Julieta não conhecia muito bem Paulo, mas, mesmo sem conhecê-lo bem, sabia que, agora, Paulo era mais seguro do que Francisco.Além disso, ela originalmente não pretendia que Paulo a levasse, pois ele também havia bebido, nem poderia dirigir.Ela já planejava pegar um táxi sozinha depois de sair, mas estava com preguiça de explicar isso para Francisco.Com a relação deles agora, não havia necessidade de explicar.Ela apertou os lábios e olhou para Francisco.- Presidente Francisco só quer dizer que ele tem intenções desonestas comigo.- Você sabe que ele tem intenções desonestas e ainda deixa ele te levar pra casa? - Francisco rangia os dentes.Julieta ergueu os olhos e encontrou o olhar dele.- Você é tão puro assim? Francisco, você é melhor do que os outros?O rosto de Francisco escureceu.Ele segurou firmemente o pulso de Julieta.As portas do elevador se abriram, ele puxou Julieta para fora do elevador.Julieta tentou se soltar algumas vezes, mas não conseguiu e todos ao redor olha
Francisco franziu a testa olhando para ela, não acenou com a cabeça, mas também não negou. Agora nem ele mesmo sabia se o que sentia por ela era realmente um ressentimento. Julieta continuou falando:- Então o que precisa acontecer para você ficar satisfeito? Diga, basta você dizer, eu farei, contanto que você não interfira mais na minha vida, eu farei até que você fique satisfeito!O rosto de Francisco estava sombrio, sua mão agarrada ao pulso de Julieta parecia que ia quebrá-lo.- É assim que você pensa de mim? Sim, eu realmente estou ressentido. Assinamos um acordo, mas você rompeu no meio do caminho. Julieta, por que você acha que pode ir embora? Não é só porque você sabe que eu me importo com você?Porque ele se importava, ele estava disposto a deixá-la ir. Ele tinha medo que algo realmente ruim acontecesse com ela. Na verdade, se ele fosse realmente implacável, as artimanhas dela não teriam nenhum efeito sobre ele. Mas ele simplesmente não conseguia ser implacável e agora ess
Francisco olhava fixamente para Julieta. Queria ver qualquer sinal de fraqueza em sua expressão, mas, infelizmente, além de decepção, seus olhos só mostravam determinação. Julieta, depois de dizer isso, se recostou exausta no assento.- Pode abrir a porta do carro?Os lábios de Francisco se apertaram em uma linha fina. Ele não queria deixá-la ir assim, até ficar mais um pouco já seria bom. Os longos dedos do homem esfregaram com força os lábios dela, que estavam vermelhos de tanto beijar. Julieta franziu a testa, se afastando dele. As pontas dos dedos de Francisco ficaram vazias e ele parou o movimento. Depois de um tempo, ele riu de repente.- Esses últimos três anos devem ter sido realmente difíceis para a Gerente Julieta. Sem nenhum sentimento, ainda assim dormiu comigo por três anos.Julieta abaixou os cílios, sem olhar para Francisco. Sua voz era indiferente, mas por dentro ela estava sofrendo:- Tudo graças aos ensinamentos do Presidente Francisco.Francisco havia lhe dito
Desde os vasos e utensílios até os móveis e eletrodomésticos, tudo foi comprado por ela, peça por peça, pessoalmente. Naquela época, ela realmente decorou o lugar como se fosse a casa dos dois. Mas agora, tudo parecia uma ironia.Ela respondeu com uma calma extrema:- Não quero mais. O amor desaparece, quanto mais o gosto. As coisas que eu gostava antes, agora para mim não passam de lixo.Francisco sentiu um aperto no coração mais uma vez. Ele não conseguia entender por que Julieta era uma mulher tão difícil de lidar, praticamente impermeável a qualquer coisa. Ele apertou os lábios em uma linha reta e olhou para Julieta.Julieta sabia que ele estava bravo de novo, ela não queria continuar junto com ele. Quem sabe o que esse homem faria em seguida.- Pode abrir a porta?Francisco, ainda irritado, se recusou a deixá-la sair.- Se tiver coragem, quebre a janela do carro.Julieta olhou furiosa para o homem à sua frente. Como ela não tinha percebido antes que ele era tão infantil! Ma
