Cachorro!Nem quer saber de mim e ainda faz esse jogo.Parece que, no fundo, ele ainda se importa. Se for assim, talvez a Luana tenha razão, e eu precise saber como lidar com ele.— Sr. Edgar, hoje à noite eu já tenho outro compromisso, mas amanhã podemos jantar juntos.Ele imediatamente ficou animado.— Ah, claro! E o George vem também?— Eu tenho outros planos. — George respondeu, frio, recusando.Edgar estava prestes a falar algo, mas eu o interrompi.— Sr. Edgar, amanhã vou te levar a um lugar que você nunca foi antes.— Sério? — Edgar fez cara de surpresa. — Um lugar que eu, Edgar, nunca fui? E o George, será que ele já foi?Ele sempre inclui o George nas conversas, e eu já sei o motivo: Edgar sabe que o George é o príncipe herdeiro.Ele tem medo de desagradar o George, caso contrário, poderia acabar sendo o "bode expiatório".Nesse momento, o elevador chegou, e George saiu de uma vez, sem dar atenção a ninguém.Edgar abriu a boca, mas não falou nada. Olhou para mim e disse, com u
Embora, na última competição, George tivesse me mostrado a gravação, eu não estava lá, no evento.— Tudo bem, vou te deixar com o melhor ingresso. — Pedro sorriu para mim.— Pedro, boa sorte. — Eu disse, fazendo um gesto de força com o punho.Pedro assentiu.— Você também tem que cuidar da sua saúde.— Sim, agora mesmo vou comer alguma coisa e dormir. — Eu respondi, com os olhos começando a pesar.Depois de uma noite sem dormir e de um dia inteiro sem sentir sono, finalmente, meu corpo pedia descanso. Eu estava pronta para deixar o celular de lado e cair nos braços de Morfeu.— Corre lá, deixa o George preparar algo bom para você se recuperar. — Pedro deu suas últimas instruções antes de encerrar a ligação.Eu joguei o celular de lado e olhei para a cozinha, que estava escura e silenciosa.Eu até gostaria que ele preparasse algo para mim, mas ele teria que querer fazer isso também.Ele estava tão orgulhoso, tão arrogante, e eu me perguntava até quando ele conseguiria manter isso.Com e
— Diretora Carolina, você chegou! Pensei que você não tivesse vindo.Eu estava prestes a verificar se o café da manhã tinha sido jogado no lixo por alguém, quando Edgar entrou carregando uma sacola.— Aqui, café da manhã!Ao ouvir essas palavras, tudo ficou claro para mim.O café da manhã chegou, mas não era mais aquele que o Miguel costumava trazer.Eu não disse nada, apenas o encarei, pois sabia que ele não traria o café da manhã sem motivo.Como esperado, ao colocar a sacola sobre a mesa, ele explicou:— Hoje, o George me chamou para fazer hora extra às cinco da manhã. Estava morrendo de fome, então comi o café da manhã que estava na sua mesa. Esse aqui é para compensar.Essa mentira não me convenceu nem um pouco, mas eu já estava cansada de desmenti-lo.— Não precisa compensar, já comi.Na verdade, eu não tinha comido nada. Não sei por quê, mas nos últimos dias perdi o interesse pela comida, e como se eu tivesse perdido a capacidade de sentir fome, até tenho náuseas quando como.—
Na verdade, eu realmente queria muito comer aquelas coisas, mas, se eu tivesse comido, teria satisfeito o desejo do George de, secretamente, me compensar.Eu não podia deixá-lo satisfeito. Queria que ele continuasse pensando em mim, mas sem poder fazer nada a respeito.Ainda bem que eu tinha alguns lanches guardados no armário. Quando estava prestes a pegá-los, o telefone do escritório tocou.Com uma mão, peguei o lanche e, com a outra, atendi o telefone:— O quê? A situação é grave? Estou indo agora mesmo.Ao desligar o telefone, larguei o lanche e me levantei imediatamente.A ligação era de um dos funcionários, que contou que, além de ser dificultado durante a negociação de um projeto, ele ainda havia sido agredido pela outra parte.Isso era algo sério.Quando alguém do meu time é desrespeitado, significa que estão desrespeitando a mim. Peguei o carro e fui direto ao local.— Diretora Carolina, eu juro que não entrei no vestiário feminino deles. Eles estão me acusando injustamente! —
