Larissa hesitou, sem querer incomodar Milena: - Não é necessário, minha casa fica perto da Estrela Advogados, posso pegar um táxi e chegar em meia hora.- Você não estava em viagem de negócios recentemente? E a Vivi voltou para sua cidade natal, seu apartamento deve estar sem ventilação há algum tempo, não será confortável para você. - Milena argumentou. - Venha comigo para a minha casa esta noite, amanhã iremos juntas ao hospital, será mais prático.Larissa hesitou, refletiu se seria inconveniente, uma vez que ela e Yuri eram casados.Milena percebeu o que ela pensava, hesitou um pouco e disse diretamente: - Briguei com meu marido recentemente e não voltei para casa, estou morando sozinha na minha própria casa.Diante disso, Larissa não recusou mais e ambas deixaram o escritório de advocacia juntas, indo para um condomínio a apenas dez minutos de distância.Larissa tomou um banho quente, vestiu um pijama emprestado por Milena e finalmente conseguiu se deitar para descansar.Mas a si
Larissa queria perguntar mais sobre Igor, mas o guarda da prisão apressou ela:- O tempo de visita acabou, os familiares devem sair.Larissa teve que conter suas perguntas, se levantou e disse a Tiago: - Vou consultar um advogado sobre como lidar com isso. Cuide de sua saúde e não se preocupe, está tudo bem em casa, todos estamos ansiosos pela sua volta.Tiago assentiu, meio atordoado, repetindo: - Vocês estão bem, isso é bom... Está tudo bem...Quando Larissa deixou o quarto, Milena estava à sua espera do lado de fora.Ela foi direta: - Acabei de falar com os responsáveis pela prisão para entender o que aconteceu. Há outros presos que testemunharam que foi realmente Igor quem provocou seu pai, mas como ambos se agrediram, os dois serão punidos.- Qual será a punição?- Sete dias de confinamento solitário.Ou seja, a pena de Tiago seria estendida por alguns dias.Mas esse era o melhor cenário possível. Se a situação fosse mais grave, ele poderia ser julgado e a pena seria muito mai
Milena atendeu a ligação e, após escutar atentamente, disse:- Certo, encaminhe eles para a sala de recepção, estarei lá em breve.Percebendo que Milena estava ocupada, Larissa decidiu não atrapalhar:- Eu volto sozinha. Mas meu celular está sem bateria, o hospital deve ter carregadores portáteis para empréstimo, você pode me ajudar a conseguir um?Milena concordou prontamente:- Os carregadores ficam no balcão de atendimento. Vamos até lá.Larissa comeu rapidamente seu pão com leite e as duas seguiram para o balcão.Durante o caminho, Larissa comentou:- Preciso pensar em uma desculpa para não contar à minha mãe sobre o atraso na libertação do meu pai. A briga dele não pode ser revelada, ainda mais com ela internada.Milena concordou:- De fato, não é aconselhável contar a verdade agora.O dia estava nublado, com o céu cinzento e uma sensação fria no ar.Larissa olhou para o céu distante, sentindo um arrepio, e murmurou baixinho:- Se ela souber, certamente não aguentará.No Hospital
Por um breve momento, a atenção da irmã mais velha foi desviada pelo som do trovão lá fora, mas logo a seriedade da situação a trouxe de volta à realidade, graças à repreensão do médico.Ela gaguejou:- Não é perigoso ter um coração artificial?Mas agora, com a vida por um fio, o perigo parecia insignificante...Mesmo assim, até Lari hesitava em decidir se deveria optar por um coração artificial. Será que ela realmente poderia tomar essa decisão tão grave?E se, mesmo após a substituição, a mãe não resistisse? E com os custos da máquina e da cirurgia, uma soma tão elevada, Larissa ainda está disposta a assumir a responsabilidade?Inúmeros pensamentos tumultuavam a mente da irmã mais velha, se misturando com os alarmes assustadores no quarto do hospital, martelando em seus tímpanos.Ela tentou ligar novamente para o celular de Larissa, mas ainda estava desligado.O médico apressou:- Sua família já decidiu? Não podemos mais demorar!A irmã mais velha estava perdida, ela realmente não
