Um mês depois me casava igreja matriz da cidade. Um casamento até bem pomposo, devido ao pouco tempo que tivemos para organizar todos os documentos, convidados, Buffet e até mesmo a cerimônia. Tivemos convidados muito importantes como autoridades regionais, clientes em grande potencial financeiro e até mesmo algumas celebridades locais. O que resultou num burburinho sem tamanho pelo povo local, que de penetra assistiu a cerimônia. Eles não entendiam por que uma doce criança como eu, casava-se com um “velho” como Marcos. Quer dizer, eles tinham uma definição muito boa para isso que ainda estava tentando entender se não poderia ser verdade.
Chamava-se “GOLPE DO BAÚ”.
Passei o mês me martirizando se realmente não era isso que estava fazendo. Em alguns momen
Levei um segundo em distração... Porém, um segundo é muito tempo para desperdiçar quando se está no transito... Quiçá todo aquele tempo que passei lhe ralhando sobre sua atitude mimada. Isso gerou vários metros percorridos à cega e causou um previsto acidente... Pelo menos uma vez na vida agradeci por ser medrosa na direção e andar sempre como uma tartaruga. Assim quando acertei a traseira do carro parado na minha frente, percebi que os estragos que causei não foram tantos, como poderiam se estivesse num velocidade muito alta. O que me alegrou de momento fora o susto tremendo que dei em Fabinho. Apesar de ter feito tudo muito rapidamente, quando chegamos à oficina, Marcos já tinha feito a proeza de já estar por lá, conversava tranquilamente com Gabriel como se fossem velhos amigos. Embora Gabriel, demonstrasse em seu olhar não estar totalmente à vontade com tal situação.Provavelmente o porteiro lhe tinha fofocado em ter me visto sair de casa com Fábio de arrasto e com várias malas. E como Marcos sempre lhe dá boas gorjetas para ficar me vigiando, já deveria estar no meu encalço por muito tempo.Também havia o fato de termos nos mudado para um novo condomínio uns 50 quilômetros daqui a uns dois meses em decorrência do novo canteiro de obras que estavam montando perto daqui. Ele gosta de acompanhar a evolu&ccedCapítulo - 6
Marquei a reunião com Gabriel no seu laboratório depois do expediente. Estava desconfortável com tudo aquilo. A conversa, o horário em questão e talvez até a possibilidade de ter que afrontar Luiza por causa disso.Gabriel me recebeu com um sorriso no rosto, feliz por enfim ter aceitado conversar com ele e me mostrou a cadeira a sua frente para sentar-me. Ofereceu-me algo para beber, porém recusei, não estava ali para bajulações e sim resolver de vez nossos problemas passados e talvez enterrar definitivamente o nosso futuro também.___ Então doutor? Pelo jeito você conseguiu realizar o seu sonho de menino!___ Lhe brindei com um sorriso que era muito falso interiormente, pois estar ali me lembrava que nós deixamos de ser felizes por causa
Quando Marcos partiu ao amanhecer, o dia era tão cinzento que mais parecia cenário de um filme de terror. Nuvens escuras ao norte denunciavam que uma grande tempestade se aproximava. Os ventos horas frio, horas quentes diziam com todas as letras que a mudança de estação entre o outono e o inverno desse ano iria ser um tanto desastrosa.Por isso, ele me advertiu que não fosse para o sítio por causa da ameaça de chuvarada. Tinha medo de sermos pegos na estrada e já tinha cota de acidentes suficientes para um único mês no meu currículo. Não queria ter que viajar preocupado comigo dirigindo em meio à uma tempestade.E ele tem razão em se preocupar conosco. Por mais bem situado que aquele lugar esteja, há algum tempo vem sofrendo com inu
Beijei-o com todo aquele desejo de quase treze anos atrás, quando ele parou no sinal. Fiquei surpresa por aquele fogo todo não existir só em mim. Gabriel reagiu na hora cedendo ao desejo. Segurando meu rosto entre suas mãos e deixando minha boca explorar a sua cheia de saudade. O corpo se rendendo ao calor da paixão e pude escutar um gemido dele reprimido em lábios.O carro apagou e até andou um pouco pra frente quando ele deixou as mãos do volante pra acariciar o meu rosto. Era uma urgência tão gritante que aquela carícia se fazia necessária naquele instante. Queria que aquele momento durasse pra sempre! E só não provocamos uma batida porque éramos o primeiro carro da fila diante da sinaleira. E ele teve o bom senso de pisar no freio e me manter parado.
Dei-lhe um longo beijo carinhoso e saudoso quando recebi Marcos na casa da minha mãe. Assustei-me com isso por que realmente estava sentido saudades dele. Foram dez dias fora, mas ver Marcos novamente me deixou muito emotiva. Um coração descompassado de alegria por vê-lo batia em meu peito.Existia saudade em mim que precisava ser expressada. Estava eufórica com seu regresso e entusiasmada em voltar à nossa casa. Estava com saudades do meu lar...Por que de fato, ao lado daquele dois era meu lar. Meu aconchego. Meu porto seguro. O concreto do apartamento era só uma caixa segura que nos abrigava. Com eles, não importava onde estivesse, uma cabana, uma tenda no deserto ou apenas abraçados um ao outro, estaríamos em um lar. Seguro, solido e acolhedor...Fábio o abraçou com mesma felicidade por seu retorno que eu e depois me chamou para um abraço coletivo para comemorar e
Não sei quanto tempo fiquei desacordada. Mas, não foi agradável voltar a realidade. Lembro das mulheres me socorrendo escandalosas aos gritos. Do pânico de Fábio em me ver sendo reanimada ali no chão frio da praça. Todo mundo nessa hora é entendido em primeiro socorros, porém na verdade, na hora do desespero, ninguém sabe de verdade de nada. A única coisa certa que fizeram foi chamar a ambulância.Da ambulância lembro da extrema velocidade que era conduzida. Os paramédicos tentando acalmar meu filho aos prantos ao meu lado enquanto ele respondia as perguntas sobre o que eu era alérgica ou não. Se tomava remédios contínuos ou tinha alguma doença em tratamento...Onde estava minha voz naquele momento? Sinceramente não sei. Tinha plena consciência da ação a minha volta. Porém, minhas palavras estavam sufo
O dia hoje mal começou e prometeria ser de grandes turbulências. O sol raiava lá fora como se o deserto do Saara mudasse ali para a nossa esquina. O tempo abafado, dificultava a respiração e anunciava uma tempestade ao final da tarde...O calor me deixa irritada e inchada. Ainda sinto enjôos tardios. A pressão cai com temperaturas tão altas e a paciência já se delimita ao suportável para não sair estrangulando ninguém. Já que, não é facil sustentar todo aquele peso do sétimo mês de gravidez...E para piorar... Tenho a constante insistência de Fábio em dar uma escapadinha na sua pista preferida. Faziam exatos um mês que praticamente está preso dentro de casa. Foi um bimestre ruim na escola de notas muito biaxas e Marcos resolveu castigá-lo. Afastando da sua brincadeira predileta.E se não bastasse, tamanha insistência nesse lugar, hoje ainda para completar tem o trabalho na casa da Cris... A nossa casa ainda não esta pronta e mantê-lo