Com as palavras de Manuel, os rostos dos Sr. e Sra. Pereira mudaram de expressão. Será possível que a "moça" de que Manuel falava seja Joyce? Antes que Manuel pudesse continuar, Ronaldo interrompeu: — Não tente difamar a Joyce! Você tem alguma prova de que essa pessoa é a nossa Joyce? Qual é a posição da nossa Joyce? Como ela poderia estar em um lugar como aquele, conversando com essas duas pessoas? Manuel respondeu de forma indiferente: — Isso é fácil, basta vermos as câmeras de segurança e logo saberemos. Se o casal acusar a Joyce, ela terá que passar por uma investigação policial. Se lembre, eu fui quem fez a família Pereira vencer o processo anteriormente, e agora, eu posso muito bem garantir que vocês percam! Embora Joyce, mesmo sendo investigada, não fosse punida sem provas dos pais de Estêvão, Manuel falou com tanta seriedade que acabou assustando o casal. Ronaldo e a Sra. Priscila ficaram surpresos e trocaram um olhar, claramente amedrontados. Ronaldo ergueu o q
— Mãe... Manuel ainda queria dizer algo, mas a Sra. Maria já havia desligado o telefone. Sem forças, ele largou o celular de lado e se dirigiu ao café para encontrar Rosana. ... Família Pereira. Joyce ouviu os passos de seus pais subindo as escadas e correu apressada para perguntar: — E aí? Ele aceitou se casar comigo? A Sra. Priscila, com o coração apertado, não teve coragem de responder à filha. Olhou ela com um olhar preocupado e disse: — Joyce, o Manuel não vale tudo isso que você está fazendo por ele. Eu vou procurar um homem melhor para você. Esqueça o Manuel, tá? Joyce, indignada, empurrou a mãe e, chocada, perguntou: — O Manuel não aceitou? Ele ainda não aceitou? Vocês não contaram a ele que iam expor tudo isso na mídia? Não disseram que iam revelar a história da Rosana também? Ronaldo, que já estava furioso por causa das humilhações que havia passado com Manuel, não aguentou mais e se exaltou. — Como é que você ainda tem coragem de perguntar isso? O que
Rosana olhou para Manuel, seu coração apertado de dor por ele.Descobriu que o pai de Manuel havia falecido quando ele era ainda muito pequeno.Com um tom de simpatia, Rosana perguntou:— Então, depois dos sete anos, sua mãe nunca mais te trouxe ao Parque Infantil da Cidade M?Nos olhos de Manuel havia um olhar que Rosana não conseguia entender completamente. Ele falou lentamente, palavra por palavra:— Não, foi eu quem não quis vir ao Parque Infantil da Cidade M. Quando eu tinha sete anos, achei que já tinha crescido, que não precisava mais brincar com essas coisas que só as crianças pequenas gostam. Eu queria proteger minha mãe.Rosana olhou para Manuel, um tanto perdida.Ela até parecia entender o que ele sentia, mas ao mesmo tempo, não sabia ao certo.Depois de tudo, embora a mãe de Rosana tivesse falecido quando ela era muito pequena, o pai de Rosana sempre a tratou com muito carinho e nunca mais se casou com outra mulher.Rosana sempre sentiu que, apesar de crescer em uma família
Manuel deu um leve sorriso e disse:— Então me diga primeiro, qual foi o seu pedido?Rosana mordeu o lábio, suas bochechas coradas, e respondeu:— Como eu poderia te contar? Se eu disser o que pedi, o desejo não vai se realizar.Manuel olhou para ela por um instante e sorriu.— Então, por que perguntou?Nesse momento, Rosana de repente exclamou, surpresa:— Eu esqueci de uma coisa muito importante!Manuel ficou um pouco assustado com sua reação e perguntou:— O que aconteceu?— Acabamos de fazer tudo errado! — Rosana suspirou, desapontada. — Eu li em um livro uma vez, que quando a roda-gigante atinge o ponto mais alto, se um casal se abraçar, eles ficarão juntos para sempre! Mas eu estava tão ocupada fazendo o meu pedido que esqueci disso!Rosana estava visivelmente chateada com a situação.Manuel, apesar de achar a explicação um tanto ingênua, não pôde deixar de sorrir. No entanto, Rosana realmente parecia triste com isso.De repente, um pensamento cruzou a mente de Manuel: "Talvez is
