A festa de um mês dos gêmeos da família Lima estava sendo realizada em sua casa, e a mansão estava toda iluminada por dentro e por fora.Larissa e Enrico saíram da sala de banquetes e foram para o jardim. Enrico percebeu que o vento estava um pouco forte e Larissa estava apenas usando o vestido de festa, então ele se preocupou em proteger ela do frio. - Você já cumprimentou a Sra. Lima, então pode ir embora agora. Eu te levo de volta. – Sugeriu Enrico.- Espere um pouco, a festa ainda não está nem na metade. – Recusou Larissa, balançando a cabeça.Embora ela pudesse sair agora sem que ninguém notasse, ela estava acostumada a ser completa em suas interações, cuidadosa com os detalhes, evitando qualquer crítica.Enrico então segurou o casaco que ela estava usando e o apertou ao redor dela, depois se posicionou na direção do vento para proteger ela.Ele baixou os olhos para o rosto dela, que estava escondido sob uma camada de maquiagem, e perguntou baixinho: - Você parece cansada. Está
No entanto, no final das contas, nem Walter nem Enrico ouviram a resposta de Larissa.Justo naquele momento, o celular de Enrico tocou, era Diana ligando.- Enrico, Enrico, onde você está? Eu estou em apuros, você precisa vir me salvar! Enrico franziu o cenho, perguntando:- Diana, se acalme, o que aconteceu? Diana claramente estava em pânico, gaguejando: - Eu... Eu estava dirigindo e então olhei rapidamente para o celular, quando levantei a cabeça vi alguém atravessando a rua na minha frente...O coração de Enrico acelerou.- E depois?- E então eu rapidamente virei o volante para desviar, agora o carro está preso na área de paisagismo, não consigo mover ele, o que faço? Estou com muito medo, por favor, venha logo me salvar... - Ninguém ficou ferido, você deveria se considerar sortuda. Quem te ensinou a dirigir olhando para o celular? E você ainda tem coragem de chorar, se Murilo descobrir, ele quebra suas pernas. – Repreendeu Enrico. - Não me repreenda, por favor, venha logo me
Larissa virou a cabeça como se não tivesse ouvido claramente e perguntou: - Sr. Walter, o que você disse?O quarto estava bem quente, e Walter tirou o paletó, o jogando sobre o braço, vestindo apenas uma camisa branca e um colete de lã cinza escuro.Ele usava um bracelete no braço, que destacava os músculos de forma refinada e selvagem ao mesmo tempo.Mesmo tão perto, ele falou claramente, e ela teria que estar muito distraída para não ouvir suas palavras. Walter viu que ela não queria continuar o assunto e fez pouco caso: - Nada.Larissa continuou observando os gêmeos.Bem, ela realmente não queria se envolver na conversa.Ela não entendia por que Walter de repente tinha que dizer aquilo?Aquele filho deles, mesmo que não tivesse sido abortado acidentalmente, ele não teria deixado que ela tivesse ele de qualquer forma. Ele deixou isso claro quando ela teve aquela dor intensa que foi erroneamente interpretada como um aborto espontâneo.Ela não queria discutir sobre filhos com ele, er
Larissa sentiu a palma da mão dele quente, um toque que era impossível ignorar. Seu corpo ficou rígido num instante e antes que pudesse dizer qualquer coisa, Walter soltou ela, até mesmo recuando educadamente um passo.Era como se ele realmente estivesse apenas ajudando de forma “cavalheiresca”.Larissa rapidamente arrumou seu vestido e lançou um olhar estranho para ele antes de estender a mão e disse:- Me devolve a roupa. Walter entregou o paletó que estava em seu braço. Larissa retraiu a mão, acrescentando. – Eu quero o paletó do professor Enrico. – Os olhos de Walter se estreitaram, e Larissa explicou impotente. – Este é o paletó do professor Enrico, eu tenho que devolvê-lo a ele. A expressão de Walter parecia mais como se ele quisesse jogar o paletó direto no lixo.Mas por algum motivo, depois de alguns segundos, ele o devolveu para ela.Larissa rapidamente pegou, surpresa com o quão fácil ele estava sendo.- Um homem grande usando perfume, você não acha isso estranho? – Zombou
