WilliamNada pude fazer a não ser ir para o estacionamento, pegar o carro e partir. Liguei o motor, fiz ranger os pneus de raiva quando alcancei a rua. Não podia invalidar o questionamento de Mandy. Me senti idiota, frustrado e certo de uma vez por todas que me apaixonei por Amelia. Assim que estacionei na frente da casa de Nelson, liguei para meu filho. Conversei com ele, ouvi suas palavras de saudade o que arrancaram lágrimas dos meus olhos. Ia vê-lo no outro dia, porque meu abalo e as emoções descontroladas de Mandy nos levariam a discussões perante ele e isso, eu não ia suportar.Deixei o carro trancando as portas com o controle e subi as escadas. Entrei vendo apenas Nelson no seu pequeno escritório com óculos de grau à frente do notebook.—E aí,garanhão! —soltou com uma risada, até reparar no meu jeito—Nossa, que cara é essa?—Problemas—respondi, sentando- me na poltrona perto da porta—Hum...—fez ele, concentrado no computador—Nada muito incomum para quem está se separando.—Nel
AMELIA As lágrimas começaram a nublar meus olhos, mas eu não ia derramá-las e atestar minha vulnerabilidade. Devo ponderar sobre o que está acontecendo? Não. Estou cansada disso. Tenho mais é que aceitar sua oferta. Sou livre, jovem e ele? Um homem mais velho que só pode me oferecer prazer e dar o fora. Esse jogo está apenas começando. Balancei a cabeça em afirmação. —Ótimo. Tenho certeza que será apenas uma noite e não vou me importar. —dei um passo erguendo bem o rosto para fitar seus olhos—E sabe porquê? Porque eu posso transar com muitos outros, mais jovens e bonitos que você. Seu rosto endureceu com amargura. —Certo. Se você quer assim. —É, eu quero mesmo—admiti. Ele meneou a cabeça. De alguma forma minhas palavras morderam seu ego, mas mudou rápido quando disse: —Então, vamos. —Para onde? —Para qualquer lugar que possamos ficar sozinhos. Dei uma risadinha nasal. —Espero que dessa vez, você desligue seu celular. Ele não respondeu dando-me as costas indo em direção ao
AMELIAEmpalada por seu beijo, quase sem oxigênio, meu ventre apertava-se dolorosamente aos arremates vigorosos de William. Sua boca não foi suficiente para abafar meus gritos, tanto como a resposta que dentro de mim ainda reverbera, de não vê-lo nunca mais. E que evaporou, fazendo eu ouvir somente meu coração acelerado dentro do peito e nossos ruídos enlouquecedores. Ele fechou e abriu os olhos se movendo contra mim, e eu fazia esforço para acompanhar devido a força de suas estocadas, sem dar chance de me mover.Sentia que ia alcançar o pico cada vez mais preenchida dele. Abri bem as pernas e as envolvi em seu quadril junto dos meus braços que enroscaram-se em suas costas largas. Seu pau moía minha vagina dando a certeza dos resultados no dia posterior e eu, gritava, uivava cada vez me deliciando com ele, se apertando e me fazendo dele.No meio do ritmo, seu lábio traçou o bico de um de meus seios e o mamou com desejo fazendo eu delirar por sua língua quente, indo de um para outro.—
AMELIA William é um safado e ver sua cara que só mostra como ele não vai desistir, não deixou outra chance de realizar seu pedido. Tive de tirar o tênis, o jeans e a seguir a calcinha e o entregar. Ele a pegou levando ao nariz, fechando os olhos como se meu cheiro fosse um prêmio. —Amo o cheiro da sua bucetinha. —William?! Ele riu jogando a cabeça para trás e encarou-me com um olhar provocativo. — Vamos indo. —ele disse ao colocar a lingerie pendurada no câmbio automático e depois ligou a ignição. —Você vai deixar ela aí? — Claro. É pra lembrar tudo o que fizemos. — disse, concentrado no volante e o manobrando para sair do estacionamento. Apenas balancei a cabeça olhando a vista pela janela tão logo nos vimos nas ruas. William Veja só, eu menti tão descaradamente para mim mesmo e pra ela. Creio que nós dois fizemos isso ao nos entregarmos. A verdade é que qualquer coisa, por menor que seja, só tem valor e fica especial quando entrego a ela. Meu corpo, prazer, minha vida que e
