Vazio. Foi isso que restou quando Ethan saiu pela porta. Inconscientemente ele havia respondido à pergunta que eu fazia a semanas. Mesmo seus lábios dizendo uma coisa, sua atitude disse outra ao sair pela porta e me deixar a deriva. Porque foi exatamente assim que eu fiquei, como um navio naufragando, sem direito a bote salva vidas, ou qualquer que seja o resgaste. Eu estava afundando e me afogando... Os sentimentos estavam me sufocando e eu não sabia o que fazer com tudo isso. Nunca fui uma pessoa muito sentimental, pelo menos era o que eu achava até sentir os lábios dele nos meus. Era provável que eu nunca tivesse tido sentimentos verdadeiros por ninguém. Até agora...Minha vida tinha se transformando naqueles filmes clichês. Eu só não sabia se a minha teria um final feliz. — Você está bem? — o toque dele fez meu corpo se aquecer e uma queimação nos olhos surgirem. Tentei balançar a cabeça positivamente, mas pelo aperto de seus dedos em meu ombro, acredito que não tenha o
Já passavam da 1:00 hora quando Jonas me deixou na porta de casa. — Tem certeza que você está bem para voltar dirigindo? — perguntei enquanto enganchava a chave na fechadura. — Se quiser eu tenho um quarto de hóspedes aqui, você pode passar a noite e ir embora amanhã de manhã. Ele recostou na parede, ficando de frente para mim, seus lábios tinham um sorriso um tanto travesso neles, que fez meu corpo se aquecer involuntariamente. — Se eu ficar... — ele passou os dedos pelo meu rosto e apoiou em meu queixo. Seu toque fez meu corpo formigar, me fazendo morder o lábio para evitar que um gemido escapasse por eles. — ...não vou querer dormir no quarto de hóspedes docinho. — ele também tinha o lábio preso nos dentes. — Talvez eu também queira isso... — quando dei por mim as palavras haviam escapados de meus lábios, fazendo seu sorriso se aumentar. — Ah Heather... — ele entrelaçou os dedos em meus cabelos, fazendo um pequeno gemido escapar e um calor se acumular entre minhas pernas. — Eu
Jonas tomou banho e saiu antes de mim, disse ele que tinha que preparar o quarto para mim e ao ouvir isso um enorme calafrio de ansiedade me percorreu a espinha, me fazendo apressar o banho em menos de 10 minutos, eu já estava indo para o quarto, com nada além da minha nudez e os pingos d’água pingando sob o chão gelado. Assim que cheguei no quarto olhei rapidamente para o relógio e vi que já passavam das 2:00 horas. Fui me aproximando lentamente da cama e procurando por ele pelo cômodo. Na cabeceira da cama tinham duas fitas vermelhas amarradas, me aproximei e passei os dedos por uma delas, notando a maciez que tinha e deduzindo que eram de seda. Antes que eu pudesse me virar, sentir algo diferente passando pelas minhas costas. — Já usou isso princesa? — ela colocou no meu campo de visão o objeto e notei que se tratava de um chicote, as tiras eram trançadas e possivelmente de couro. — Já sim. — o peguei na mão, avaliando o objeto de tamanho mediano. O cabo era médio, na cor preta
— Eu ouvi certo? — ele permaneceu mudo. — Ethan? — Ouviu Heat... — sua voz saiu baixa e arrependida. — Pela primeira vez eu não consegui terminar o trabalho. Culpa sua! Culpa minha? Era só o que faltava!Por que culpa minha? E foi exatamente isso que eu perguntei. — Porque eu não consigo tirar você da minha cabeça, pelo visto de nenhuma das duas... — ele não conseguiu evitar a risada. — Por mais que eu tente, você não sai dos meus pensamentos e isso é uma verdadeira bosta! O silêncio se instalou de ambos os lados e nenhum dos dois sabiam muito bem o que dizer naquele momento. — Ethan, vai dormir... — soltei um suspiro longo e profundo. — É a bebida falando por você e por experiência própria, isso passa. — eu havia sentado no chão, próximo a estante de onde eu peguei o celular. — Amanhã você vai acordar e nem vai se lembrar do que falou hoje então, não diga nada que te faça se arrepender depois, ou que mude as coisas de um jeito definitivo. — me levantei e fui em direção ao quar
