Capítulo 2: A voz grave e magnética!
Antes, ela tinha ouvido a voz dele no clube, mas estava misturada com música e não dava para ouvir direito.

Agora, a voz dele era grave e magnética e vinha bem de cima dela, tão clara, que bateu no coração dela, doendo tanto que ela quase não conseguiu respirar.

Ele podia falar, mas ele não contou isso para ela de imediato. E ele ainda queria se divorciar dela.

Tudo aquilo era verdade?

"Por quê? Por que ele queria se divorciar?"

Josiane queria perguntar, mas se segurou. Por que ele achava que podia se divorciar assim? Durante todo esse ano, ela não tinha feito nada contra ele. Mesmo que fosse para se divorciar, ele deveria dar uma explicação para ela!

O coração de Josiane estava gelado, mas ela ainda se apegava ao calor do corpo dele, abraçando ele mais forte.

- Sim, eu ouvi você falando com alguém, mas não ouvi o que você disse. Rique, sua voz é tão bonita.

Ela beijou as costas dele.

Rique era como ela o chamava, só usava esse nome nos momentos mais íntimos entre os dois.

E toda vez que ele ouvia, respondia de forma ainda mais apaixonada.

Só que hoje, Henrique a afastou.

- Estou cansado.

O rosto de Josiane ficou pálido. Olhando para as costas eretas dele, de repente, ela ficou com raiva.

- Mas eu quero, Henrique, você é meu marido, deveria cumprir seu dever como marido!

"Por que ele estava cansado?

"Será que ele já estava se divertindo com aquela mulher?"

Ela precisava verificar! Henrique pareceu surpreso com sua repentina assertividade, e as mãos suaves dela começaram a acariciar seu corpo. Logo, sua respiração ficou mais pesada.

O corpo dele era honesto. Ele nunca conseguia resistir às provocações dela.

Nos olhos negros e profundos dele brilhou um tom sombrio. Ele se virou, segurou o queixo dela e a beijou.

Josiane fechou os olhos instintivamente, os cílios tremendo levemente. Além do cheiro inicial de perfume, não havia outro odor em seu corpo.

Ela relaxou seu corpo tenso, e a temperatura no banheiro logo começou a subir.

- Josi, nós...

- Estou cansada, vou dormir!

Josiane o interrompeu, estendendo a mão para apagar a luz. O que ele queria dizer? Divórcio? Ela não iria concordar!

Ela tinha se dedicado por um ano e já estava apaixonada por ele. Por que, agora que ele não era mais mudo e podia falar, ele iria pedir o divórcio?

Ele não podia ser tão canalha!

No escuro, Henrique olhou para o rosto enevoado de Josiane e suspirou, envolvendo ela em seus braços e caindo em um sono profundo.

No dia seguinte, quando Josiane acordou, Henrique já tinha saído, e ela ficou imediatamente em pânico, pulando da cama para procurar ele.

A casa onde moravam era um pequeno apartamento de dois quartos que ela comprou com muito esforço depois de anos trabalhando. Desde que se casaram, o lugar se tornou mais acolhedor.

Ela tinha sonhos de que o futuro deles seria cada vez melhor.

Ele era muito talentoso, aprendia qualquer coisa rapidamente. Ela costumava dizer que ele um dia ganharia muito dinheiro e compraria uma casa grande para os dois morarem. Ele sempre concordava com seriedade.

A casa grande ainda não tinha chegado, ele não podia partir!

Procurando freneticamente pelo apartamento, o rosto de Josiane ficava cada vez mais pálido. Foi quando a porta se abriu, e Henrique entrou com o café da manhã nas mãos.

Ao ver ele, Josiane correu e o abraçou com força, como se tivesse medo de que ele fosse embora.

Henrique se assustou e perguntou:

- O que aconteceu?

Josiane levantou a cabeça e olhou fixamente nos olhos dele, tão escuros quanto a noite.

- Podemos ficar juntos para sempre, né?

Henrique ficou em silêncio.
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