Foi só quando ela afirmou com tanta convicção que Rodrigo acreditou.Após terminar a ligação com o pai, seu rosto ficou sombrio e ela saiu do quarto. Na cozinha, Dora estava preparando um lanche noturno.- Que cheiro bom. - Natacha se aproximou, sentindo o aroma. - É congee?Dora sorriu e respondeu:- Sim, está esfriando, e congee é muito nutritivo. Senhora, vá descansar, eu levo uma tigela para você quando estiver pronto.- Me ensine, deixe que eu faço.Natacha se ofereceu para cozinhar, surpreendendo Dora.- Senhora, o que você está tentando fazer? - Dora perguntou, incrédula. - Você quer cozinhar congee para o senhor?Natacha forçou um sorriso e disse:- Sim, não é assim que Rafaela o agrada?Dora ficou um pouco confusa.Isso não parecia ser típico de Rafaela.Mas Dora queria que o senhor e a senhora se dessem bem, então pacientemente explicou o tempo e a temperatura para cozinhar congee.Quando estavam quase terminando, Joaquim chegou.Dora rapidamente serviu uma tigela de congee
- Sério? - Os olhos de Natacha brilharam ao falar. - Foi você que disse!Joaquim assentiu:- Sim, fui eu. O que você pretende fazer? Não esconda de mim, me diga e eu cuidarei disso.- Quero que ela vá para o exterior agora mesmo, que não fique mais na Cidade M, que não fique mais à minha vista. - Natacha lentamente entrelaçou seu braço no dele, em um gesto que parecia um mimo. - Eu não quero compartilhar você com ninguém. Se ela não estiver no país, eu posso me enganar, fingir que nada aconteceu.Joaquim sempre cedia ao carinho, nunca à pressão. No passado, se Natacha discutisse com ele, dificilmente ele atenderia aos seus pedidos.Mas agora, com a pequena mulher tranquilamente aninhada em seus braços, olhando para ele com olhos claros e calmos, como poderia ele recusar?- Está bem.Joaquim respondeu apenas isso, antes de não resistir e a pressionar levemente no sofá.Natacha estava determinada a agradá-lo para alcançar seu objetivo, mas guardava ressentimentos contra ele, o que fazia
Naquela época, ela era a mulher mais amada por Joaquim, e Xavier teve que engolir seu orgulho.Mas agora, ele não precisava mais tolerar ela. Então, ele disse:- Eu já consultei o médico. Seu estado de saúde está bom e você pode sair do hospital a qualquer momento. Prefere ir para o exterior amanhã ou depois de amanhã? Vou comprar a passagem.- Eu não vou! - Rafaela respondeu com firmeza, os olhos cheios de veias vermelhas de raiva. - Onde está Joaquim? Eu quero vê-lo!Xavier, com um sorriso irônico, disse:- O presidente está ocupado acompanhando a esposa, temo que não tenha tempo para vê-la.Rafaela, fora de si, gritou:- Já entendi, você e Natacha estão juntos nisso! Vocês estão todos contra mim!- Srta. Rafaela, se o presidente a visse desse jeito, provavelmente, gostaria ainda menos de você. - Xavier insinuou.Rafaela jogou um copo nele e gritou:- Saia daqui! Saia!Assim, Xavier deixou o quarto de hospital de Rafaela.De volta à empresa, ele foi direto para a sala do presidente,
- Você! - Rafaela disse com ódio. - Então foi tudo intencional! Seu objetivo é me afastar, me tirar do lado do Joaquim!Natacha, com um olhar frio, respondeu:- Isso porque você feriu minha família. Inicialmente, eu poderia ter te deixado em paz, deixando que você e Joaquim ficassem juntos. Mas você escolheu subir pisando na minha cabeça, então nenhuma de nós terá paz. Mesmo que você dê à luz, será um bastardo! Eu não vou ceder meu lugar para você. Entendeu?Rafaela, tomada pela fúria, riu sarcasticamente:- Você é desprezível, Natacha! Você nem ama Joaquim, apenas o usa para me derrubar, não é?- E se for? - Natacha sorriu e respondeu lentamente. - Aprendi com você, usando os mesmos métodos.Dito isso, sob o olhar de ódio de Rafaela, Natacha se afastou com altivez.Rafaela sentia uma vontade incontrolável de rasgar o rosto daquela mulher. Por que? Essa mulher não amava Joaquim, só queria usá-lo, e mesmo assim ele a tratava como um tesouro. Enquanto ela, que tinha dado tudo de si, ac
