Rio de Janeiro
BanguSexta-feira 5:20 hrs(Geovane)
— Geovane!!! Que tanto sangue é esse no seu travesseiro? — minha mãe me acorda aos gritos ao se deparar com um pequena mancha de sangue em baixo de meu travesseiro, era tão pequena, pouco maior que uva, mas, para minha mãe era como se uma bala tivesse entrado e saído pelo meu crânio e saído na parte de trás.
— Ai, mãe calma, é só um pouco de sangue, ontem depois que você dormiu eu levei um tombo tomando banho debaixo do chuveiro, bati a cabeça mais não foi nada de mais, não precisa se preocupar. — Odiava ter que mentir para ela, mas o que mas eu poderia dizer, "Mãe ontem de madrugada fui até a cidade de Deus e um bandido invisível me acertou com uma barra de ferro na minha nuca, quase desmaiei na hora, mais agora passo bem."- Não né, era lógico que eu não podia contar a real história para ela, já era órfão de pai e também não queria ser de mãe, e
Rio de JaneiroBanguSábado 8:02 hrs(Marcus)Manhã de um belo sábado e eu aqui limpando um galpão velho e cheio de poeira, eu não era o tipo de cara que gosta de fazer serviços braçais, desde pequeno eu sempre fui do tipo pensador, um cara voltado a fórmulas e cálculos matemáticos, eu sempre fui mais de pensar do que de agir, agora aqui no nosso galpão quase fortaleza, esperando os outros chegarem eu com uma vassoura nas mãos, lembrava do meu passado de nerd péssimo em esportes, não sei se é o fato de ter as pernas e braços compridos e ser o cara mais desengonçado da escola, mas a parte prática de alguns exercícios não entrava na minha mente, eu era muito ruim em qualquer tipo de esporte, mas na teoria não havia um na escola que me superasse não importava o tipo de desafio que colocassem na minha fren
Rio de Janeiro BanguQuarta-feira 16 :11 hrs (Geovane) Era só mais um dia normal, eu Geovane, estava de pé sozinho num canto isolado do Colégio Guilherme da Silveira filho. Outra tarde comum de verão no bairro mais quente do rio de janeiro, adolescentes abarrotavam os corredores e a bagunça parecia não ter fim. Estava com a cabeça distante só pensava na minha ex, eu não conseguia tirar ela da cabeça, mais quem me julgaria? Afinal a Yasmin era minha primeira namorada, aquele típico amor caliente, precoce e adolescente, se é que vocês me entendem. O ciep 386 assim como a maiorias dos colégios estaduais do rio de Janeiro tinha lá os seus problemas mas a equipe do grêmio estudantil fazia de tudo para o Colégio andar a passos largos em direção ao sucesso e respeito dos órgãos estudantis do estado. Eu
Rio de JaneiroBangu Quarta-feira 19:19 hora.(Geovane)Não sabia o que estava havendo.— Danilo, Danilo ? Eu o chamava e ele não respondia, acho que eu estava rápido, ou tudo estava mais lento, naquele momento minha mente, meus nervos e batimentos cardíacos pareciam estar a mil, diria que eu estava a ponto de sofrer um surto neurótico psicótico, talvez eu tivesse uma síncope, encontrava-se todo o espaço a minha volta em total inércia e eu me sentia como se acabasse de me drogar com as mais pesadas das substâncias em uma raive, tudo aquilo era novidade gritar com meus amigos não adiantava, eles se mantinham com as mesmas caras de micróbios colocados em lâminas de microscópio. Vi que ficar ali parado de nada adiantaria, então depois de pensar tomei minha atitude em meio a toda aquela insanidade.Saí correndo da escola e fui as cegas pelas ruas e tudo estava na mesma. Pessoas de um la
Rio de Janeiro BanguQuinta-feira 07:00hrs(Geovane) "Triiiiiiim! triiiiiiiim!" As sete em ponto pulo da cama, quase quebrei o despertador com o tapa de outra "dimensão" que dei nele para parar com a barulheira. Nessa manhã de quinta como de costume, estou sozinho em casa, minha mãe já foi pro trabalho e levou meu irmãozinho pra casa da dona rosa, ela é tipo a babá do Eduardo embora ele odeie essa ideia. Enquanto preparo meu café a matéria do jornal dessa manhã me trouxe uma imensa preocupação, a reportagem se referia a um surto degenerado de pessoas com habilidades que chamavam de "não humanas", essas pessoas já estavam até recebendo apelidos, eram os segundo os repórteres "mods" abreviação chula de "modificados" os superdotados estavam causando muitos problemas. Roubos e assassinatos po
Rio de Janeiro BanguQuinta-feira 12:45 hrs(Geovane) Na entrada do Colégio como de costume estava uma verdadeira correria, tinha bagunça e gritaria para todos os lados. Alunos chegando no carro dos pais, outros vindo de moto e buzinando como bestas e também a maioria como eu, vindo a pé mesmo. Bom agora eu já não andava como antigamente, vim "andando" tão rápido que ninguém percebeu eu chegando e me escondendo na esquina da escola, no máximo sentiram uma brisa impetuosa passando veloz pelas suas espinhas naquele dia belo de sol. Caminhando em direção ao portão vejo minha ex, Yasmin estava tão linda e cheirosa, tive que chamar sua atenção, com um leve toque nos ombros a fiz perceber minha presença.— Ei, tudo bem? Pergunto puxando assunto bem sem graça, ela parecia um anjo com os cabelos castanhos soltos e uma tiara branca na testa realçando suas bochechas c
Rio de JaneiroBanguQuinta-feira 22: 43 hrs(Geovane) Não consegui esperar meu uniforme ficar pronto, não consegui esperar as análises de Marcus, não aguentei esperar ir as ruas em equipe, não, eu sei que, o que eu estava preste a fazer era muito perigoso, mas, eu estava louco por uma ação imediata, sai escondido de casa sem fazer nenhum barulho, minha mãe costumava dormir cedo para não se atrasar para seu serviço, pelas ruas do rio de janeiro, correndo por becos e lugares escuros. Vestindo um moletom preto e uma touca ninja, sai com uma mochila nas costas, quem me visse diria que sai pra pichar e fazer atos de vandalismo, mais, lógico esse não era o caso, afinal agora eu era um combatente do crime. Naquela minha corrida infindável pelos lugares mais perigosos das ruas do rio, eu não via nada, parecia que o crime, estava de folga, nem um roubo de celular, nem uma bolsa furtada, ninguém gritando pega ladrão,