Ela não queria mais ter qualquer envolvimento com Francisco. Se pretendesse se vingar, usaria outros meios. Julieta sorriu e disse: - Não, Rafael, não há mais possibilidade de eu e seu irmão ficarmos juntos.Ao terminar de falar, Julieta percebeu de repente uma sombra ao seu lado. Ela franziu a testa e, ao olhar para cima, viu Francisco de terno parado ao lado da mesa. O homem tinha uma expressão serena, mas seus olhos carregavam um significado enigmático.- Irmão! - Exclamou Rafael, com os olhos brilhando. - Como você veio parar aqui?Julieta lançou um olhar para Rafael e baixou os olhos.A atuação de Rafael era muito ruim, até uma tola perceberia que aquele jantar era uma armadilha.- Estava passando por aqui depois do trabalho e vi você, então decidi entrar para cumprimentar. Gerente Julieta não se importa, certo?Após dizer isso, Francisco fixou o olhar em Julieta. Ele sentia intensamente falta dela nos últimos dias. Ela estava o evitando. Quase não comparecia às reuniões mati
Julieta hesitou por um momento, pensando que havia ouvido errado.A secretária Helena repetiu a mensagem:- Gerente Julieta, surgiu um problema com um contrato no projeto que você está gerenciando. Será necessário realizar uma viagem a trabalho.Julieta, incerta, demorou a responder. Ela permaneceu em silêncio por um instante, antes de perguntar:- É imprescindível que eu vá pessoalmente?- O outro lado especificou que deseja negociar com o responsável pelo projeto.Após uma breve pausa, Julieta concordou. Afinal, ela ainda não havia se desligado oficialmente da Joalheria Pedras do Paraíso.- Precisarei que minha assistente me acompanhe.Helena ficou em silêncio por um momento.- Certo, Gerente Julieta, informarei sua assistente para encontrá-la no aeroporto amanhã.No dia seguinte, Julieta organizou suas coisas cedo e seguiu para o aeroporto.Lá, recebeu uma ligação de Paulo:- Gerente Julieta, sendo fim de semana, você deveria estar livre, correto?Julieta sorriu levemente: - Descul
Francisco olhou para ela uma vez e disse: - Agora que está com o Paulo, nem quer se sentar comigo, não é? Julieta não respondeu, se limitou a esfregar a testa, exausta. - Você não dormiu bem ontem à noite? - Ele perguntou novamente. Julieta não queria conversar e se sentou, fechando os olhos imediatamente. De fato, ela não tinha dormido bem na noite anterior, pois o contrato problemático era bastante complexo. Ela preparou os documentos até meia-noite. Estava sobrecarregada e seu corpo ainda não tinha se recuperado completamente. Assim que o avião decolou, adormeceu rapidamente. Francisco fixou o olhar em seu rosto, marcado por emoções sombrias e indistintas. Não se sabe quanto tempo depois, ele finalmente levantou a mão e trouxe a cabeça dela para seu ombro. Quando ela acordou, o avião já havia pousado. Julieta levou alguns segundos para perceber que estava apoiada no ombro de Francisco e que sobre ela estava um paletó, aquele que ela tinha comprado para ele. O olha
Julieta ficou pálida e enfurecida ao ouvir isso, se virou para sair.- Vou procurar outro hotel.Francisco estreitou os olhos e rapidamente foi até ela, a segurando.- Me solte!Os olhos de Francisco brilhavam perigosamente.- Você realmente não quer ficar no mesmo quarto que eu?Julieta estava visivelmente perturbada:- Francisco, você acha que ainda é apropriado ficarmos no mesmo quarto, dadas as circunstâncias?Francisco riu ironicamente:- Eu não me importo.- Eu me importo!Julieta se soltou e começou a caminhar para fora, mas Francisco a segurou e a levou diretamente para o elevador.Havia outras pessoas no elevador, então Julieta não resistiu, mas seus lábios estavam firmemente apertados.Todos os nervos em seu corpo resistiam à ideia de continuar esse relacionamento ambíguo com Francisco, mas este homem simplesmente não estava disposto a deixá-la em paz.Ao sair do elevador, Francisco a arrastou diretamente para o quarto.Assim que entraram, ele a pressionou contra a porta.Seu
