Rosana abriu a boca com a voz trêmula: — Então, você estava me mentindo o tempo todo? Você e a Joyce nunca se separaram. Já estão se preparando para o casamento, não é? Manuel ficou paralisado por um momento, e sua voz, baixa, respondeu: — Eu não menti para você. Mas minha mãe gosta muito da Joyce, e eu não posso simplesmente ignorar os sentimentos dela. Rosana assentiu, um sorriso amargo curvando seus lábios enquanto ela dizia: — Então eu só sirvo para transar com você? Nem o direito de saber que você está prestes a se casar eu tenho, é isso? Manuel tocou delicadamente o rosto de Rosana, e sua voz ficou mais rouca, como se carregasse um peso: — Quem disse que vou me casar? — Mas você e a Joyce... Rosana não conseguiu continuar a frase, as palavras desapareceram em sua garganta. Ela mordeu o lábio, incapaz de terminar o que queria dizer. Os olhos de Manuel, sombrios e penetrantes, se fixaram em Rosana, e ele suspirou. — Eu te prometo, se um dia eu realmente me cas
Manuel não conseguia suportar esses "se" e "talvez", pois esses pensamentos eram apenas fantasias que o faziam odiar ainda mais, e lamentar profundamente, a morte de seu pai. A Sra. Maria, enquanto observava a lápide do marido, falou: — Fique tranquilo, nosso filho é muito bem-sucedido agora. Ele vingou você. Manuel mandou aquele Diego, aquele homem cruel, para a prisão, e está fazendo a filha dele sofrer também. Não vamos deixar esse pai e filha em paz. Eles pagarão por tudo. Ao ouvir as palavras de sua mãe, o rosto de Manuel ficou tenso, e o sentimento de culpa e os conflitos internos cresceram em seu peito. De fato, Manuel sabia que havia deixado Rosana ao seu lado, torturando e humilhando ela sem misericórdia. À medida que a dor de Rosana aumentava, Manuel sentia que estava realmente vingando seu pai, e isso lhe dava um certo prazer. Quanto mais Rosana e Diego sofriam, mais forte se tornava a sensação de vingança que Manuel experimentava. Ele sempre gostou de vê-la chor
Manuel primeiro levou sua mãe de volta à família Marques. Antes de partir, ele a aconselhou:— Mãe, sobre as coisas do passado em nossa família, não conte para a Joyce. E também, o motivo de eu manter a Rosana por perto, não quero que a família Pereira saiba disso, para evitar que algo ruim venha à tona.Sra. Maria, um tanto confusa, perguntou:— Se eu contar isso para a Joyce, não seria uma forma de evitar que ela pense mal de você? Afinal, você manteve a Rosana por vingança, mas a Joyce não vê dessa forma.Manuel ficou com o rosto ligeiramente frio e respondeu:— Eu não me importo com o que a Joyce pensa sobre mim, mas recentemente encontrei outras pistas sobre o que aconteceu com meu pai, e não quero que mais ninguém saiba sobre isso, nem se intrometa nos meus assuntos.— Outras pistas? — Sra. Maria perguntou, mais curiosa. — Então, aquilo que aconteceu no passado não foi culpa só do Diego?Manuel disse:— Talvez não tenha sido só o Diego. — Afinal, Denis já havia mostrado sinais de
A Sra. Maria começou a se preocupar mais e mais, e seu ódio por Rosana só se aprofundou.Após a saída de Joyce, a Sra. Maria imediatamente mandou o motorista levá-la até a redação da revista.Naquele momento, Rosana acabara de voltar de uma recepção.O trabalho de entrevista de Rosana naquele dia era entrevistar o empresário responsável pela festa.Depois de terminar a entrevista, ela voltava para a redação da revista quando o segurança na entrada lhe disse:— Srta. Rosana, uma senhora veio procurar a senhora há pouco tempo. Ela está esperando na sala de descanso há dez minutos.— Certo, obrigada.Rosana pensou que era Natacha quem a procurava, e com um sorriso no rosto, abriu a porta da sala de descanso.No entanto, para sua surpresa, quem estava na sala não era Natacha, mas sim a Sra. Maria.Rosana fechou a porta e ficou parada na entrada, sem coragem de se aproximar mais da mulher.Observando a mulher sentada no sofá, com uma expressão fechada e sombria, Rosana tentava conter a tens
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que
Quando Joaquim chegou em casa, já passava das onze da noite. A mansão estava estranhamente silenciosa, com apenas uma luz noturna acesa na sala de estar. Natacha estava sentada no sofá, parecendo estar esperando por ele o tempo todo. Joaquim tirou o casaco, afrouxou a gravata e falou com um leve tom de impaciência: - O divórcio não foi acordado ao meio-dia? Não vou te prejudicar no que diz respeito à propriedade. Você pode confiar nisso. Ele pensou que ela queria mais dinheiro. Natacha interrompeu ele, com uma voz rouca: - Joaquim, é por causa daquela mulher que você quer se divorciar de mim? Joaquim mudou sua expressão por um momento, mas logo voltou a sua calma de sempre. Ele não queria mais esconder isso dela, nem se dava ao trabalho de esconder. - Sim, tenho que dar a ela uma explicação, é o que devo a ela. – Admitiu Joaquim, com calma. - Só hoje percebi como você é hipócrita. Ao meio-dia, você se fez de vítima, me fez sentir culpada, me forçou a me divorciar. Talvez naqu