Durante as três horas de espera, Duarte foi pessoalmente à cozinha preparar o almoço para Naiara, com Enrico ajudando ao seu lado. Na hora da refeição, Naiara comentou: — Ah, como é bom estar em casa, não quero mais sair. — Isso não pode ser, minha filha. Em tudo na vida, a gente não pode desistir. Se você gosta de estudar medicina, então continue. Assim, no futuro, você poderá curar e salvar vidas. — E, ao dizer isso, Duarte de repente comentou. — Aliás, lembra da minha irmãzinha que eu te falei? Aquela que eu estava procurando há tanto tempo, eu a encontrei. Ela também é médica, mas não trabalha na mesma área que você. No entanto, ela é muito competente, especialista em cirurgia cardiotorácica! Um dia, se der certo, eu a apresento a você. — Sério? — Naiara perguntou, seus olhos brilhando. — Depois de tantos anos procurando, você finalmente encontrou sua irmã? Duarte concordou com a cabeça, feliz, e respondeu: — Acho que foi o destino. Naiara sorriu e brincou: — Então,
Embora Duarte, no passado, tenha tido várias mulheres, nunca havia forçado nenhuma delas. Duarte jamais seria capaz de fazer algo assim. Todas aquelas mulheres estavam dispostas a ficar com ele, incluindo Rafaela. No entanto, Duarte não imaginava que essa mulher aparentemente frágil, diante dele, fosse tão difícil de lidar. Sempre que olhava para ele, ela o fitava com seus olhos cheios de temor e comoção. O que ele poderia fazer? — Deixa pra lá, descanse um pouco. — Duarte passou a mão pelos cabelos de Lorena, falando suavemente. — Fique tranquila, não estou bravo. Mesmo que estivesse, não precisaria se preocupar, porque você é meu tesouro, algo que eu demorei para conquistar, e eu jamais a jogaria fora. Depois disso, Duarte saiu do quarto de Lorena. No corredor não muito distante, Naiara os observava de longe. Ao ver Duarte sair de dentro do quarto, Naiara ficou curiosa e perguntou para Enrico, que estava ao lado: — Eles não vão dormir juntos? O que está acontece
Cidade M.Manuel recebeu as notícias de Duarte e finalmente soltou um suspiro de alívio. Bastava aguardar mais um pouco, até que a mãe de Durval tivesse sua emoção estabilizada o suficiente para revelar a verdade. Quando isso acontecesse, seria o fim de Dedé. Rosana ficou muito animada com essa notícia. Nos últimos dias, ela vinha sofrendo de enjoos matinais bastante fortes, mas, ao ouvir essa notícia tão empolgante, acabou comendo muito mais do que nos dias anteriores, o que deixou Sra. Maria extremamente feliz. — Rosa, finalmente você conseguiu comer um pouco. — Disse Sra. Maria, colocando mais comida no prato de Rosana. — Coma mais. O bebê n a sua barriga depende dos nutrientes que você recebe. Você come ou não, o bebê vai precisar. Se você comer pouco, quem vai sentir o prejuízo é você mesma. Rosana sorriu, com um brilho de felicidade nos olhos, e disse: — Minha sogra, todas as outras mães são preocupadas com a alimentação das filhas, para que o filho comam bem. Mas você,
Tamires disse, sem expressão alguma:— Durval já terminou a lição de casa e já dormiu.Dedé estava completamente alheio à conversa, respondendo de maneira displicente:— Então vai dormir também.No entanto, depois que Dedé terminou de falar, Tamires não fez menção de voltar para o quarto. Ela caminhou lentamente para as escadas, desceu e se sentou ao lado de Dedé no sofá:— Irmão. — Tamires olhou profundamente para ele, falando com a voz suave. — Eu não sei com quem você estava falando no telefone agora há pouco, nem sei quantas coisas você tem feito nos últimos anos, nas quais papai está envolvido. Mas, Durval e eu, nós só temos você. Por nós, por favor, pare com isso, tá? Uma expressão de melancolia passou pelos olhos de Dedé, que, de repente, soltou uma risada amarga:— Parar? Você realmente acha que ainda tenho oportunidade para isso? Tamires, você é muito ingênua. Se eu pudesse desistir, não estaria mais brigando com eles. Mas, eles não vão me deixar em paz. É o Manuel, ele não v
De repente, o fim de semana chegou. Rosana, acompanhada por Manuel, foi ao hospital para fazer os exames de pré-natal. Depois de realizar todos os exames de sangue, Rosana, um pouco envergonhada, disse: — Acho que bebi água demais hoje, preciso ir ao banheiro. Manuel sorriu com carinho e respondeu: — Eu fico aqui te esperando, vai lá. Ah, e toma cuidado, não se tropece nos degraus. Rosana piscou para ele de maneira travessa e, em tom baixo, falou: — Você pede para os seguranças ficarem mais afastados, todo dia, até para eu ir ao banheiro, eles ficam me vigiando de perto. — Se você se sentir incomodada, posso trazer algumas seguranças mulheres na próxima vez. — Respondeu Manuel. — Mesmo assim, ainda teria medo de não ser seguro o suficiente. Rosana não conseguiu segurar o riso, deu uma leve batida no braço de Manuel e disse: — Você é insuportável! Dito isso, Rosana se afastou e foi em direção ao banheiro. Manuel, então, pacientemente, ficou esperando fora do loca
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que