Rafael ficou sem palavras após uma série de perguntas.Ele também sabia que, sem provas concretas, seria tudo em vão.- Mas, pelo menos, poderíamos perguntar, certo?- Perguntar o quê? Se ela planejou o sequestro? Ou se ela intencionalmente desviou minha atenção com uma falsa distração?De repente, Rafael não soube o que responder.Essas perguntas, mesmo que feitas, provavelmente não trariam respostas satisfatórias.- Continue investigando o caso de Jacó e, por enquanto, vamos fingir que não sabemos disso. - Francisco disse e desligou o telefone.Depois que Julieta saiu do quarto de Francisco, ela deixou o hotel imediatamente.Pegou um táxi e foi diretamente para outro hotel.Contudo, como o recepcionista anterior havia mencionado, devido à Feira Internacional de Comércio, todos os hotéis próximos estavam lotados.Julieta tentou vários, mas sem sucesso. Ela permaneceu na calçada, com uma expressão ligeiramente sombria.As mensagens no celular não paravam de chegar. Julieta olhou rapida
No fim, ele foi descuidado.Originalmente, ele apenas queria levar Julieta para longe da Cidade J, para que ela não pudesse entrar em contato com Paulo. No entanto, ele não esperava que, na ausência de Paulo, ainda haveria Carlos.Francisco estava visivelmente irritado. Ele estacionou o carro à beira da estrada e saiu. Antes mesmo de se aproximar, ele ouviu as risadas dos dois. Imediatamente, seu rosto ficou ainda mais carrancudo.Com um olhar sombrio, Francisco parou ao lado dos dois.No momento em que Julieta viu Francisco, seu sorriso congelou.- Veterano, vamos embora.Carlos também viu Francisco e não disse nada, apenas acenou com a cabeça para Julieta.- Para onde você vai? - Francisco perguntou com uma expressão franzida.Julieta não respondeu, apenas avançou e abriu a porta do carro de Carlos.Com uma expressão severa, Francisco fechou a porta novamente.- Julieta, você não está entendendo o que eu estou dizendo? Eu perguntei para onde você vai!A expressão de Julieta era extre
Agora, por causa dela, ele havia sido repreendido dessa forma por Francisco. Carlos sorriu: - Não há nada pelo que se desculpar, eu também senti isso por você, ele não disse nada de errado. Julieta ofereceu um sorriso amargo. Ela não merecia Carlos, em nenhum aspecto. Carlos percebeu que Julieta ainda não havia superado seu último relacionamento. Ele também não tinha pressa, afinal, já havia esperado três anos e ele não se importava de esperar mais alguns. Sua voz era suave: - Você já jantou? Julieta negou com a cabeça. A reunião com a empresa parceira havia terminado quase às dez da noite. Originalmente, ela planejava voltar ao hotel e pedir serviço de quarto, mas não esperava que as coisas terminassem assim. - Que tal se eu te levar para comer algo gostoso? Tem algo que você gostaria de comer? Julieta sorriu: - Qualquer coisa rápida está boa, talvez eu prepare um macarrão instantâneo mais tarde. Carlos a olhou: - É sempre assim que você se ajeita? - Às
Julieta foi pega de surpresa e o tapa deixou seu rosto ardendo de dor. Ela tocou o rosto e, em seguida, se virou para olhar para a Srta. Jardins, que estava ao lado do garçom. - Vadia, não bastava seduzir Francisco, ainda quer seduzir Paulo? Você é tão desesperada por homens assim? - Perguntou Jardins, tentando atacá-la novamente. Mas Julieta não esperou mais, levantou a mão e revidou com um tapa. O som do tapa ecoou pelo corredor, Julieta não foi nada gentil. O garçom, claramente assustado com a cena, ficou observando Julieta. - Senhorita, você precisa que eu chame a polícia? Os lábios de Julieta estavam tensos e seu olhar fixo no rosto de Jardins. Depois, ela disse ao garçom: - Por favor, também chame a segurança, obrigada. O garçom acenou rapidamente com a cabeça. Jardins, atordoada pelo tapa, não esperava que Julieta reagisse. Imediatamente, começou a gritar:- Julieta, este é um hotel da família Aragão. Acredite, eu farei você pagar por seu comportamento! Dizen