Capítulo 57
Ao abrir a porta do banheiro, Marcelo viu Esther sentada na banheira, esfregando vigorosamente o corpo, sem emitir nenhum som, com medo de que ele a ouvisse.

— Esther, pare!

Ele rapidamente se aproximou e segurou suas mãos, que estavam se machucando.

Esther, com os olhos vermelhos, tentou se esquivar, lutando com força e disse:

— Não me toque, estou suja...

— Você não está suja. — Marcelo disse em voz baixa, segurando seu corpo para evitar que ela se machucasse. — Você não está suja.

Esther só conseguia pensar na imagem de ser forçada na mesa, se sentindo enojada por todo o corpo. Só de ser tocada por Marcelo, ela se sentia impura e balançou a cabeça dizendo:

— Não precisa me confortar, eu sei que estou suja, até eu mesma me sinto nojenta!

Esther continuou esfregando seu corpo avermelhado.

— Esther.

Não importava o quanto Marcelo a chamasse, Esther não o ouvia.

Ela esfregava cada parte do corpo, murmurando repetidamente:

— Estou suja, preciso me limpar. Eu... — Esther repetia a mesma f
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