Nesse instante, uma voz fria ecoou no ambiente: — Eu cheguei. Todos se viraram ao mesmo tempo em direção à porta, onde Natacha, vestida com um jaleco branco, caminhava lentamente para dentro do quarto. O Sr. Henrique rapidamente se aproximou de Natacha e disse em voz baixa: — Dra. Susan, onde você esteve? Por que só agora você apareceu para o trabalho? — Torci o pé. — Natacha respondeu de maneira simples e explicou para o Sr. Henrique. — Se você não acredita em mim, posso ir com você ao ortopedista para que ele comprove isso. O Sr. Henrique prontamente disse: — Não precisa, se você diz, por que eu duvidaria? Seu pé está bem? Rafaela soltou uma risada sarcástica e comentou: — Então, é isso? Vocês estão encenando na minha frente para fugir da responsabilidade? Assim que Rafaela terminou de falar, Natacha sorriu e, olhando para a porta, disse: — Agora você vê o tipo de pessoa que sua esposa é? Rafaela se sobressaltou, e no segundo seguinte, viu Joaquim entrar com u
Inesperadamente, Joaquim não disse uma palavra, simplesmente aceitando o que Natacha havia dito! Rafaela sentia um ódio profundo por Natacha, mas manteve um sorriso no rosto e disse: — Dra. Susan, eu já reconheci meu erro, por favor, me perdoe. Além disso, se eu sair, quem vai cuidar do Domingos? Meu marido tem uma empresa para gerenciar, ele está muito ocupado todos os dias. Não posso pedir a ele para cuidar do nosso filho, certo? Natacha respondeu friamente: — Esse é um problema seu, não tem nada a ver comigo. Você também pode escolher a segunda opção: levar seu filho e sair daqui! Rafaela ficou chocada com a dureza de Natacha. Ela nunca imaginou que Natacha pudesse ser tão implacável, a ponto de não deixar nenhuma saída para ela.Nesse momento, Domingos desceu da cama e correu até Natacha. Domingos era menor do que as outras crianças de sua idade. Ele levantou a cabeça e, com um olhar suplicante, disse: — Dra. Susan, por favor, não deixe minha mãe ir embora, nem me man
“Se Joaquim descobrir que fui eu quem roubou o remédio de Natacha e que por minha causa ela foi injustamente acusada por tantas pessoas, ele jamais me perdoará!” — Mamãe, o que aconteceu? — Domingos perguntou curioso, olhando para a mãe. — Você não quer me deixar, não é? Rafaela foi rapidamente trazida de volta à realidade e, forçando um sorriso, respondeu: — É isso mesmo, querido. Eu discuti com a Dra. Susan porque estava preocupada que ela pudesse atrasar seu tratamento. — Após dizer isso, Rafaela olhou cautelosamente para Joaquim. — Joaquim, você pode me perdoar desta vez? Eu realmente não estava tentando prejudicar Natacha. Pensei que ela não estava cuidando bem do nosso Domingos. — Como você pôde pensar uma coisa dessas? — Joaquim perguntou desconfiado, observando Rafaela com suspeita. — Você fez algo para prejudicar Natacha? Se não fez, por que tem tanto medo dela? Rafaela imediatamente balançou a cabeça, dizendo com uma expressão de mágoa: — O que eu poderia ter feit
Nesse momento, Natacha havia acabado de terminar sua ronda, quando encontrou Rafaela. Rafaela bloqueou o caminho de Natacha, soltando uma risada fria e dizendo:— Dra. Susan, você é realmente impressionante!Com uma expressão gelada, Natacha respondeu:— Não estou entendendo o que você está falando.— Ah, para de fingir! — Rafaela estreitou os olhos, desprezando ela. — Você finge ser tão fria e distante, mas na verdade, só quer ser a amante de homens ricos e poderosos como o Joaquim! Agora que você finalmente me afastou, pode até seduzi-lo enquanto trabalha!Natacha, com seus anos de experiência como médica, já havia desenvolvido a habilidade de não deixar que as palavras dos outros afetassem seu humor.Por mais insultos que Rafaela lançasse, Natacha não se rebaixaria ao ponto de discutir com ela.Natacha ficou em silêncio por um momento e, de repente, olhou para trás de Rafaela, dizendo:— Sr. Joaquim.Com apenas uma frase, Rafaela sentiu seu coração disparar de nervosismo e se virou
