Luiz não concordou com a sugestão de Cláudia, apenas disse:- Deixar uma garota se despir em público não é apropriado, então... - Então, vamos equilibrar as coisas. – Interrompeu Larissa, prontamente.Luiz só então percebeu Larissa, que estava parada a dois passos dele. - Srta. Larissa, o que você quer dizer com “equilibrar as coisas”? – Perguntou Luiz, semicerrando os olhos.As palavras de Larissa atraíram a atenção de todos na sala. - Ainda estou aqui, e parece que a Srta. Sarah está prestes a levar o Sr. Walter embora, o que talvez não seja muito respeitoso comigo. – Explicou Larissa.- Eu só queria falar com o Sr. Walter! – Respondeu Sarah, surpresa.- Ah, é mesmo? – Rebateu Larissa.O que era uma disputa entre duas mulheres por um homem agora se tornava uma disputa envolvendo três mulheres.As pessoas na sala trocaram olhares, mas ninguém ousou intervir. Afinal, a pessoa causadora da confusão era alguém trazido por Murilo, e a vítima era a sobrinha de Luiz. Agora, Larissa, sen
Susana compensou tanto na aparência quanto na essência, deixando os envolvidos sem palavras. - Somos amigos, vamos esquecer esse episódio. A refeição está pronta, vamos descer para comer. - Sugeriu Luiz.Os presentes se levantaram em acordo secreto.Susana saiu sozinha, sem se dirigir a ninguém, ignorando o jantar preparado.Inquieta, Larissa quis seguir Susana, mas Walter segurou sua mão e perguntou:- Aonde você vai? Não me viu a tarde toda, não está com saudades? Essas palavras, aos ouvidos de quem não sabia, poderiam ser interpretadas como uma tentativa de flerte.Entretanto, Larissa não ousou pensar assim. Sentiu que havia cometido um erro ao falar sem pensar, possivelmente causando problemas para Walter. Agora, ele poderia estar planejando alguma forma de repreender ela.Walter, que era aliado de Luiz, poderia ser prejudicado se Luiz ficasse ressentido com a atitude dela. Susana já havia se desculpado com Luiz e Sarah em público, enquanto ela, em um esforço para ajudar Susana,
A família Cardoso ficava na Cidade J.Os mais velhos da Cidade J tinham o costume de trazer trupes teatrais para celebrar ocasiões importantes.Após uma peça, enquanto trocavam de cenário, a cortina verde no palco se erguia.Desde pequena, Susana adorava se esgueirar para o palco, levantando a cortina para espiar os bastidores, observar a equipe preparando cenários e os atores trocando de figurino.Mesmo agora, adulta, ela não conseguia abandonar esse hábito, liderando um grupo de primos para subir ao palco.- O que será a próxima peça? – Perguntou a prima mais nova.Observando a equipe montando um cenário de parede vermelha e telhado verde, Susana ficou curiosa sobre a próxima apresentação, mas antes que pudesse descobrir, ouviu os risos repreensivos dos seus pais.- Essa garota ainda faz o mesmo, gostando de espiar o palco desde criança. Patrícia, desça imediatamente! Quantas vezes eu disse que espiar os atores se preparando é falta de educação? E você já está grande demais para brin
- Não sei. Por enquanto, não sinto arrependimento, apenas tristeza e desgosto. Depois de anos tentando conquistar o coração dele sem sucesso, finalmente conseguiu moldar ele dessa maneira, só para que outra pessoa aproveitasse a conquista. – Disse Susana.- Então, dê um tempo, ou espere alguns anos, talvez então saiba se se arrepende ou não por ter esse homem em sua vida. – Falou Larissa.- Certo. – Concordou Susana, sorrindo. Ficar um pouco mais longe permitia ver a imagem completa da montanha, muitas vezes, era necessário revisitar as situações após a passagem do tempo para entender o certo e o errado. Os ânimos de Susana se acalmaram consideravelmente, e ela ficou curiosa e perguntou. – Por que você não pergunta quem da família Dias era a pessoa que estava prometido a mim?- Era Enrico, certo? – Disse Larissa.Anteriormente, na Cidade C, Walter havia contado a ela que Enrico tinha uma noiva.Ela também havia perguntado a Enrico, que admitiu, mas explicou que não tinha nenhum interes
