Larissa não sabia o que Walter estava querendo dizer. Enviar uma casa como compensação tinha sentido, mas o que as flores poderiam compensar?Ela olhou para o cartão em suas mãos. O nome “Walter” estava impresso, mas ela sentiu como se pudesse ver a assinatura dele entre as letras mecânicas.Como sua ex-secretária, Larissa tinha visto ele assinar seu nome em inúmeros contratos. Sua caligrafia era bonita, fluida e forte.Houve um tempo em que ela admirava ele tanto que, quando não tinha nada para fazer, praticava escrever seu nome em branco. Walter, Walter...Cada traço era feito com cuidado.Uma vez, ele pegou ela fazendo isso. Ele ergueu uma sobrancelha com interesse naquela hora, e ela ficou tão envergonhada que imediatamente escondeu o papel, abaixando a cabeça para não encarar seus olhos frios e ligeiramente zombeteiros, com as bochechas queimando....Larissa deveria estar indiferente ou entorpecida agora. Por que ela estava pensando nisso e sentindo uma dor estranha em seu peito
Jéssica soltou um suspiro de alívio, mas de repente o telefone interno tocou, fazendo seus nervos se tensionarem novamente. - Sr. Walter, por favor, dê suas ordens! - Reserve passagens, estou indo para a Cidade X. - Entendido. - Jéssica ficou confusa, afinal, ele não acabava de voltar da Cidade X?Sem tempo para pensar mais, Walter desligou a chamada e saiu do escritório, e Jéssica imediatamente seguiu ele.- Faça os preparativos, preciso inspecionar a filial da Cidade X. – Instruiu Walter.- Sim. – Respondeu Jéssica. A sua mente girava rapidamente, concluindo que o Sr. Walter ficaria um tempo na Cidade X. – Vou providenciar imediatamente. Ao chegar no elevador, as portas se abriram e Sarah ficou surpresa por um momento, antes de colocar um sorriso educado no rosto.- Sr. Walter, está saindo? Posso ter dez minutos do seu tempo? Tenho algo para relatar. – Perguntou ela....Larissa já tinha deixado essas bobagens para trás, se concentrando no trabalho até a hora de sair.Ela estava
Luiz levantou a mão casualmente e o violinista se retirou com respeito, deixando o ambiente silencioso ao redor. Ele disse: - Igor é do Zaca. Igor era aquele que brigou com Tiago na prisão, resultando na quebra da perna de Tiago e quase resultando em uma sentença adicional para Igor.Depois que Larissa se recuperou do choque, ela perguntou: - Sr. Luiz, como você sabe sobre o Igor? - Parece que você não está surpresa, Igor é do Zaca? – Luiz percebeu rapidamente que ela estava focada no ponto errado, se ela não soubesse disso, a primeira pergunta deveria ser sobre Igor, não sobre ele.Larissa não contestou, ela realmente sabia há muito tempo.Desde o início, ela suspeitou que havia algo suspeito na briga entre Igor e Tiago, então ela compartilhou suas suspeitas com Milena, que ajudou ela a conseguir informações com um amigo guarda na prisão.Igor tinha um bom relacionamento com um companheiro de cela na prisão e compartilhava tudo com ele. Esse companheiro de cela denunciou Igor ao g
A universidade da Cidade J... A Universidade da Cidade S já era uma das melhores do país, então o fato de Enrico estar mudando mostrava que a universidade da Cidade J era ainda mais importante.Larissa parabenizou com sinceridade: - Desejo a você um futuro brilhante.- Se precisar de algo, você ainda pode me procurar. – Disse Enrico, com gentileza. – Eu prometi a você que vou te ajudar, essa é minha promessa, sempre válida.- Está bem, vou me lembrar disso. Mas tanto Enrico quanto Larissa sabiam que isso era apenas uma formalidade.Larissa, acostumada a lidar com tudo sozinha, não ousaria incomodar ele enquanto ele estivesse por perto, quanto mais agora que ele estava indo para a Cidade J, a milhares de quilômetros de distância.Enrico saiu rapidamente.Assim que ele saiu, Luiz voltou e os pratos foram servidos. Ele disse casualmente:- Experimente o foie gras deste restaurante, é muito autêntico. Larissa perdeu o apetite, estava de mau humor, olhando para ele e perguntou:- Sr. Lui
