Mas olhando de novo, ele estava apenas sentado lá, imóvel como uma rocha.- Ainda não sabemos a verdade dos fatos, por que você está agindo assim? – Repreendeu Sra. Lima. Sra. Sandra estava ofegante, com os cabelos levemente desarrumados e os olhos cheios de sangue, claramente sem dormir a noite toda por causa dos filhos. Sra. Lima continuou. – Assim que descobrirmos a verdade, saberei como lidar com isso.Essa declaração não era apenas para Sra. Sandra, mas também um aviso para Larissa.Sarah se levantou e abraçou o ombro de Sra. Sandra, falando em tom suave: - Sra. Sandra, por favor, se acalme. Srta. Larissa está aqui agora. Vamos esclarecer tudo primeiro. Se Srta. Larissa realmente fez isso, Sr. Walter não ficaria de braços cruzados.Naquele momento, Larissa estava mais interessada em saber como Walter não ficaria de braços cruzados.Sra. Sandra cerrou os punhos, cheia de raiva e ódio, dizendo: - Muito bem, vamos primeiro perguntar a Srta. Larissa. Não temos nenhum ressentimento c
Se ajoelhar!Larissa ergueu a cabeça de repente. Por um momento, ela não sabia se Sra. Sandra estava apenas falando de forma impulsiva devido à sua preocupação ou se estava falando sério.O silêncio dominou a sala de estar, sem ninguém falar. A expressão furiosa de Sra. Sandra, direcionada para Larissa, deixou claro que todos estavam esperando ela se ajoelhar!Larissa estava usando sapatos de salto alto, em cima de um tapete grosso e macio, o que já dava a ela a sensação de instabilidade. Além disso, ela estava se sentindo mal fisicamente, tornando tudo ainda mais desconfortável.Ela se preparou para falar, mas então ouviu o som de um copo sendo colocado sobre a mesa de vidro.Era um som nítido e afiado, como o desembainhar de uma espada. Por instinto, Larissa olhou na direção do sofá de uma pessoa, onde estava Walter.Mas antes de ver a expressão de Walter, ela ouviu Sarah falar, o que atraiu sua atenção.- Sra. Sandra, se acalme. Esta situação... Ah, Sr. Walter, por favor, ajude a Sr
Sra. Lima se aproximou de Walter de novo, seu tom agora mais amigável: - Walter, quando te liguei, você estava na estação de trem, certo? Acabou de chegar na Cidade X e já veio ver as crianças. - Não foi nada. – Respondeu Walter.- Você também pode ficar esta noite, vou pedir para prepararem dois quartos para vocês. – Disse Sra. Lima.- Tudo bem. – Walter não recusou.Sra. Lima suspirou, batendo na cintura e disse:- Foi um dia cansativo, meus ossos já não estão se sentindo muito bem. Sarah, muito compreensiva, disse: - Sra. Lima, vá descansar. Não somos estranhos, não precisa nos hospedar, podemos nos virar sozinhos.Enquanto isso, Larissa, no canto onde ninguém prestava atenção, fechou em segredo os olhos para aliviar o desconforto em seu corpo.Embora não pudesse ver, conseguia ouvir claramente.O tom de Sarah, como posso dizer, vagamente transmitia sinais de que seu relacionamento com Walter não era comum.“Não somos estranhos”, “Podemos nos virar sozinhos”, “Nós”.Larissa solt
Larissa mordeu os lábios e olhou para a babá.- Posso te chamar como? – Perguntou ela. A babá resmungou e virou a cabeça, claramente relutante em cooperar. Larissa ficou impassível, continuando. – Sra. Lima me encarregou de investigar esse assunto. Contanto que eu possa encontrar a pessoa responsável pela intoxicação, não apenas você, mas todos os funcionários da família Lima, podem ser interrogados. Se você não cooperar comigo, vou suspeitar que está escondendo algo e informarei minhas suspeitas à Sra. Lima. Não sei como ela irá lidar com você nesse caso. Ela dirigiu essas palavras para a babá, mas também para os outros funcionários da família Lima.Sua investigação exigia cooperação deles, então ela estava usando uma ameaça vazia.O blefe funcionou, a expressão da babá imediatamente mudou e ela não ousou resistir: - Eu, eu me chamo Inês, todos me chamam de tia Inês. Walter subiu as escadas e, ao olhar para trás, viu Larissa na sala, interrogando a babá com determinação, como se es
