Josiane havia acabado de se sentar em sua estação de trabalho e abrir o computador. Pouco depois, as vozes ao seu redor ficaram silenciosas. Intrigada, Josiane virou a cabeça e imediatamente viu Henrique ao seu lado. Sua expressão se interrompeu. — Sr. Henrique, há algo errado?Os olhos compridos e negros de Henrique pousaram no rosto dela, e ele disse com uma voz baixa e hipnotizante: — Sim, preciso falar com você. Venha comigo.— Ah, tá. — Josiane respondeu.Henrique ficou sem palavras.Felipe ligou para ela, e ela disse que estava ocupada, mas quando ele veio pessoalmente, ela estava disponível? Henrique ficou tão irritado que os cantos de sua boca se contraíram duas vezes. Josiane o seguiu até a sala do presidente. Felipe lançou um olhar para ela, um olhar cheio de insatisfação. Josiane simplesmente ignorou. Ao entrar na sala do presidente, Josiane olhou para ele sem expressão: — Sr. Henrique, o que há de errado?Os olhos profundos e escuros de Henrique pousaram no rosto de
Josiane hesitou um pouco, mas acabou indo.Dentro do elevador, estavam apenas Henrique e Felipe.Josiane entrou, e Felipe prontamente foi para um canto.Ela abaixou ligeiramente os olhos, tentando ignorar a forte e fria presença ao seu lado.No elevador, havia uma calma profunda, e uma leve sensação de frieza circulava suavemente.As portas do elevador se abriram, e Josiane não teve pressa em sair, esperando Henrique sair primeiro. No entanto, como ela não saiu, Henrique também não saiu.O que estava acontecendo?Felipe estava encolhido no canto, quase se fundindo com a parede.“Sr. Henrique, Srta. Josiane, se vocês não saírem, como eu vou sair?! Por que não falam lá fora? Por que estão bloqueando o elevador? Por que?!” Felipe chorou em seu coração.Quando Felipe estava prestes a surtar, Henrique finalmente falou.— Você não vai para casa?— Vou sim, Sr. Henrique, pode ir na frente, não estou com pressa. — Josiane respondeu.— Ok, se você não está com pressa, eu também não estou. — Hen
Olhando para si mesma no espelho, com seu corpo gracioso, Viviane sorriu satisfeita. No entanto, quando seu olhar caiu na perna com prótese, uma expressão de desgosto passou por seus olhos. Para ficar com Henrique, ela havia sacrificado demais. Ela precisava se casar com Henrique, e Henrique só poderia ser dela!Henrique chegou logo em seguida, e Viviane abriu a porta com um sorriso radiante no rosto. — Henrique, você chegou.— Sim. — Henrique respondeu com uma única palavra, trocou os sapatos e entrou.Uma expressão de expectativa passou pelos olhos de Viviane, mas, do começo ao fim, o olhar dele nunca se fixou nela. Ela mordeu os lábios e, em seguida, disse: — Henrique, você acha que meu vestido novo está bonito? Dizendo isso, ela ainda deu uma volta na frente dele.Só então Henrique olhou para ela, mas apenas deu uma olhada rápida. — O que você quer me dizer?A decepção nos olhos de Viviane ficou ainda mais evidente. Ele não tinha notado que ela se arrumou especialmente para el
Viviane se jogou nos braços de Henrique.— Henrique, o que está acontecendo? Estou com medo...O corpo de Henrique ficou rígido por um momento, ele segurou o braço dela e a afastou.— Pode ser um disjuntor que caiu, vou verificar.Viviane tentou se aproximar novamente, querendo abraçá-lo.— Não vá, estou com medo. — Disse ela.O cheiro do perfume dela continuava a envolvê-lo, pairando em suas narinas. Ele franziu as sobrancelhas profundamente, afastou ela novamente e pegou o celular, ligando a lanterna. — Segure isso e ilumine para mim.Viviane ficou momentaneamente paralisada, mas acabou segurando o celular.Henrique foi até o quadro de energia, verificou e, de fato, era um disjuntor que havia caído. Ele o religou e, no segundo seguinte, todo o quarto se iluminou.— Pronto. — Henrique pegou o celular da mão dela, dizendo com um tom neutro.Viviane mordeu o lábio, enquanto lutava, sua gola havia caído um pouco mais, revelando o decote. Henrique, porém, parecia não notar, pegou seu cas
