— Menina corre, antes que eles te peguem! — disse uma voz familiar antes da menina correr do lado oposto dos malditos.
O sol começava a exalar calor que se refletia em muitos habitantes que próximo dali passeavam, no entanto não chegavam perto da rua temida por quase todos, exatamente a mesma que Hárfat escolheu por conta da sua ansiedade que lhe controlava.
O livro na mão dela começou a brilhar deixando eclodir cores lindas e diferentes, as mesmas perdiam o brilho e recuperavam, mas ainda aflita naquela situação a menina não viu a manifestação da magia do senhor livro que algo estava prestes a fazer.
Antes de chegar muito longe sentiu um pano lhe engolir de um modo rápido que nem pôde gritar. Em seguida lhe puseram num objeto que mais parecia gaiola.
— Hey, seus malditos, o que pensam que estão fazendo? — perguntou a voz antes de aparecer o proprietário.
As máquinas viraram para ver o dono das palavras e lá estava ele o Carmony com calma e seriedade descansando na sua face. O seu terno e gravata perfeitamente caindo no seu corpo e com os seus óculos no rosto lhe tornavam em alguém saído de um filme asiático de mistério. A confiança morava na sua essência.
— Soltem a menina já! — ele ordenou com convicção e firmeza na voz dirigindo a mão aos óculos para os organizar com um gingado só dele.
Tendo como resposta, no lugar de uma das mãos mecânicas de uma das máquinas ali, saiu uma arma a laser pronto para exterminar o jovem que estava atrapalhando a missão deles.
A outra máquina se preparava para adiantar para dali ir embora com a menina para um lugar desconhecido por todos na vila.
— O seu movimento foi muito lento máquina inteligente. — disse o jovem em seguida tendo desviado o tiro que passou perto do seu rosto, os óculos brilharam como se fossem a casa da magia, foi um movimento tão rápido, mas parecia um ato que ocorreu em câmera lenta por conta da beleza do mesmo. — Agora é minha vez de mostrar o quanto valho.
Repentinamente Carmony tirou uma espada com um fulgor tão forte que não só machucava a vista, mas chegava a cortar qualquer coisa, literalmente. A máquina que efetuara o tiro contra ele, de imediato começou a sair fumo e só depois de alguns segundos a outra máquina percebeu que o colega havia sofrido dano pelo corte proveniente do fulgor da espada.
A máquina, no intento de sair rapidamente com a menina na gaiola, Carmony não se esforçou, apenas lançou a luz cortante da sua espada mágica e esta vez o trabalho cortando o objeto em muitas partes se abrindo com perfeição e assim a menina ganhando a liberdade assim como o livro que ainda estava no mesmo estado normal sem nenhuma transformação.
— Muito obrigada! — ela agradeceu incrédula.
— Aceita uma companhia? — perguntou Carmony organizando os seus óculos no rosto, a sua espada mágica havia sumindo.
A menina não vira nada por conta do pano que lhe cobria o rosto e o corpo inteiro, porém ela escutara a voz do jovem e também os movimentos estranhos. Mesmo não tendo visto aquilo ela estava impressionada de boca aberta.
— Que objeto você usou para cortar isto? — ela perguntou com muita curiosidade, olhando para o objeto que agora se encontrava em pedaços e voltando a olhar para o jovem.
Ele calmo, com os olhos muito afinados olhou de volta para a criança e nada disse como se estivesse a convidar o suspense para em seguida responder.
***
Doutro lado, perto da casa do João, os céus começaram a mudar ganhando uma cor amarela logo quando apareceu uma nave enorme no formato de um peixe, dela saiu uma luz que tinha a força de sugar coisas, no entanto parecia que não era para sugar objetos, mas sim pessoas. Todos ficaram aterrorizados com a situação e ainda queriam ver a coisa extraordinária que estava ocorrendo.