- Sr. Walter, já acabou para nós. Entendo que possa ter se sentido frustrado quando saiu de repente, mas já se passou tanto tempo, você deveria aceitar esse fato. Realmente não tem necessidade de continuar me perseguindo... Essa vagabunda que você já está cansado de dormir. – Disse Larissa.“Já cansou de dormir” foi o que ele disse, “vagabunda” também foi o que ele disse.Walter deu um passo em sua direção.Eles estavam no estacionamento, onde a iluminação não era tão forte, tornando seus traços faciais difíceis de distinguir, e suas emoções também. - Continue, diga mais, o que mais eu disse sobre você. Larissa pensou por um momento, havia tantas coisas.- Você disse que eu não era boa o suficiente, que não era digna, que não tinha educação, que era muito fácil... Mesmo só repetindo as avaliações dele, ela sentia seu coração apertado de dor. Nenhuma garota poderia ficar indiferente a ser insultada dessa forma. - Sr. Walter, você pode ter muitas distrações, conseguir qualquer mulher
Larissa ficou paralisada no local, ao abrir e ver que o nome do proprietário da casa era o dela.A localização da casa também era em um condomínio de luxo muito próximo ao Grupo Dias.Larissa pensou por um momento, primeiro excluindo Enrico da lista de suspeitos. Enrico não faria algo tão fora do comum, mesmo que estivesse pensando em presentear a ela com uma casa, com certeza ele teria falado com ela antes.Quem faria algo tão fora do comum...? Larissa enviou uma mensagem para Luiz. “Sr. Luiz, você enviou alguma coisa para mim na empresa hoje?”Ele costumava enviar flores para ela com frequência, então era difícil não suspeitar que essa estranha situação também fosse obra dele.Luiz provavelmente estava ocupado, pois não respondeu de imediato. Até mais de uma hora depois, ele ligou diretamente para ela:- Secretária Larissa, está me lembrando que não entregaram as flores hoje? Estou apenas seguindo sua sugestão, não queria desperdiçar dinheiro e pensei em doar para caridade.Larissa
Larissa não sabia o que Walter estava querendo dizer. Enviar uma casa como compensação tinha sentido, mas o que as flores poderiam compensar?Ela olhou para o cartão em suas mãos. O nome “Walter” estava impresso, mas ela sentiu como se pudesse ver a assinatura dele entre as letras mecânicas.Como sua ex-secretária, Larissa tinha visto ele assinar seu nome em inúmeros contratos. Sua caligrafia era bonita, fluida e forte.Houve um tempo em que ela admirava ele tanto que, quando não tinha nada para fazer, praticava escrever seu nome em branco. Walter, Walter...Cada traço era feito com cuidado.Uma vez, ele pegou ela fazendo isso. Ele ergueu uma sobrancelha com interesse naquela hora, e ela ficou tão envergonhada que imediatamente escondeu o papel, abaixando a cabeça para não encarar seus olhos frios e ligeiramente zombeteiros, com as bochechas queimando....Larissa deveria estar indiferente ou entorpecida agora. Por que ela estava pensando nisso e sentindo uma dor estranha em seu peito
Jéssica soltou um suspiro de alívio, mas de repente o telefone interno tocou, fazendo seus nervos se tensionarem novamente. - Sr. Walter, por favor, dê suas ordens! - Reserve passagens, estou indo para a Cidade X. - Entendido. - Jéssica ficou confusa, afinal, ele não acabava de voltar da Cidade X?Sem tempo para pensar mais, Walter desligou a chamada e saiu do escritório, e Jéssica imediatamente seguiu ele.- Faça os preparativos, preciso inspecionar a filial da Cidade X. – Instruiu Walter.- Sim. – Respondeu Jéssica. A sua mente girava rapidamente, concluindo que o Sr. Walter ficaria um tempo na Cidade X. – Vou providenciar imediatamente. Ao chegar no elevador, as portas se abriram e Sarah ficou surpresa por um momento, antes de colocar um sorriso educado no rosto.- Sr. Walter, está saindo? Posso ter dez minutos do seu tempo? Tenho algo para relatar. – Perguntou ela....Larissa já tinha deixado essas bobagens para trás, se concentrando no trabalho até a hora de sair.Ela estava