Era verdade que ao meio-dia, Walter tomou sopa que Larissa não conseguia beber. A expressão dela naquele momento era como se tivesse visto um fantasma.Agora, ela se sentia como se estivesse realmente enfrentando um fantasma. Walter levantou sua blusa diretamente, e a sensação de língua e lábios percorreu todo o seu corpo, fazendo Larissa sentir arrepios.- Sr. Walter, espere um pouco, estou menstruada! – Disse Larissa de repente, em desespero.- Você pode ir para as fontes termais à tarde, mas agora está menstruada? – Zombou Walter, com um sorriso frio.- Eu não entrei na água, só me sentei ao lado de molhar os pés. Se você não acredita, pode perguntar à Srta. Sarah. – Disse Larissa, apertando os dentes.Walter sorriu com um toque de malícia, mas sem nenhum riso nos olhos. - Se você não quer fazer amor, então falemos sobre o contrato. Milena respondeu a você? – Walter mudou de assunto.Larissa engoliu em seco, levantando a mão para afastar ele e respondendo:- Eu não vi meus e-mails
A noite se estendeu até o amanhecer, mas Larissa mal conseguiu dormir. Ela permaneceu atenta aos ruídos externos, aguardando o retorno de Walter, que não aconteceu.Larissa, com a aparência abatida, não tinha maquiagem consigo e não podia disfarçar. Ela fez uma refeição no restaurante sozinha e depois ficou do lado de fora.Os convidados começaram a deixar a propriedade, mas Larissa não viu Walter e ele não contatou ela. Era claro que ela não ia encontrar ele.Após o almoço, ele ainda não apareceu. Ignorando a ausência dele, Larissa começou a arrumar suas coisas, pronta para pegar um táxi de volta à cidade.Ao sair da propriedade, um carro parou ao seu lado. Inicialmente, Larissa pensou que estava obstruindo o caminho de alguém e se afastou. A janela do carro se abaixou, revelando Luiz com o cotovelo apoiado na borda.- Secretária Larissa, você está indo sozinha? – Perguntou Luiz.- Sr. Luiz. – Larissa cumprimentou, depois de hesitar por um momento.- Entre, vou te levar. – Luiz indico
Luiz girou o volante e olhou para Larissa antes de sorrir, dizendo: - Estou brincando, apenas percebi que você não estava com boa aparência. Talvez eu, como anfitrião, não tenha sido hospitaleiro o suficiente e não tenha deixado que você se divertisse. Então, eu quis te fazer sorrir.Larissa não precisava desse tipo de serviço adicional. Ela só pensava que Luiz tinha algum problema.Só que Luiz era uma figura com quem ela não podia se dar ao luxo de brigar. Então, ao chegar na frente do hospital central, ela ainda manteve uma cortesia superficial e disse: - Muito obrigada, Sr. Luiz.- De nada. Mas quando falei sobre te conquistar, não era brincadeira. Se eu não atender às suas expectativas, Srta. Larissa, por favor, me dê uma chance de compensar. – Disse Luiz, sorrindo.Larissa franziu a testa, mas sabia que discutir com ele não adiantaria. Em vez disso, se virou e entrou no hospital.Luiz olhou enquanto ela se afastava, sentindo a necessidade de fumar um cigarro, mas se lembrou do i
- Foi Walter quem libertou seu pai? Eu deleguei isso aos meus empregados, quando você ligou dizendo que seu pai estava fora, eu pensei que fossem meus funcionários. – Disse Sra. Pires, surpresa. - Pode ser que seus empregados não tenham seguido suas instruções. – Concordou Larissa.- Quando eu voltar, vou lidar com eles. Mas agora vejo que Walter realmente se importa com você. Por que você não quer voltar a trabalhar ao lado dele? – Perguntou Sra. Pires.Larissa não entrou em muitos detalhes, apenas disse: - Sra. Pires, tenho apenas esse pedido, preciso da sua ajuda. Sra. Pires suspirou, resignada, dizendo com pena: - Ah... Tudo bem, respeitarei sua decisão. A propósito, Carlos mencionou hoje cedo que um amigo faleceu na Cidade J. Ele originalmente planejava ir pessoalmente para prestar condolências, mas com a saúde debilitada, pensou em pedir a Walter para representar ele. Isso será em dois ou três dias.Larissa finalmente se sentiu aliviada.- Obrigada, Sra. Pires. ...Larissa