Larissa já estava se sentindo meio tonta e receber essa notícia deixou ela ainda mais atordoada, com uma sensação de tontura que não podia ser ignorada.Como isso poderia ter acontecido? O choro do bebê não era apenas por estar sujo? Como alguém poderia envenenar um bebê de apenas um mês?E na noite passada, quando ela entrou no quarto do bebê, Walter já estava lá.Sem tempo para pensar muito, principalmente porque não entendia a situação completamente, Larissa se arrumou e pegou um táxi para a família Lima.Se ela não resolvesse esse problema, Murilo resolveria para ela.Ao descer do carro, o vento frio fez ela suar frio nas costas.Mesmo vestindo roupas pesadas, ela não parava de tremer de frio, mas se forçou a entrar.A casa da família Lima estava toda iluminada quando Larissa foi levada pela empregada, e ela ouviu a babá dizendo de maneira incisiva: - Foi aquela Srta. Larissa! Ontem à noite ela estava claramente culpada, Vera também viu. Vera, confirme, não foi?A empregada, Vera
Mas olhando de novo, ele estava apenas sentado lá, imóvel como uma rocha.- Ainda não sabemos a verdade dos fatos, por que você está agindo assim? – Repreendeu Sra. Lima. Sra. Sandra estava ofegante, com os cabelos levemente desarrumados e os olhos cheios de sangue, claramente sem dormir a noite toda por causa dos filhos. Sra. Lima continuou. – Assim que descobrirmos a verdade, saberei como lidar com isso.Essa declaração não era apenas para Sra. Sandra, mas também um aviso para Larissa.Sarah se levantou e abraçou o ombro de Sra. Sandra, falando em tom suave: - Sra. Sandra, por favor, se acalme. Srta. Larissa está aqui agora. Vamos esclarecer tudo primeiro. Se Srta. Larissa realmente fez isso, Sr. Walter não ficaria de braços cruzados.Naquele momento, Larissa estava mais interessada em saber como Walter não ficaria de braços cruzados.Sra. Sandra cerrou os punhos, cheia de raiva e ódio, dizendo: - Muito bem, vamos primeiro perguntar a Srta. Larissa. Não temos nenhum ressentimento c
Se ajoelhar!Larissa ergueu a cabeça de repente. Por um momento, ela não sabia se Sra. Sandra estava apenas falando de forma impulsiva devido à sua preocupação ou se estava falando sério.O silêncio dominou a sala de estar, sem ninguém falar. A expressão furiosa de Sra. Sandra, direcionada para Larissa, deixou claro que todos estavam esperando ela se ajoelhar!Larissa estava usando sapatos de salto alto, em cima de um tapete grosso e macio, o que já dava a ela a sensação de instabilidade. Além disso, ela estava se sentindo mal fisicamente, tornando tudo ainda mais desconfortável.Ela se preparou para falar, mas então ouviu o som de um copo sendo colocado sobre a mesa de vidro.Era um som nítido e afiado, como o desembainhar de uma espada. Por instinto, Larissa olhou na direção do sofá de uma pessoa, onde estava Walter.Mas antes de ver a expressão de Walter, ela ouviu Sarah falar, o que atraiu sua atenção.- Sra. Sandra, se acalme. Esta situação... Ah, Sr. Walter, por favor, ajude a Sr
Sra. Lima se aproximou de Walter de novo, seu tom agora mais amigável: - Walter, quando te liguei, você estava na estação de trem, certo? Acabou de chegar na Cidade X e já veio ver as crianças. - Não foi nada. – Respondeu Walter.- Você também pode ficar esta noite, vou pedir para prepararem dois quartos para vocês. – Disse Sra. Lima.- Tudo bem. – Walter não recusou.Sra. Lima suspirou, batendo na cintura e disse:- Foi um dia cansativo, meus ossos já não estão se sentindo muito bem. Sarah, muito compreensiva, disse: - Sra. Lima, vá descansar. Não somos estranhos, não precisa nos hospedar, podemos nos virar sozinhos.Enquanto isso, Larissa, no canto onde ninguém prestava atenção, fechou em segredo os olhos para aliviar o desconforto em seu corpo.Embora não pudesse ver, conseguia ouvir claramente.O tom de Sarah, como posso dizer, vagamente transmitia sinais de que seu relacionamento com Walter não era comum.“Não somos estranhos”, “Podemos nos virar sozinhos”, “Nós”.Larissa solt