Sra. Sandra, sentada no pequeno sofá, parecia um pouco insatisfeita ao ver Larissa entrar.Larissa, acostumada com o ambiente corporativo, não se incomodou com esse tipo de frieza e disse:- Sra. Sandra, eu tenho uma suspeita sobre quem pode ser o verdadeiro culpado pelo envenenamento, mas preciso que você confirme, você...- Larissa, por favor, espere um momento. – Sarah interrompeu diretamente Larissa, fazendo ela parar. Sarah falou para Sra. Sandra, em tom suave. – Sandra, eu sei que você está sofrendo muito por causa do seu filho, mas é exatamente por isso que devemos encontrar o verdadeiro culpado e fazer com que essa pessoa pague pelo que fez. Isso vai aliviar o seu coração, concorda?Era tarde, passava de uma da manhã, e Sra. Sandra mostrava sinais evidentes de cansaço, com os olhos vermelhos devido à falta de sono.Mas enquanto o verdadeiro culpado não fosse encontrado, ela não conseguiria descansar, então acabou concordando.Larissa abriu a boca para falar, mas Sarah se anteci
Larissa suspirou e olhou novamente para Sra. Sandra, perguntando em tom sério: - Então, Sra. Sandra, você costuma ter alguma briga com alguém?Sra. Sandra segurou a cabeça, angustiada, respondendo:- Minha mente está uma bagunça agora, não consigo me lembrar, realmente não consigo...Larissa entregou o tablet e disse:- Pedi à babá que trouxesse as filmagens de segurança da noite passada. Ela tirou capturas de tela de cada pessoa que subiu as escadas. Dê uma olhada, entre essas pessoas, há alguém que você acha que poderia machucar seus filhos como forma de vingança contra você? Depois de folhear várias fotos, Sra. Sandra parou de repente, abriu os olhos e afirmou: - É ela, com certeza é ela!Larissa viu no tablet uma jovem mulher e perguntou:- Quem é ela?Sra. Sandra apertou os dentes, cheia de ódio, respondendo: - É minha irmã. Ela sempre me invejou por ter me casado com alguém da família Lima. Ela se aproveita do favoritismo de nossa mãe e sempre tenta me atrapalhar quando nos e
Walter não explicou. Ele nunca explicava nada para ninguém. Ele ficou de pé no corrimão do segundo andar, olhando para baixo. Seu olhar se estendia para além da porta aberta, perdido na escuridão da noite.A noite já estava muito avançada.Walter se virou e disse:- Você deveria ir descansar. A família Lima preparou um quarto para você. - E você? – Perguntou Sarah, instintivamente. Walter piscou os olhos brevemente. Por mais que não demonstrasse qualquer sinal de irritação, ela sabia que ele não gostava de ser questionado. Ela apertou os lábios. – Quero dizer, amanhã de manhã, quando a Sra. Lima perceber que você não está aqui, ela vai me perguntar onde você está. Como devo responder? - Você dá um jeito. – Walter deu dois passos para sair, mas então se virou novamente. – A Sra. Sandra está instável emocionalmente e pode não conseguir explicar claramente. Amanhã, você conta para a Sra. Lima quem é o verdadeiro culpado, como Larissa descobriu.Sarah piscou de leve e murmurou:- O ver
Walter olhou friamente para ela.- Você não disse que ia me pagar pela carona?Larissa apertou os dentes, e Walter não diminuiu a velocidade dessa vez. Ele acelerou diretamente, fazendo uma curva na montanha sem aviso prévio, pegando Larissa desprevenida. Seu corpo bateu na porta do carro e foi puxado de volta para o assento pelo cinto de segurança.Embora não tivesse doído muito, ela se sentiu humilhada. Algumas veias vermelhas apareceram nos brancos dos olhos, enquanto ela olhou com raiva para o homem.Walter apertou o volante com mais força, diminuindo um pouco a velocidade do carro. Sua voz também não estava muito boa: - Por que nunca percebi que você tem esse temperamento? Não posso te agradar e não posso te contrariar.Essas palavras, se ditas por outra pessoa, poderiam transmitir um tom de mimar, como “não sei o que fazer com você”, “como devo lidar com você” ou “você me deixa sem opções”. Mas, vindo de Walter, soou apenas como impaciência para Larissa.O temperamento de Laris