A noite se estendeu até o amanhecer, mas Larissa mal conseguiu dormir. Ela permaneceu atenta aos ruídos externos, aguardando o retorno de Walter, que não aconteceu.Larissa, com a aparência abatida, não tinha maquiagem consigo e não podia disfarçar. Ela fez uma refeição no restaurante sozinha e depois ficou do lado de fora.Os convidados começaram a deixar a propriedade, mas Larissa não viu Walter e ele não contatou ela. Era claro que ela não ia encontrar ele.Após o almoço, ele ainda não apareceu. Ignorando a ausência dele, Larissa começou a arrumar suas coisas, pronta para pegar um táxi de volta à cidade.Ao sair da propriedade, um carro parou ao seu lado. Inicialmente, Larissa pensou que estava obstruindo o caminho de alguém e se afastou. A janela do carro se abaixou, revelando Luiz com o cotovelo apoiado na borda.- Secretária Larissa, você está indo sozinha? – Perguntou Luiz.- Sr. Luiz. – Larissa cumprimentou, depois de hesitar por um momento.- Entre, vou te levar. – Luiz indico
Luiz girou o volante e olhou para Larissa antes de sorrir, dizendo: - Estou brincando, apenas percebi que você não estava com boa aparência. Talvez eu, como anfitrião, não tenha sido hospitaleiro o suficiente e não tenha deixado que você se divertisse. Então, eu quis te fazer sorrir.Larissa não precisava desse tipo de serviço adicional. Ela só pensava que Luiz tinha algum problema.Só que Luiz era uma figura com quem ela não podia se dar ao luxo de brigar. Então, ao chegar na frente do hospital central, ela ainda manteve uma cortesia superficial e disse: - Muito obrigada, Sr. Luiz.- De nada. Mas quando falei sobre te conquistar, não era brincadeira. Se eu não atender às suas expectativas, Srta. Larissa, por favor, me dê uma chance de compensar. – Disse Luiz, sorrindo.Larissa franziu a testa, mas sabia que discutir com ele não adiantaria. Em vez disso, se virou e entrou no hospital.Luiz olhou enquanto ela se afastava, sentindo a necessidade de fumar um cigarro, mas se lembrou do i
- Foi Walter quem libertou seu pai? Eu deleguei isso aos meus empregados, quando você ligou dizendo que seu pai estava fora, eu pensei que fossem meus funcionários. – Disse Sra. Pires, surpresa. - Pode ser que seus empregados não tenham seguido suas instruções. – Concordou Larissa.- Quando eu voltar, vou lidar com eles. Mas agora vejo que Walter realmente se importa com você. Por que você não quer voltar a trabalhar ao lado dele? – Perguntou Sra. Pires.Larissa não entrou em muitos detalhes, apenas disse: - Sra. Pires, tenho apenas esse pedido, preciso da sua ajuda. Sra. Pires suspirou, resignada, dizendo com pena: - Ah... Tudo bem, respeitarei sua decisão. A propósito, Carlos mencionou hoje cedo que um amigo faleceu na Cidade J. Ele originalmente planejava ir pessoalmente para prestar condolências, mas com a saúde debilitada, pensou em pedir a Walter para representar ele. Isso será em dois ou três dias.Larissa finalmente se sentiu aliviada.- Obrigada, Sra. Pires. ...Larissa
Larissa não esqueceu como Walter usou fotos para ameaçar ela e obrigar ela a fazer sexo com ele, para depois, no último momento, afirmar que as fotos eram inexistentes. Ela queria que ele também experimentasse ser ludibriado.- Considerando tudo, ainda sou quem sai perdendo, Walter. Não sabes o quão difícil foi para mim suportar todas as suas atitudes durante esse tempo. – Disse Larissa.A resposta de Walter soou fria e indiferente: - Isso realmente foi difícil para você.Larissa apertou os lábios, encerrando a chamada abruptamente de repente.Do lado de Walter, após ouvir o som do encerramento da chamada, ele sorriu com raiva.Ele suspeitava que Larissa estava por trás dessa ideia, e vê-la realmente executando isso gerou um tipo completamente diferente de sentimento.O que ela disse?Durante esse tempo, ela suportou todas as suas atitudes? Ele se perguntava como exatamente ela suportou ele?Vendo que ela não tinha ânimo para comer enquanto cuidava de sua mãe, ele levou ela para jant