Os olhos de Natacha escureceram, um brilho melancólico os atravessando por um instante. Ela respirou fundo, deixando escapar um suspiro quase imperceptível antes de acenar levemente com a cabeça, concordando em silêncio, como se aquele pequeno gesto fosse um fardo pesado a ser suportado.Isadora, com o rosto contorcido de indignação, exclamou: - Isso me deixa furiosa! E agora, como estão as coisas entre você e o Sr. Joaquim? Esta manhã, eu vi você saindo do carro dele em frente ao hospital. - Sim, foi só uma encenação! - Natacha respondeu com um tom frio e distante, quase como se estivesse se forçando a acreditar naquelas palavras. - Eu já... Não o amo mais.Sua voz tremia ligeiramente, mas ela manteve a firmeza, como se aquelas palavras fossem um escudo contra o turbilhão de emoções que Joaquim ainda provocava em seu coração.Isadora, confusa e perplexa, franziu as sobrancelhas enquanto perguntava: - O que você quer dizer? O que significa “encenação”? - Já que Rafaela está tão arr
- Já chega, não diga mais nada. - Joaquim interrompeu friamente, sua voz cortante como uma lâmina. - Já comprei uma casa para você no exterior e haverá empregados dedicados para cuidar de você.Rafaela soltou uma risada amarga, seus olhos brilhando com um misto de dor e ironia. Seus lábios tremeram antes de formar um sorriso cínico. - Você não está colocando pessoas para cuidar de mim, mas para me vigiar, com medo de que eu volte e acabe com seu relacionamento, não é? Joaquim não negou, sua expressão ficando impassível, e até acrescentou com uma frieza que cortava como gelo. - Se não houver algo realmente importante, não volte mais.Rafaela não podia acreditar na frieza de Joaquim. Ele estava banindo-a completamente, impedindo-a até mesmo de pisar de novo naquela terra. Certamente, isso era obra de Natacha, ela estava convencida de que a mulher o havia forçado a tomar tal decisão. A dor em seu peito se transformou em uma raiva fervilhante, e ela riu, uma risada amarga e cheia de des
Quando Joaquim finalmente parou ao lado da banheira, ele olhou para ela por um momento que pareceu uma eternidade. Ele não disse uma palavra, apenas ficou parado diante da banheira, desfazendo calmamente os botões da camisa, um por um. Seus movimentos eram lentos e propositais, cada botão se soltando com um estalo suave. Em seguida, ele desfez a fivela do cinto, o som metálico ecoando no banheiro silencioso.Natacha podia sentir o cheiro forte de álcool que saía dele. Não era de admirar que ele estivesse agindo de forma tão irracional. Ela olhou ao redor desesperadamente, mas não havia nenhuma toalha ao alcance para se cobrir.- Joaquim, você bebeu demais. - Ela se encolheu no canto mais afastado da banheira, sua voz tremendo de nervosismo. - Por favor, saia daqui. Natacha fechou com força os olhos, não se atrevendo a olhar para a cena diante dela. Seu coração batia descontroladamente, e ela sentia o calor subir para suas bochechas. A água quente da banheira parecia gelar diante do pâ
Natacha se sentia desconfortável com as investidas de Joaquim. Ele, por sua vez, parecia determinado a ignorar qualquer distância entre eles.- Será que eu preciso manter uma certa distância da minha própria mulher? - Provocou ele com um sorriso malicioso nos lábios.Natacha, incapaz de confrontá-lo diretamente, murmurou com hesitação: - Mas você está me deixando desconfortável. - Onde você está se sentindo desconfortável? - Joaquim perguntou com malícia. - Ontem à noite, quando você me chamava de 'marido', não parecia desconfortável.As palavras de Joaquim atingiram Natacha como um golpe. Ele nunca havia falado assim antes, e cada palavra aumentava sua vergonha e desconforto.Joaquim não hesitou em continuar suas investidas, suas mãos explorando os limites do recato ao deslizarem sob as roupas dela.- Por favor, pare. Eu não quero isso. - Natacha implorou olhando para ele. - O que aconteceu ontem à noite ainda me incomoda.Mas Joaquim, imperturbável, marcou o pescoço dela com um bei