— Rosa... Manuel acabou de chamar o nome de Rosana, mas foi interrompido de repente por ela: — Sr. Manuel, será que eu disse algo errado hoje que te fez ficar irritado? Me diga, eu posso mudar. Os olhos de Rosana estavam ligeiramente avermelhados, como se ela soubesse o que Manuel queria dizer, mas a interrompia, impedindo ele de continuar. Rosana tinha uma sensação, uma premonição, desde o almoço que haviam compartilhado no restaurante. Mas ela não queria acreditar nisso, e ainda mais, não queria que essa má sensação se tornasse realidade. O silêncio de Manuel fez com que o coração de Rosana ficasse apertado, cheia de ansiedade. Ela tentou aparentar calma, e disse: — Ah, você não disse que estava cansado? Eu vou para o banheiro preparar um banho quente para você, assim você pode relaxar e dormir bem, tudo bem? Enquanto falava, ela se preparou para ir em direção ao banheiro. Parecia que Rosana não queria dar a Manuel a oportunidade de falar. Ela não queria ouvir u
Rosana chorou por muito tempo, até conseguir dizer:— Ele me pediu para abortar! Ele não me quer mais!— O quê? — Natacha mal conseguia acreditar no que ouvia, e perguntou, ansiosa. — Mas por quê?Rosana soluçou enquanto respondia:— Eu também não sei, Natacha, eu também quero entender o que está acontecendo com o Manuel!— Assim, fique em casa me esperando. Eu já vou até aí te encontrar.Natacha desligou o telefone e correu para pegar as chaves do carro.Joaquim, vendo a pressa de Natacha, logo perguntou:— O que aconteceu? Já está quase na hora do jantar, você vai sair agora?— A Rosa está em perigo. — Natacha explicou rapidamente, enquanto saía apressada.Joaquim a impediu de sair, dizendo:— Mas isso não faz sentido, você não disse que eles estavam super bem quando saíram de manhã? Além disso, se o Manuel já tinha decidido manter o bebê, e até fugido de seu casamento por causa disso, como ele agora poderia dizer que não quer mais o filho? Não é possível que ele tenha mudado assim d
Assim, Joaquim levou as crianças para jantar, deixando espaço para que Natacha e Rosana conversassem. Depois que os filhos saíram, Natacha finalmente se decidiu a perguntar:— Rosa, o que exatamente o Manuel te disse? Está me parecendo muito estranho... Se ele realmente não quer esse bebê, então tudo o que ele fez por você até agora, todo o sacrifício, o que significa? Você não perguntou claramente o que aconteceu?Rosana negou com a cabeça, com um ar de frustração, e respondeu:— O Manuel não quis dizer nada. Ele só me falou que queria terminar, que me compensaria e pediu para eu abortar.— Esse idiota! — Natacha praguejou com raiva, mas logo tentou se acalmar para não deixar Rosana ainda mais triste. — Será que não tem algum motivo escondido? Talvez ele esteja passando por algo que a gente não sabe... Olha, eu vou pedir para o Joaquim procurar o Manuel e tentar entender o que está acontecendo. Tá bom?Natacha acompanhou Rosana até o quarto de hóspedes e pediu para a Dora levar algo
Natacha temia que Rosana, no fundo, estivesse pensando em algo ainda mais sério. Embora estivesse profundamente irritada, ela sabia que precisava ir até a amiga.No quarto, a cena era desoladora. A comida na mesa estava intacta, enquanto Rosana se sentava sobre a cama, encolhida, como se estivesse tentando se esconder do mundo. Seus olhos, que normalmente eram tão brilhantes, agora estavam vermelhos e inchados. Embora não estivesse chorando naquele momento, seus olhos pareciam vazios, sem brilho, fixados no chão de maneira vazia e apática.— Rosa, come um pouco, vai. — Natacha colocou a bandeja de comida diante dela. — A comida vai esfriar. Mesmo que você não queira comer, o bebê precisa de nutrientes, não é?Rosana forçou um sorriso amargo e respondeu:— Que nutrientes? O pai dele já me abandonou, então não importa o que eu coma, não faz mais sentido!Natacha corrigiu imediatamente, com um tom firme:— Não fala assim! Se o pai dele te abandonou, e você vai abandoná-lo também? Você é a