O motorista, na frente, quase cometeu um erro devido a toda essa conversa, algo que nem todos ousariam discutir com o Sr. Walter...Os olhos de Walter se apertaram, indicando um aviso iminente.Patrícia escolheu ignorar completamente.Ela continuou por conta própria: - A Secretária Larissa é uma pessoa, tem seus próprios sentimentos e emoções. Até mesmo animais como gatos e cachorros, se forem constantemente maltratados, querem fugir. Quanto mais uma pessoa. Tem que oferecer a ela um mínimo de respeito, deixar ela sentir que tem uma identidade independente. Só assim ela pode superar o repulso por você... Sinceramente, Walter, forçar uma mulher a ficar ao seu lado usando ameaças e persuasões não demonstra o quão poderoso você é. Quando ela escolhe ficar com você abrindo mão de tudo, aí sim você mostra o seu poder. De repente, Walter se lembrou da Larissa de antes.Depois de um silêncio prolongado, ele perguntou: - Você é tão lúcida, e ainda assim age tola por tantos anos com o Murilo
Era Luiz.Larissa franziu a testa rapidamente, mas foi um lampejo que logo desapareceu, e ela cumprimentou com naturalidade: - Bom dia, Sr. Luiz.- Eu não estou bem, meu coração está prestes a doer até a morte. – Disse Luiz. Ele se sentou no sofá, cruzou as pernas, seu rosto naturalmente charmoso agora ostentava um sorriso, parecendo ainda mais um playboy, reclamando. – Secretária Larissa, enviei flores para você tantas vezes e você nunca me agradeceu. Comecei a suspeitar se estava enviando para o endereço errado. Hoje, vim especialmente para verificar. Então, descobri pelos funcionários da limpeza da sua empresa que, cada vez que você assina, simplesmente joga as flores no lixo. Desperdiçar assim meu sincero sentimento me faz sofrer, dificultando até a minha respiração.Desde que Larissa entrou no Grupo Dias, Luiz enviava flores todos os dias, sempre buquês caros, como tulipas bicolor e rosas brancas perfumadas. Ela recusou educadamente por ligação na primeira vez, rejeitou por mensa
- O que você está procurando de um lado para o outro? – Perguntou Luiz, de repente, percebendo a expressão de Larissa.- Nada em especial. – Respondeu Larissa, desviando o olhar.Luiz pegou um coquetel da mesa próxima e ofereceu a ela, dizendo:- Se está procurando pelo Sr. Walter, ele certamente virá esta noite.- O Sr. Murilo me pediu para felicitar a Sra. Lima. Estou procurando onde ela está. – Disse Larissa, com calma, recusando educadamente o coquetel. – Sr. Luiz, fique à vontade.Luiz fez uma expressão magoada e suspirou: - Por que você recusa até mesmo uma bebida? Em que parte do meu ser não conquistei os seus olhos? Será que não sou bonito o suficiente, ou não estou perseguindo você com dedicação o bastante?- Eu realmente não entendo, Sr. Luiz, por que de repente você está tão interessado em mim? – Perguntou Larissa.- É por isso que eu digo, você não deveria ter jogado fora as flores que te enviei. Tinha uma carta escrita por mim à mão. Se você lesse, saberia por que gosto d
- O Sr. Murilo teve um imprevisto, então me designou para representar o Grupo Dias e parabenizar a Sra. Lima pelo nascimento dos gêmeos. Eu e o Sr. Luiz só estamos aproveitando a oportunidade. – Explicou Larissa, com dignidade.- Então ainda está no Grupo Dias. – A atitude de Walter, difícil dizer se era boa ou má, segurando uma taça de vinho e balançando suavemente, o líquido vermelho dentro da taça batendo em silêncio contra a taça.O coração de Larissa, naquele momento, era como aquele líquido rubro do vinho, controlado por ele, balançando de um lado para o outro.Era o primeiro encontro deles desde que tudo foi revelado.Como Walter lidaria com ela, que desafiou ele abertamente?Larissa pensou que ele poderia simplesmente jogar o vinho em seu rosto, a maneira mais simples e dura de fazer ela se envergonhar em público.No entanto, Walter estendeu a taça na direção dela, não para derramar, mas inclinou de leve a borda, dizendo:- Então, eu desejo a você um futuro brilhante no Grupo D