Julieta voltou para casa e foi direto para o banheiro. Depois de tomar um banho, ela se sentiu um pouco melhor. Olívia olhou para ela:- O que houve? Está com uma cara tão ruim?Julieta mordeu os lábios:- Fui assediada por um cretino.Olívia perguntou:- Francisco veio te procurar de novo?Julieta balançou a cabeça:- Encontrei ele por acaso, então ele ficou me incomodando.Os olhos de Olívia brilharam:- Julieta, acho que Francisco pode realmente estar apaixonado por você. Por isso ele não quer te deixar em paz. Caso contrário, você sabe que ele pode ter qualquer mulher que quiser. Por que ele insiste em te perseguir?Julieta ficou em silêncio por um momento, depois riu:- Provavelmente porque ele é mesquinho. Quando eu estava ao lado dele, ele não se importava. Agora que fui embora, ele se sente insatisfeito.Olívia não pôde deixar de contrair os cantos da boca. Mas, pensando bem, parecia realmente ser assim. Afinal, todos os homens são mesquinhos!...Nos dias seguintes, Juliet
Ela não queria mais ter qualquer envolvimento com Francisco. Se pretendesse se vingar, usaria outros meios. Julieta sorriu e disse: - Não, Rafael, não há mais possibilidade de eu e seu irmão ficarmos juntos.Ao terminar de falar, Julieta percebeu de repente uma sombra ao seu lado. Ela franziu a testa e, ao olhar para cima, viu Francisco de terno parado ao lado da mesa. O homem tinha uma expressão serena, mas seus olhos carregavam um significado enigmático.- Irmão! - Exclamou Rafael, com os olhos brilhando. - Como você veio parar aqui?Julieta lançou um olhar para Rafael e baixou os olhos.A atuação de Rafael era muito ruim, até uma tola perceberia que aquele jantar era uma armadilha.- Estava passando por aqui depois do trabalho e vi você, então decidi entrar para cumprimentar. Gerente Julieta não se importa, certo?Após dizer isso, Francisco fixou o olhar em Julieta. Ele sentia intensamente falta dela nos últimos dias. Ela estava o evitando. Quase não comparecia às reuniões mati
Julieta hesitou por um momento, pensando que havia ouvido errado.A secretária Helena repetiu a mensagem:- Gerente Julieta, surgiu um problema com um contrato no projeto que você está gerenciando. Será necessário realizar uma viagem a trabalho.Julieta, incerta, demorou a responder. Ela permaneceu em silêncio por um instante, antes de perguntar:- É imprescindível que eu vá pessoalmente?- O outro lado especificou que deseja negociar com o responsável pelo projeto.Após uma breve pausa, Julieta concordou. Afinal, ela ainda não havia se desligado oficialmente da Joalheria Pedras do Paraíso.- Precisarei que minha assistente me acompanhe.Helena ficou em silêncio por um momento.- Certo, Gerente Julieta, informarei sua assistente para encontrá-la no aeroporto amanhã.No dia seguinte, Julieta organizou suas coisas cedo e seguiu para o aeroporto.Lá, recebeu uma ligação de Paulo:- Gerente Julieta, sendo fim de semana, você deveria estar livre, correto?Julieta sorriu levemente: - Descul
Francisco olhou para ela uma vez e disse: - Agora que está com o Paulo, nem quer se sentar comigo, não é? Julieta não respondeu, se limitou a esfregar a testa, exausta. - Você não dormiu bem ontem à noite? - Ele perguntou novamente. Julieta não queria conversar e se sentou, fechando os olhos imediatamente. De fato, ela não tinha dormido bem na noite anterior, pois o contrato problemático era bastante complexo. Ela preparou os documentos até meia-noite. Estava sobrecarregada e seu corpo ainda não tinha se recuperado completamente. Assim que o avião decolou, adormeceu rapidamente. Francisco fixou o olhar em seu rosto, marcado por emoções sombrias e indistintas. Não se sabe quanto tempo depois, ele finalmente levantou a mão e trouxe a cabeça dela para seu ombro. Quando ela acordou, o avião já havia pousado. Julieta levou alguns segundos para perceber que estava apoiada no ombro de Francisco e que sobre ela estava um paletó, aquele que ela tinha comprado para ele. O olha