Por mais que eu desconfiasse do que possivelmente poderia ter rolado entre eles, ouvir a confirmação vindo da boca dela, tornava tudo real e mais difícil de digerir. — Você está tremendamente fodido Ethan! — disse para mim mesmo enquanto batia a porta do escritório e me jogava na cadeira, passando as mãos pelo rosto numa tentativa inútil de arrancar toda aquela sensação de decepção que pesava em meus ombros. Eu não tinha o direito de culpar a Heather por nada, pelo contrário, ela era solteira e poderia ficar com quem quisesse. Era a mim mesmo que eu culpava. Estava deixando-a escapar de mim, como grãos de areia escapando por entre meus dedos. Recostei a cabeça na cadeira e apoiei os pés na mesa, cruzando os braços no peito e suspirei. Saudade. Era isso que eu sentia. Saudade dos lábios dela nos meus, do seu corpo se arrepiando sob meu toque, dos seus gemidos sendo abafados pelo nosso beijo, das suas mãos em meu corpo e de sentir que ela era minha, por mais que fosse só por alg
— Pai? — não consegui evitar o susto e a surpresa no meu tom de voz. — Ethan? — a voz dela saiu mais grave, demonstrando a mesma surpresa que eu. Meu pai se apresentou para ela, que apenas apertou sua mão, ainda em estado catatônico. O silêncio pairou entre nós. — Pai... — chamei sua atenção, mas sem desviar os olhos dela que mordia o lábio, tentando esconder o turbilhão de emoções que pairava entre nós dois. — Por que a Heather está aqui? — ele se virou para mim e me esforcei para olha-lo. — Ela é filha da Candy, a mulher que eu estou saindo. — meu pai mantinha a postura e sua voz saia calma. Totalmente o contrário da minha.— Vai continuar parado ai como um dois de paus? — ele puxou a cadeira para mim, dando a volta na mesa e fazendo o mesmo com a cadeira dela. — Senhorita Watson? — ele apontou gentilmente para o assento. Heather se afastou, indo até seu lugar, mas sem tirar os olhos de mim. Sua saia dançava pelas suas pernas enquanto ela andava em cima do salto alto e aquilo
Ela mordia o lábio com força e escorregava o corpo para frente da cadeira, facilitando meus movimentos. Já conseguia sentir seu corpo inteiro tremendo e o esforço que ela fazia para não demonstrar aquilo. Isso fazia meu pau pressionar debaixo da calça, já estava no meu limite e não sei por quanto tempo mais eu iria aguentar. Heather fechou as pernas involuntariamente e ali eu soube que ela estava no ápice, seu corpo inteiro relaxou e os tremores foram diminuindo, ela tinha um sorriso travesso nos lábios, me dando vontade de toma-la em meus braços e beija-la. Seus lábios pressionaram rapidamente nos meus, me dando um beijo rápido e me fazendo sorrir em seguida. — Fecha a conta por favor? — a voz do meu pai me tirou de orbita, me fazendo levantar o olhar e notar que os dois já haviam terminado a sobremesa, meu pai estava levantando acompanhado da Candy. — Vamos? — ele dirigiu a pergunta a nós dois. Heather olhou para mim e vi em seus olhos a incerteza, aquilo fez o nó retornar ao m
Conversamos mais um pouco eu e meu pai sobre o assunto, mas logo mudamos o rumo da conversa enquanto arrumávamos os petiscos e as taças para o vinho. Sentamos todos nós na mesa da varanda, que tinha no primeiro andar. Haviam vários petiscos na mesa, azeitona, salame, queijo, alguns salgadinhos e amendoins, para acompanhar a garrafa de vinho. Já passava das 2:00 horas da manhã e estávamos na segunda garrafa de vinho. Heather estava recostada em meu peito, fazendo carinho em minha mão que estava em volta do seu pescoço. Candy estava na mesma posição com o meu pai, que contava alegre as minhas artimanhas da infância. — Esse rapaz fazia meu corrimão de escorregador. — ele ria enquanto contava a história. — Uma vez ele desceu pelo corrimão e escorregou, batendo o cotovelo com força na lateral da escada e fraturando o osso. Lhe rendeu um gesso, uma cicatriz e 30 dias de molho. — nós quatro riamos disso. — E você pensa que ele ficou com medo depois disso? — ele balançou o dedo, indicando