— Só falta uma criança. — disse uma voz de uma criança na nave, mas estava usando um altifalante que soava deixando o som chegar em todos cantos da vila.
Zuka estava perto do dispositivo e tentava evitar ser sugado, mas a força era tanta que não conseguiu encontrar algo para segurar e evitar ser engolido pela luz. Ele ainda lutava enquanto João se aproximava aos poucos com uma corda amarrada numa árvore no quintal para lhe ajudar.
***
— Você ouviu isso? — perguntou Hárfat assim colocando em pendência a outra questão.
— Uma criança que falta uma criança. — disse Carmony, foi uma frase que pareceu um tanto estranha.
— Sim. Agora vamos rapidamente em casa do João preciso chegar lá.
— Então só posso chamar um Foocaro para a gente chegar em segundos.
Do bolso Carmony tirou um celular e ligou para alguém pedindo um Foocaro, não demorou mesmo, tendo chegado depois da chamada dentro de 15 minutos, os dois subiram e num vôo foram até ao destino.
Quando lá chegaram viram a última luta do Zuka para evitar ser engolido. Já era tarde para lhe salvarem assim ele foi sugado para o interior da nave em seguida um riso quase ensurdecedor de uma criança soou.
— Já consegui, tchau. Ha, ha, ha, fiquem bem, ha, ha, ha.
A luz da nave morre e o objeto voador, vai embora da vista de todos, principalmente dos amigos que ficam desolados com a partida.
— Não se preocupem miúdos vamos lhe trazer de volta.
Continua…
***
Depois da partida do Zuka, João e Hárfat ficaram desolados como se em depressão estivessem, pois era um amigo tão próximo. Após o ocorrido as ruas começaram a perder movimento de pessoas, pois o medo era grande, e se aquela nave voltasse para sugar outras pessoas, ou melhor outras crianças.O que deixava a coisa mais estranha foi o fato do capturador de crianças ser uma criança, isso não fazia nenhum sentido, porquê uma criança capturaria outras crianças?O céu já estava normal e os Foocaros voavam sem nenhuma dificuldade, assim como as naves. O calor se intensificava cada vez mais e de longe ondas de calor dançavam com preguiça.Os dois amigos estavam inconsoláveis sentados na varanda em casa do João e sem pensar na solu
—Muito bem! — disse Ezildo repentinamente com uma voz divertida em seguida a sua expressão facial mudou para uma preocupada. — Falta uma coisa muito importante além do que já disse.— O quê? — Em coro os dois meninos perguntaram.— A assinatura do autor do livro. — disse a entidade com um sorriso estampado no rosto.— Que livro? O senhor livro? — Hárfat virou e olhou para o livro que flutuava a poucos centímetros da superfície.— Sério? Onde vamos encontrar o autor do senhor livro? Numa biblioteca? — disse João.— Sério que você disse isso? Claramente, que podemos encontar em qualquer
— Porquê senhor, está nos tratando assim, porquê? — perguntou Hárfat com todo respeito que quase se transformava em medo.O velho parou um momento, com o seu controle remoto desligou a TV, limpou a garganta e virou a sua face na direção das crianças.— Eu odeio essa pessoa que os indicou a minha casa. — disse com uma respiração que parecia ofegante, porém de um modo ligeiro.— Porquê odeia o Carmony? Justamente… ele? — perguntou a menina com calma na voz.— Bem, não importa agora, pois é uma longa história. Apenas saibam que o que acham de Carmony não é verdade, pois ele é uma outra coisa, completamente o oposto do que ele mostra e o que vocês querem ver.
O céu estava limpo e o calor não era tão forte como nos dias anteriores, pois as mãos de algumas crianças fizeram algo muito interessante assim mexendo com a temperatura. Ninguém descobriu porque não estavam preparados para crer na façanha da criançada que se divertia fazendo coisas apreciáveis, coisas que os adultos já não as fazem por serem egoístas e ou talvez desumanos.Os pássar