WilliamEu adiei o encontro. Na verdade, estou protelando devido a minha consciência e não procurei saber mais a respeito do número que ligou. Havia marcado no dia seguinte de ver o meu filho, já que a alguns dias não nos vemos. Eu sei que estar afastado dele é péssimo, mas tenho ligado todos os dias e intercalo com minhas folgas nas vezes que eu e Amelia não nos vemos. No entanto, hoje, depois da visita que fiz a ele, consegui o que queria; dado também ao motivo de levá-la ao ginecologista. Ela parecia um pouco desconfortável com a ideia novamente, mas eu agiria da melhor forma possível para tranquilizá-la.Esperei-a depois de seu treino Cheerleader. Um pouco longe do trajeto de sua escola, na frente do carro, com as mãos nos bolsos e buscando passar confiança.Ela apareceu me encontrando na rua lateral com um sorriso doce nos lábios, sem se importar com a saída dos alunos da escola que buscavam suas conduções de volta para casa.Quando chegou mais perto de mim, segurei sua cintura co
AMELIA—Você está bem? — William disse assustado ganhando tamanha velocidade que fez meu coração disparar.—Estou. Era ela?—Não importa—foi a resposta seca olhando para o trânsito. Ele dirigia tão rápido que faltava pouco para ser parado pela polícia. Sem dar a mínima com o maxilar duro, mostrava-se totalmente afetado pelo o que aconteceu.Raios atravessaram o céu e a noite já se pronunciava, trazendo a chuva torrente que começou a cair. Decidi me calar durante o percurso. O carro estabilizou a velocidade parando quando o sinal fechou. A grande frustração que reluzia nos olhos dele, deixava-me aflita o que não seria para menos. William parecia uma bomba prestes a explodir.Ele ligou o rádio e o salto Miss Sarajevo na voz de Passenger e Pavarotti encheu o carro. Desviei os olhos dele para a janela vendo a chuva com a grande dúvida que queimava meu cérebro: Ela realmente nos viu?—Eu acho que é melhor você me deixar em casa.Não tive receio de dizer. Pela maneira que ele demonstrava cr
—Está pálido. — Ela tocou meu rosto— Não é nada, estou... bem— relutei com engasgo na tentativa de não demonstrar meu desespero. Mas a mente girava e minha voz parecia ser esmagada pelos batimentos cardíacos.Eu não sei como deveria estar meu rosto ao vê-la examinar-me com preocupação.—Temos que chamar um médico.— Não!— Mas...— NÃO! — bradei com força e estremecimento, não querendo constatar a realidade das palavras que ouvi. Minha vida estaria arruinada se Amelia fosse filha de Edward.–Você está me assustando William.Olhei para ela com a respiração pesada. Seu rosto jovem, quase angelical como se implorasse para esclarecer o que acontecia, doeu meu estômago causando náusea. Subsequente, o cheiro de queimado encheu a cozinha e ela correu para ver a panela. Amelia desligou o fogão para a seguir voltar com um copo de água.Sentia-me apoplético. Com mãos trêmulas, bebi a água toda de uma vez. O que foi inútil para disfarçar minha aflição. Levantei apoiando as mãos na bancada da il
WilliamEla dormiu abraçada em meu peito toda a noite depois de fazermos amor mais uma vez. Menos eu, que não consegui conciliar o sono pensando em cada detalhe sobre o que foi dito. Minha história rodando na cabeça como um filme ruim de lembranças torpes, a briga de nosso pai pela morte de Sara, a caçula. Éramos tão jovens quando ela morreu. Levei a culpa por tudo que houve, incluindo a amargura de Taylor durante todos esses anos. Evitei revelar o sobrenome Taylor por diversos motivos e Patterdale serviu de pseudônimo para alguns livros que escrevi, além de destacar-me na profissão. Eu queria de verdade passar uma borracha no passado, porém ele seguia do mesmo modo, forte, como tatuagem reverberando as mágoas dentro de mim.Quanto a Taylor, talvez sinta o mesmo e as ligações todas que venho recebendo são dele. Nosso pai morreu há um ano e imagino que a herança deva ser discutida. Algo que dou a mínima, pois isso pode servir para ressuscitar coisas que devem permanecer mortas.No enta