Tamires, de repente, ficou visivelmente triste. Ela assentiu em silêncio e disse:— Entendido.— Pode sair agora. — Manuel acrescentou, com um tom firme. — Ah, e da próxima vez, quando entrar, se lembre de bater na porta.Tamires sentiu que nunca se sentiu tão humilhada na vida. No fim, ela saiu correndo, chorando.Embora Tamires estivesse em lágrimas, Rosana, por outro lado, sentiu um certo alívio. Não conseguiu evitar que um sorriso surgisse em seus lábios.Quando Manuel olhou para baixo, encontrou os olhos de Rosana, que estavam cheios de um sorriso contido.— E então? Achei que me saí bem, não?Rosana o encarou com um olhar reprovação e respondeu:— E isso tem a ver comigo?Manuel segurou a mão de Rosana e disse, com um sorriso carinhoso:— Tudo bem, futura Sra. Marques, prometo que vou me comportar direitinho.Rosana segurou o riso e, provocante, comentou:— Tá bom, então. Eu acho que a Srta. Tamires veio até aqui só por sua causa. Ouvi dizer que a família Godoy vai voltar para a
Até o meio da noite, a cama só parou de ranger.Manuel, abraçando a mulher ainda ofegante nos braços, disse, em voz baixa:— Da próxima vez, você não vai mais tomar nenhum anticoncepcional. Se ficar grávida, vai ter o filho. Se agora não quer ter filhos, então eu me encarrego de tomar as precauções, entendeu?Rosana, deitada no peito de Manuel, com um certo receio, perguntou:— Você realmente aceitaria meu filho? Sua mãe... Ela também aceitaria?— Como é que você pode falar uma coisa dessas? — Manuel a repreendeu levemente. — Minha posição sempre foi clara. Eu sei que, pelas coisas que aconteceram no passado, você começou a duvidar do meu amor por você. Mas, Rosa, o que aconteceu antes foi um erro meu. Eu te amo, te amo muito. O seu filho também será o meu filho. Como eu não aceitaria?Manuel não era o tipo de pessoa que falava muitas palavras doces, mas, repetidamente, ele sussurrava "eu te amo" no ouvido de Rosana, esperando que ela parasse de se preocupar tanto com isso....No dia
Rosana forçou um sorriso amargo e disse:— Eu já não falei isso para você várias vezes? Não só o Manuel, mas até a mãe dele, me tratam muito bem, já me aceitam. O problema sou eu, que me sinto em dívida com eles. Pai, embora o Manuel não diga, eu percebo que ele já te perdoou, por mim. Mas, eu realmente não entendo, alguém tão bom como você, por que fez aquilo no passado?— Pois é, por que? — Nos olhos de Diego, uma lágrima cintilou, e ele balançou a cabeça com tristeza. — Eu vou viver o resto da minha vida em arrependimento e culpa. Ficar me perguntando o porquê disso não importa mais. Já se passaram mais de vinte anos... O que eu posso fazer para mudar agora?Ao falar sobre esse assunto, Rosana sentiu um nó na garganta."Se eu fosse o Manuel ou a Sra. Maria, talvez eu também quisesse me vingar. Eu nunca perdoaria... Não teria como perdoar!"— Pai, eu vou sair um pouco para respirar. — Rosana se levantou, com o rosto fechado, e saiu do quarto.No corredor, ela se encostou na janela, r
— Você está dizendo que foi o Manuel quem teve uma discussão com meu pai? — Rosana, por um momento, ficou confusa. — Ontem, eu perguntei ao Manuel, e ele disse claramente que só foi ver como o Diego estava. Keila, com um olhar preocupado, respondeu: — Você conhece o caráter do Sr. Manuel, não é? Eu não ousaria escutar a conversa deles, nem me atreveria a fazer mais perguntas. Mas posso te garantir que houve uma discussão, a voz do seu pai estava muito alta. Eu não sei se a decisão do seu pai de querer se matar tem alguma relação com o Sr. Manuel, mas sei que algo aconteceu entre os dois. O coração de Rosana, naquele instante, afundou em desespero. Com um suspiro de resignação, ela falou: — Keila, eu entendi, obrigada. — Não precisa me agradecer, estamos além disso. — Keila suspirou profundamente. — Agora, seu pai finalmente saiu da prisão e a família Coronado, enfim, tem alguma esperança. Se Deus abençoar a família Coronado, e se não houver mais tragédias no futuro, seria u
Foi então que Manuel finalmente compreendeu o motivo pelo qual Rosana havia aparecido de repente. Ao ouvir as perguntas insistentes de Rosana, Manuel soltou uma risada fria e disse, com um tom cortante:— Então, você acha que eu fui até seu pai ontem para forçá-lo a se suicidar? É assim que você me vê? — Não é isso que aconteceu? — Rosana respondeu, sua voz carregada de desilusão. — Você fez a mesma coisa antes, não mentiu para mim? Se você não consegue perdoar meu pai, então você poderia simplesmente me dizer isso, sem precisar me manter na ignorância enquanto tenta encontrar outra forma de pressionar meu pai até ele morrer! Se for isso, então você realmente é uma pessoa terrível, Manuel! Você sabia? Desde o momento em que soube que você me manteve ao seu lado só para me torturar, eu passei a achar você sombrio e assustador. Eu tentei me convencer, tentei acreditar que você havia mudado, mas agora eu vejo que não mudou nada!Nesse momento, alguém bateu na porta do escritório.Manuel
— Mas eu realmente estou preocupada. — Rosana não pôde segurar as lágrimas, deixando-as rolar. — Porque eu sei que meu pai cometeu um erro terrível naquele acontecimento, e por isso, tenho medo de que você e sua mãe ainda se importem. Eu quero me redimir pelo que ele fez, mas não consigo encontrar uma maneira de fazer isso direito. Estou tão confusa. Manuel falou suavemente para acalmá-la: — Você não precisa se redimir pelo seu pai, você é você, ele é ele. E além disso, também estou tentando fazer minha mãe superar o passado. Fique tranquila, tudo está indo para uma boa direção, não vai acontecer nada de ruim. — Depois, Manuel secou as lágrimas de Rosana e continuou. — O que você quer almoçar? Já está na hora de comer. Depois que a gente se alimentar, eu te acompanho até o hospital para ficar com seu pai. Já que ele tem tendência ao suicídio, seria bom você passar mais tempo com ele, cuidar do estado emocional dele. Rosana olhou Manuel com gratidão e disse: — Obrigada. — De n
Manuel pegou o celular e ligou para Cláudio, instruindo ele a ir imediatamente à delegacia para verificar as câmeras de segurança e registrar o boletim de ocorrência.Rosana, ao ver a atitude de Manuel, perguntou:— Você suspeita que alguém tenha empurrado meu pai? Não foi ele quem se jogou sozinho?Manuel olhou para ela com um olhar profundo, balançou a cabeça e respondeu:— Não sei. Quando conseguirmos as imagens das câmeras, saberemos a verdade.Nesse momento, as portas da sala de emergência se abriram, e todos se apressaram em se aproximar.Rosana, ansiosa, perguntou:— Doutor, como está meu pai?O médico, com sinceridade, informou:— O paciente não corre mais risco de vida, mas ele aspirou água. Vamos fazer um exame de tomografia para verificar a situação dos pulmões.Todos suspiraram aliviados.Logo, Cláudio ligou para Manuel:— Sr. Manuel, acabei de verificar as câmeras do parque. De fato, alguém empurrou Diego. Mas essa pessoa estava usando uma roupa de proteção solar e estava
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p