Josiane saiu do grupo e, ao ver que Henrique não a seguia, suspirou aliviada. Estava com medo de que aquele canalha pudesse fazer outra loucura.Ela se dirigiu à estação de metrô. Ir do grupo até a casa do Jardim da Floresta era bem conveniente, já que a estação final ficava lá. No entanto, ao virar uma esquina, ela percebeu com o canto do olho que uma pessoa familiar estava a seguindo.Josiane ficou surpresa e olhou para trás. Reconheceu imediatamente que era o homem que a tinha salvado na noite anterior e que, inexplicavelmente, pediu desculpas a ela naquela manhã. Como ele sabia onde ela trabalhava? Por que estava a seguindo? O que ele queria?Ela ficou instantaneamente alerta e começou a andar rapidamente em direção à estação de metrô. Quando ela passou o cartão para entrar, olhou para trás e viu que o homem também tinha entrado.Josiane prendeu a respiração e tirou o celular, pronta para chamar a polícia a qualquer momento. Se ele tivesse qualquer intenção maliciosa, ela definitiv
A policial saiu.Henrique se aproximou e ficou diante dela, dizendo:— Ricardo é meu subordinado.Josiane, ao ouvir isso, arregalou ligeiramente os olhos. — Foi você quem mandou ele me seguir o tempo todo? Você é um pervertido?Henrique ficou sem palavras. A veia na testa dele pulsou. Ele falou com voz grave: — Ele cometeu um erro e me fez entender mal você, então veio até aqui para se desculpar.No entanto, ele nunca imaginou que Ricardo não se identificaria e simplesmente pediria desculpas a Josiane. Josiane não o internou como um doente mental e o pegou já foi um grande feito!Josiane, confusa, perguntou:— Que erro ele cometeu?Henrique então explicou o que aconteceu naquela noite.Josiane concordou com a cabeça. — Ah. Entendi.— E quanto a isso, como você pretende resolver? — Henrique a observou e perguntou.Josiane de repente riu suavemente.— Por que você está rindo? — Henrique perguntou.— Ele sabia pedir desculpas quando cometia um erro, e você? — Josiane disse.Henrique co
— Alô? — Henrique acabou de voltar à mansão da família Gomes quando recebeu a ligação de Josiane. Sem hesitar, ele atendeu.Josiane fazia um esforço para controlar a emoção, mas ainda assim sua voz revelava um leve tremor. — Henrique, onde está o segurança que você me arranjou? O segurança que deveria me proteger de perto?Henrique percebeu que o tom dela estava estranho e perguntou:— O que aconteceu?— Eu quero um segurança que fique de perto comigo. — Josiane respondeu.— Se você não me disser o que aconteceu, como vou saber o que você quer? — Henrique replicou.— Não me importa, eu quero um segurança que fique de perto, de preferência alguém que eu possa ver a qualquer momento que eu quiser. — Josiane insistiu.Henrique ficou em silêncio.Seu olhar se tornou perigosamente intenso. — Tudo bem, eu vou providenciar.— Rápido, por favor. — Josiane desligou o celular depois de falar.Não sabia por quê, mas ouvir a voz dele fez com que seu medo e insegurança diminuíssem pouco a pouco.
Henrique olhou para ela e continuou a comer mais rápido. Josiane, ao vê-lo, arregalou um pouco os olhos. Nesse momento, ela já tinha esquecido as fotos sangrentas e violentas, com a mente focada em não deixar Henrique comer toda a comida! Era dela! Tudo era dela!No final, restava apenas uma perna de frango no prato. Josiane, rápida e ágil, pegou-a imediatamente, olhando para Henrique com um sorriso satisfeito e colocando-o na boca.Henrique colocou os talheres e retirou um guardanapo, limpando elegantemente o canto da boca, com seus olhos negros profundos tingidos de uma leve suavidade.Depois de terminar a última perna de frango, Josiane fechou os olhos, satisfeita. Comer até ficar cheia era realmente confortável!Ela se levantou e acenou com a mão. — Rique, você limpa!Depois de dizer isso, deu alguns passos à frente, mas no instante seguinte, ela parou, olhando para o vazio à sua frente, piscando os olhos e reprimindo a pontada de tristeza.Onde estava o Rique?— Você apareceu sem