Sra. Pires explica: - Sobre o assunto da disputa médica do seu pai, o Carlos Pires não ajudou naquela época? Algumas pessoas o viram preocupado com esse assunto, então, quando algo acontece, eles nos contam um pouco, considerando isso como um favor para nós.Ela olhou em volta e disse:- Melhor não ficarmos aqui falando, podemos atrapalhar alguém. Vamos até a cafeteria em frente ao hospital para conversarmos um pouco.Larissa pensou por um momento e concordou:- Tudo bem.Ao sair do hospital, Larissa percebeu que chovia lá fora.O motorista da Sra. Pires abriu um guarda-chuva, se oferecendo para protegê-las da chuva.Larissa pegou o guarda-chuva:- Deixe que eu faço isso.Ela abriu o guarda-chuva, cobrindo a si mesma e a Sra. Pires, e ambas caminharam em direção à cafeteria.Esta cena foi vista por Walter, que havia acabado de chegar à entrada do hospital. Seus olhos estavam escuros e frios.A cafeteria estava vazia naquela manhã.Elas se sentaram perto da janela e o garçom trouxe o
Como esperado, a Sra. Pires logo disse: - Luciana vai dar à luz em três meses. Queremos anunciar o nascimento depois que o bebê nascer, então espero que Lari possa manter esse segredo por enquanto em nome da tia.Larissa colocou o celular de lado e pegou o mocaccino, dando um gole.O sabor ácido do café e a suavidade do creme não se misturavam bem, deixando um gosto um tanto desagradável.Ela engoliu o café e sua respiração, voltando a olhar para a Sra. Pires com sinceridade: - Tia, minha amiga não estava intencionalmente bisbilhotando sobre aquela senhorita. Era só curiosidade, uma pergunta casual, e ela não espalhou por aí. Ela não é irresponsável. - Se ofendemos a tia ou aquela senhorita, peço desculpas sinceramente em nome dela e espero que a tia não dificulte a vida da minha amiga.A Sra. Pires sorriu: - Ora, por que eu faria algo assim? Ela é amiga de Lari, não é? Só não quero mesmo divulgar a gravidez de Luciana por agora...Larissa entendeu a deixa: - Não sei de nada, então
Quando Larissa viu Walter pela primeira vez, seu rosto ainda mostrava emoções complexas não resolvidas.Walter falou com um tom frio:- Você também sabe que se encontrar com ela pelas minhas costas te faz sentir culpada.Larissa hesitou por um momento, reajustou sua expressão e respondeu calmamente:- Por que eu me sentiria culpada?Walter afastou para o lado a xícara de café que a Sra. Pires havia usado:- Sobre o que vocês conversaram?- Eu preciso relatar ao Sr. Walter? - Larissa, cansada de olhar para ele, baixou a cabeça e continuou tentando ligar o celular, pensando em tentar mais algumas vezes. Se ainda não funcionasse, levaria para a assistência técnica.Ela, se encontrando com a Sra. Pires naquele momento, certamente tinha um motivo que Walter poderia imaginar.- O caso de briga do seu pai, que pode aumentar a pena dele, você a procurou para ajudar seu pai a se livrar da culpa?O celular ainda não ligava, mesmo conectado ao carregador portátil.A chuva lá fora ficava cada vez
A cirurgia de Vanda já tinha sido realizada, e ela estava na UTI. Larissa foi direto para o andar da unidade de terapia intensiva.Os familiares não podiam entrar na UTI, então a irmã mais velha e o cunhado só podiam ficar sentados nas cadeiras do lado de fora.Larissa os viu de imediato e correu até eles:- Irmã!A irmã mais velha estava chorando tanto que se tornou um mar de lágrimas. Ao ver Larissa, ela se jogou sobre ela, batendo em seus ombros:- Por que você não atendeu o telefone? Por que você não atendeu o telefone?Larissa recuou dois passos, com a garganta presa:- Não foi de propósito... Como está a mamãe, afinal?Mas a sua irmã só continuava chorando, deixando Larissa também com dificuldade para respirar. Ela já estava preocupada com Tiago na noite anterior e mal dormiu, agora sentia uma dor pulsante na parte de trás da cabeça.O cunhado também não conseguia consolar a esposa e levou Larissa até a porta do quarto do hospital. Através do vidro, Larissa viu sua mãe com vá