— Ai, aí, dói, dói... — O homem que tinha a mão pisada gemia de dor.Miguel continuava firme, pressionando a mão do homem com o pé, mas seus olhos estavam fixos em mim.— Você está bem?— Eu estou, mas meu celular não teve a mesma sorte. — Quando terminei de falar, Miguel olhou para o celular que estava no chão, totalmente destruído.— Sr. Miguel, Sr. Miguel... — Oscar correu para o lado, estendendo as mãos como se quisesse segurar Miguel, mas hesitava, ficando apenas parado ali.— Pai, está doendo muito. — O homem no chão esticou a outra mão em direção a Oscar.Quando ouvi aquele "pai", tudo ficou claro. Não era de se admirar que aquele canalha no chão fosse tão arrogante. Ele tinha o pai para apoiá-lo.— Sr. Miguel, será que poderia aliviar a mão e soltar meu filho? — Oscar implorava a Miguel.Assim que terminou de falar, o filho soltou um grito ainda mais desesperado.— Sr. Miguel, Sr. Miguel! — Oscar parecia desesperado, quase andando em círculos.Miguel não deu atenção a ele. Em v
— Desculpe, mas mesmo que você não ganhe um centavo e todo o lucro fique comigo, eu não vou mais continuar com a nossa colaboração. — Eu recusei diretamente.Quando Miguel saiu, eu estava esperando ele na frente do carro. Ele tinha me ajudado na hora certa, e eu queria de qualquer forma expressar minha gratidão.— Está esperando me agradecer? — Miguel disse com um olhar entendido.Eu sorri levemente.— Se não fosse pela intervenção do irmão, eu acho que hoje eu teria ido parar no hospital.— Não é para tanto, não. Aquele chute que você deu foi forte, deve ter feito até as tripas dele dar umas voltas. — As palavras de Miguel me fizeram rir.— Carol, você ainda tem a mesma habilidade com os pés de antes. — Miguel comentou, e isso me fez lembrar da época de escola, quando alguns meninos tentaram me intimidar, e eu dei um chute direto neles.No final, aqueles meninos até me deram um apelido: "perna de ferro".Mas eu não queria reviver o passado e, em vez disso, sorri e perguntei:— Não ima
— Hã?!Eu fiquei paralisada, sem saber como reagir.Grávida?!De onde ele tirou isso?George estava muito perto de mim, o suficiente para que eu sentisse novamente o aroma refrescante e limpo dele.Esse cheiro único fez minha respiração falhar, e uma dor suave tomou meu peito...Neste momento, eu só soube que o impacto da separação dele foi como o licor de frutas de um bar à meia-noite, já totalmente fermentado...Só que minha teimosia me fez reprimir aquela sensação amarga e desconfortável, e até dei um sorriso nos lábios enquanto olhava para ele.— O que você disse? George, você está sonhando ou tendo um ataque de histeria?O maxilar de George se contraiu consideravelmente.— Me responda.Ficou claro que ele queria uma resposta definitiva.E essa resposta seria não.Eu sabia que não estava grávida, isso estava claro para mim. Mas porque ele teria pensado nisso de repente?Será que ele ouviu algo? Ou será que eu fiz algo que o fez pensar isso? Ou talvez, ele estivesse com medo de que
Caso contrário, ele não teria vindo até minha casa para perguntar se eu estava grávida e ainda querer me levar ao hospital. Antes, tudo o que ele fez me causava dor, mas não chegou a machucar de forma irreparável. Hoje, no entanto, com uma simples pergunta, ele perfurou diretamente o meu coração.Eu não queria mais o ver, mas não podia deixar que o fim do nosso relacionamento me fizesse também desistir do meu trabalho. Como o projeto em que estava envolvida exigia que eu saísse de campo, decidi não ir à empresa por alguns dias.Durante os três dias em que fiquei em campo, recebi uma ligação de Benedita. Não sabia se ela já sabia que eu e George tínhamos terminado, mas mesmo assim, eu acreditava que, apesar do término, nossa amizade ainda poderia continuar.— Cunhada, estou em apuros, você pode me ajudar? — Ela falou do outro lado da linha, quase chorando.— Não precisa se desesperar, o que aconteceu? Fala devagar. — Eu tentei acalmá-la.— Cunhada, estou na biblioteca, lendo, e de rep