a ver isso, Ethan. Já te