Pés descalços caminham por uma estrada de pedras que cortavam e arranhavam, mas dor
nenhuma se comparava a que estava no coração de Soraia e só aumentou ao pegar uma trouxinha onde estava seu pobre filho.Morto.Sua dor era sufocada, mas gritava dentro de si, e nenhum sentimento fora exposto por isso que nenhuma gota de chuva caia.
Tudo estava seco como o interior de Soraia.Uma densa neblina pairava sobre o acampamento. O que para Soraia tanto fazia, afinal seus olhos de vampira eram suas lanternas. Esta estava se dirigindo para o único lugar que seu bebê encontraria paz, e muitos foram aqueles que quiseram acompanha-la, espacialmente, sua mãe. Mas a todos Soraia dispensara.No ar a tristeza era palpável, mas ainda assim, Soraia preferira a solidão do que a pena que vira em muitos olhares por ali. Ela então respirara profundamente, apertara osMarcus e Amy estão nus e abraçados no conforto dos braços um do outro e da cama claro. – Sinto um aperto no peito a cada vez que penso em Soraia – desabafou Amy – sinto que eu preciso estar do lado dela, mas também sinto que preciso ficar aqui. Marcus lhe afagou os ombros – lembre-se do que Matteo disse – a escolha é sua. Você é a Guardiã – e eu te juro – beijou-lhe o alto da cabeça; ela sorriu – aonde você escolher ir, eu irei junto. – A saudade dói. Marcus ergue-se com ela na cama – Então deixe-a te guiar. Amy sorriu, mas de um jeito diferente. – O que foi? – perguntou sem graça. – Sua convivência com Matteo está te fazendo falar como ele. Ambos riram, mas, de repente o sorriso de Marcus murchou e seus olhos perderam o brilho. – Agora eu t
A semana se passou e decisões foram postas em prática. A primeira delas é... Uma visita do futuro ao passado.05 horas antes... Marcus encontrava-se sentado á escrivaninha, um copo de sangue – cortesia de Matte – a seu lado e a frente de seus olhos a tela do notebook a lhe proporcionar as informações que seu coração ansiava e ali, ao alcance de sua mão, olhava de oslaio para os passaportes com destino a Paris – local onde havia uma casa que outrora pertencera a sua mãe e cria que ainda o fosse.– Mamma espero que ainda esteja me esperando-murmurou ao pegar uma caneta e um bloco de anotações para escrever o que necessitava. Estava tão absorto que nem percebera a entrada de Amy, a não ser quando esta o abraçara por trás e lhe beijara o pescoço ao sussurrar – je t’ai ame. &nb
Paris, França Finalmente Amy e Marcus chegaram a Paris a cidade o amor. Após desembarcarem no aeroporto, darem uma olhada aqui e ali, embasbacados, ambos se dirigiram a um táxi e buscavam pelo endereço que Marcus obtivera como até então ainda sendo o de sua mãe. As paisagens enchiam os olhos, mas nada superava a magnificência da bela Torre Eiffel – mas o dia de mochileiro teria de ficar para uma próxima. Ai, que dó! – Marcus, diga que vamos dar uma voltinha por Paris – os olhos de Amy brilhavam implorando. Marcus sorriu ao ancorar-se ás costas de Amy para também admirar a torre e a multidão que a rodeavam ao dizer – não tenha dúvidas. O motorista sorriu. Ele bem se lembrara da primeira vez que vira a torre Eiffel junto com sua namorada, agora esposa. Algum tempo depois. Amy e Ma
–Maya quem é aquela sua amiga ruiva com olhos de violeta? – perguntou Julio Cesar sentado em uma poltrona roxa escura de veludo desfrutando de um copo daquilo que seria provavelmente sangue. –É a Leticia – dissera Maya de pé perto de uma janela também com um copo em mãos só que quase vazio – mas ela é boazinha demais para ser uma vampira. – E quanto a ser babá? Maya riu já sabendo o que Julio Cesar pretendia.– Ela nunca vai aceitar vir para cá de livre e espontânea vontade – disse ao tomar o último gole de sangue do copo que chegou a escorrer pela lateral de sua boca. – Só que eu conheço alguém que pode persuadi-la – informou enquanto se levantava da poltrona para se servir de mais uma dose de sangue de uma bonita garrafa sobre o mezanino. - A sua amante? –ironizou May
Depois de muita insistência de Soraia, Katrina e Adam voltaram para casa –sem ela –junto com os amigos André e Valéria. Homens conversavam na varanda em pé recostados a mureta e mulheres nas poltronas da sala. – Raína seja sincera comigo, minha irmã, o que você pressente para o futuro da Soraia? –perguntou Katrina agora de pé junto a lareira de pedras olhando uma foto sua junto da filha, abraçadas e sorridentes num porta retrato em forma de coração a Raína que encontrava-se sentada ao braço do sofá olhando a tristeza da irmã. – Lembra-se quando Sheila falara sobre Soraia passar pelas trevas e precisar enxergar a mão de Augusto na luz? Katrina assentiu. – Se Soraia não ver que Augusto está tentando ajuda-la, infelizmente, ela vai se afundar na tristeza que ela se enclausurou.&nbs
15.– E agora, o que vou fazer com vocês dois?–perguntava-se Sergio assim que soltou as bolsas de Sofia sobre o sofá encarando-a assim como aoGabriel. – Que tal deixa-los matar a saudade? –propôs Malvina dando um sorrisinho cúmplice ao novocasal. – Saudade?! Sergio plantou as mãos na cintura e encarou Malvina primeiramente – sempre metendo a colher– depois a filha e ao outro intruso ali. – Sofia sequer viajou, que saudades vai ter para matar? Malvina levou a mão á cabeça e sorrindo meneoua. Sofia pegou Gabriel pela mão e saíram do apartamento onde mal tinham chegado, deixando um Sergio a resmungar algo sobre fi
Leticia estava em uma loja de roupas, sapatos e acessórios exclusivos para formaturas. Sorridente conversava com a atendente que lhe mostrava os modelos e tecidos de vestidos longos, mas sempre a olhar de soslaio para a rua, pois desde que saíra de casa sentia que olhos a perscrutavam a todo momento.– O que a senhoria acha deste aqui? – perguntou lhe a moça assim desviando sua atenção da rua para o vestido longo branco com nuances em verde claro na barra e bojo estruturado em renda com pedrarias. – É lindo! – dissera ao pegar o vestido e dirigir-se até um espelho de corpo inteiro e colocá-lo á frente de seu corpo para olhar-se. Mas ainda assim Leticia olhava para a rua e franzia o cenho. – Está tudo bem, moça? – perguntou-lhe a atendente ao ver que ela olhava mais para a rua do que para o vestido. – Só estou nervosa com a formatura - d
Cemitério Municipal Roses Red Tudo estava calmo, apenas o sentimento de perda no percorrer do cortejo fúnebre de Maryah, a mãe de Maya. Davi,o pai de Maya estava desolado a caminhar como um robô com olhos cobertos por óculos escuros e voltados ao chão, ao lado do caixão junto a poucos familiares e amigos. Escondida atrás de um jazigo de mármore, Maya acompanhava com os olhos o pai e amigos levarem o caixão da mãe ao jazigo da família. Lágrimas rolavam em seu rosto, calmas e dolorosas, mas ela aprendera a canaliza-las, afinal é sabido que quando os sentimentos dos vampiros afloram o tempo precede conforme a intensidade destes. –Me perdoa mãe – sussurrou ao ver o pai depositar sobre o caixão uma rosa branca antes de pôr a terra que a selaria aos braços do subterrâneo.