BellaDois dias antesTerminei de arrumar a mochila e a mala, cada item cuidadosamente dobrado e colocado no seu lugar, mas com uma sensação amarga no peito. A última peça de roupa deslizou dos meus dedos, e eu a acomodei na mala com um cuidado que contrastava com a tempestade dentro de mim. Era como se, ao arrumar meus pertences de forma meticulosa, eu tentasse organizar meus pensamentos e emoções, que estavam em completa desordem.Fechei a mala com um clique seco, e aquele som ecoou na minha mente, lembrando-me da decisão que havia tomado. Enquanto puxava o zíper, a imagem de Lucca surgiu na minha cabeça. Eu não podia negar que ele tinha sido carinhoso, cuidadoso. "Foi um amor...", sussurrei para mim mesma, mas imediatamente sacudi a cabe&ccedi
GiovanniCinco anos antesAcabei de chegar puto e revoltado em casa, fui para a adega que fica perto da lareira para beber uma vodka para tentar me acalmar depois da merda que acabei de fazer! Depois de dar um gole, senti a bebida quente descendo pela minha garganta, queimando a cada centímetro. O calor deveria me acalmar, relaxar meus nervos à flor da pele, mas parecia fazer o oposto. Ao invés de amenizar a raiva que fervia dentro de mim, a sensação intensa só fazia aumentar a tensão.Tentei me concentrar na bebida, no sabor que se desenrolaram na minha boca, mas cada segundo parecia amplificar a frustração. O calor, que normalmente teria sido um alívio, agora parecia avivar a chama da minha raiva, fazendo com que o sangue pulsava ainda mais forte nas minhas veias.Fechei os olhos por um momento, tentando respirar fundo, tentando encontrar algum resquício de controle. Mas a bebida, longe de acalmar, parecia apenas intensificar a tempestade que estava dentro de mim, borbulhando e no
GiovanniO silêncio voltou a reinar, pesado e sufocante. Luigi balançava a cabeça, como se estivesse tentando acordar de um pesadelo, mas o pesadelo era real, e eu era o responsável por ele. Cada movimento que ele fazia, cada respiração entrecortada, me atingia como um soco no estômago. Eu sabia que nada do que eu dissesse agora poderia desfazer o que eu fiz, nada poderia apagar o peso do fracasso que eu joguei sobre nós.O som do gelo derretendo no meu copo era o único ruído na sala, um gotejar lento e constante que parecia marcar o tempo que eu tinha para enfrentar a verdade, a dura realidade do que eu havia feito. Cada segundo que passava sem uma resposta de Luigi era um lembrete cruel do estrago que eu havia causado. Era como se o próprio tempo estivesse zombando de mim, me forçando a encarar a dimensão do meu erro, sem nenhuma saída, sem nenhum alívio.Eu tentei abrir a boca para dizer algo, qualquer coisa que pudesse amenizar o choque, mas as palavras pareciam estar presas na mi
GiovanniFaz um mês desde que dei a ordem para um dos meus homens seguir Marco Baccarin. A cada dia que passava, a vontade de atacá-lo, de acabar com ele e toda a sua família, crescia dentro de mim como um veneno que se espalha, insidioso e implacável. Eu queria acabar logo com isso, queria vê-lo morto para que, enfim, pudesse ter paz. Se eu conseguisse tirar Marco do jogo, meu papá nunca saberia da merda colossal que eu fiz. Ele nunca precisaria enfrentar a vergonha de saber que seu filho apostou o império da nossa família e perdeu tudo. Eu poderia corrigir isso, eu poderia consertar.Mas Luigi, sempre mais calmo e calculista, me convenceu a esperar. Ele me disse que, se íamos fazer isso, precisava ser feito do jeito certo, de forma que ninguém suspeitasse de nós. Ele estava certo, é claro, mas a espera era insuportável. Cada segundo que Marco Baccarin respirava era um lembrete do fracasso que eu havia me tornado.Eu estava no escritório agora, o mesmo onde passei tantas horas ao lad