— O que você quer dizer afinal? — Joaquim ainda estava muito confuso.Natacha, irritada, respondeu:— Você ainda está fingindo que não sabe sobre isso? O menino que eu estava tratando antes, por que ele morreu? Foi porque a enfermeira responsável por ele não deu a quantidade correta de medicamentos e vendeu o resto por um preço alto para outras pessoas. Então, o menino faleceu, e foi assim que seu filho pôde continuar vivo. Sr. Joaquim, quero te perguntar: quando resolvi essa questão, você já sabia de tudo? Você achava que eu e a mãe daquele menino éramos tolas e ridículas?— Não! — Joaquim finalmente entendeu o que Natacha queria dizer, e imediatamente retrucou. — Você está enganada! Domingos estava sendo tratado por um especialista do País D antes, e na época, seus sintomas realmente melhoraram, mas isso não tem nada a ver com o seu remédio. Eu jamais trocaria a vida de uma criança pela do meu filho. Eu não seria capaz de fazer algo assim!Natacha olhou para Joaquim com decepção, seu
Domingos esfregou os olhos, dizendo, frustrado: — Eu ouvi vocês brigando agora há pouco, e não consegui dormir. Mas eu não entendi o que vocês estavam falando. Joaquim olhou para o filho com ternura, esboçando um sorriso amargo, e respondeu: — Desculpa, eu te acordei. Na verdade, nem o papai entende direito o que ela estava dizendo. Joaquim realmente não entendia. Ele suspirou cansado, pegou Domingos no colo e o levou de volta para o quarto, enrolando ele até que adormecesse. Mas Joaquim, por outro lado, não conseguia pregar os olhos. Sentado no sofá, ele passou a noite inteira pensando na situação. Joaquim tinha certeza de que não havia feito nada em relação à troca dos medicamentos, mas isso não significava que Rafaela não pudesse ter feito algo. No entanto, era difícil para ele acreditar que Rafaela fosse capaz de algo tão cruel. Joaquim decidiu que, depois que o médico terminasse de examinar Domingos naquela manhã, ele voltaria para casa e confrontaria Rafaela,
— Eu vou também. — Rafaela imediatamente seguiu Joaquim. — Também quero entender o que está acontecendo. Por que a Natacha está dizendo que roubamos o remédio dela? Eu não quero ser mal interpretada!Meia hora depois, eles chegaram ao consultório.Xavier estava liderando uma equipe que revistava o local. Joaquim aguardava ansioso pelos resultados da busca. Mas, para sua surpresa, após uma longa procura, eles não encontraram ninguém no consultório. Todos haviam desaparecido.Rafaela fingiu estar nervosa e disse: — Será que esse Bryan era um impostor? Vou ligar para ele! Não posso acreditar que ele nos enganou esse tempo todo. Ela, então, com uma calma aparente, ligou para o número de Bryan, mas o telefone já estava desligado. Joaquim ordenou a Xavier que verificasse cuidadosamente os medicamentos na farmácia do consultório. Logo, Xavier retornou com uma pilha de frascos contendo um pó estranho. — Sr. Joaquim, encontramos um laboratório neste consultório. Esses frascos co
No entanto, sempre que Natacha pensava em tudo o que aconteceu, sua mente era inundada por imagens de Joaquim. Ela se lembrava dele protegendo ela de uma faca e da maneira tão carinhosa com que ele aplicou o remédio em seu tornozelo enquanto se ajoelhava à sua frente.“Por que as pessoas têm que ser tão complicadas?”Natacha suspirou e fechou as cortinas. “Quando eu voltar e estiver ocupada com os experimentos, vou esquecer tudo o que aconteceu aqui.”Nesse momento, a campainha tocou. Natacha ficou surpresa. Quem poderia ser a essa hora? Ela foi até a porta e olhou para a câmera de segurança. Seu coração disparou ao ver que quem estava ali era Joaquim! Ela deu alguns passos para trás, decidida a não abrir a porta.Logo em seguida, o telefone dela tocou. Era o motorista que ela havia chamado. Natacha atendeu e ouviu a voz do motorista: — Foi você quem pediu o carro? Já estou aqui. Onde você está?Natacha olhou novamente para o monitor, vendo Joaquim ainda parado diante da po