GiovanniDias atuaisSentei-me no escritório, uma sensação de poder e controle me envolvendo enquanto eu observava os papéis e contratos à minha frente. Tudo estava onde deveria estar; a vida fluía exatamente como eu queria. Meus pensamentos estavam concentrados, por uma bela boca chupando deliciosamente no meu pau. Hmm… Como é gostoso sentir aquela boca no meu membro duro.A porta do escritório se abriu de repente, e meu irmão, Luigi, entrou sem sequer bater. Sua expressão era um misto de urgência e pânico, mas eu não estava com disposição para suas interrupções., ainda mais nesse momento, que ia fazer a enfiar tudo nessa boca gostosa. Sem levantar a cabeça, continuei minha atenção naquela loira gostosa sugando o meu pau com aquela boca carnuda.― Giovanni, estamos com problemas! ― A voz dele cortou o silêncio da sala, carregada de preocupação. Eu, no entanto, não desviei o olhar do que estava fazendo. Ele sabia que eu odiava ser interrompido, e ainda assim, ali estava ele, ansioso
LuccaA noite estava escura, e a chuva caía com uma intensidade que quase tornava difícil enxergar à frente. As gotas pesadas batiam contra o para-brisa do carro, transformando a visão em um borrão de luzes e sombras. Desliguei o motor e fiquei por um momento em silêncio, tentando acalmar a tempestade que rugia dentro de mim, tão violenta quanto a que rugia lá fora. Eu precisava encontrar a Bella.Saí do carro, a chuva me atingindo como um soco frio. Cada passo que eu dava em direção à casa onde Marco, meu falecido amigo, havia morado, fazia a água encharcar minhas roupas e gelar minha pele. O vento soprava forte, jogando gotas de chuva no meu rosto, mas eu mal sentia. A preocupação com Bella era tudo o que importava. BellaO som da voz de Lucca atravessou a porta, um rugido cheio de urgência.— Bella, por favor! — Ele parecia desesperado, mas por quê? Meu coração começou a bater mais rápido, e a curiosidade quase me fez correr até a porta, mas eu resisti.Em vez disso, fui até a janela e, com cuidado, afastei a cortina só um pouco para espiar. Lá estava ele, exatamente como eu temia. Lucca estava completamente encharcado pela chuva torrencial que caía lá fora. Seus cabelos negros estavam grudados na testa, e suas roupas colavam ao corpo, delineando cada músculo. A visão dele assim, vulnerável e ainda tão imponente, fez meu coração vacilar.— Ele vai pegar uma gripe se ficar lá fora — pensei, mas sacudi a cabeça rapidamente, tentando afastar a preocupação que surgia. Eu ainda estava brava. Como ele pôde mentir para mim, esconder a verdade sobre a morte dos meus pais? Ele não merecia minha compaixão, muito menos minha ajuda.Recuei da janela, levando as mãos à cabeça e fechando os olhos com força.—Capítulo 37
LuccaEu estava paralisado, preso em uma espécie de limbo entre a incredulidade e a culpa. Bella continuava a me encarar, seus olhos queimando com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes. Eu sabia que ela estava furiosa, e com razão. Mas ouvir aquelas palavras vindas dela, sentir a mágoa em sua voz... isso me deixou completamente sem açãoAntes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela avançou na minha direção, o rosto dela era uma mistura de dor e raiva, cada passo seu parecia um ataque direto ao que restava da minha já frágil compostura.― Como você pôde, Lucca? Como você pôde me esconder algo assim? ― A voz dela estava quebrada, mas havia uma força implacável em cada palavra. Eu sentia o impacto de suas acusações como golpes físicos, cada uma perfurando mais fundo do que a anterior.Tentei balbuciar alguma defesa, algo para justificar meus atos, mas as palavras se negavam a sair. Não havia nada que eu pudesse dizer que apagasse a verdade que ela agora conhecia. Eu havia menti