- Você não ia para o quarto de hóspedes? Vá logo! - Teresa se apressou em pegar a toalha, segurando ela contra o peito para se cobrir.Ao erguer os olhos, encontrou os olhos profundos e escuros de Fabiano, parecendo querer puxar ela para dentro deles. Teresa ficou surpresa por um momento.O rosto bonito à sua frente aumentou aos poucos e o calor da respiração dele se espalhou por seu rosto. Por instinto, ela fechou os olhos. Mesmo com os olhos fechados, ela sentiu uma escuridão sutil e uma sombra cobrindo a luz.No entanto, o beijo não aconteceu.Teresa abriu os olhos. Fabiano já tinha recuado alguns passos. - Desculpe, eu vou para o quarto de hóspedes. Descanse cedo. - Disse Fabiano.Ele ficou do lado de fora da porta, fechou os olhos e tentou esquecer a cena que estava prestes a ocorrer. Ele quase beijou ela.Ele com certeza estava ficando louco, ele estava prestes a se divorciar de Teresa e logo poderia estar com Letícia. Como ele poderia ainda ter algo com Teresa...Ele se conso
Teresa fechou os olhos rapidamente, fingindo estar dormindo. “Não pode me ver, não pode me ver, não pode me ver.”, ela repetia no seu coração. No entanto, seu corpo tremia de leve, revelando suas emoções de maneira inconfundível.Os passos do homem se aproximavam cada vez mais da cama. Ele chegou ao lado da cama.O coração de Teresa subiu até a garganta. De repente, ela sentiu um ar frio quando o cobertor foi retirado. Teresa ficou tão assustada que ficou imóvel, os olhos bem fechados, as pernas esticadas, enquanto murmurava em seu coração.“Estou dormindo, estou dormindo. Enquanto eu não vir o rosto dele, ele não vai me matar.” - Eu sei que você está acordada. Abra os olhos e me olhe, ou eu te estuprarei e te matarei depois. - A voz do homem sussurrava baixinho no ouvido de Teresa.O cérebro de Teresa ficou em branco, o medo forçou ela a abrir os olhos e ela murmurou tremendo: - Vou abrir os olhos, por favor, não me mate, por favor...Ao meio da frase, ela percebeu quem era o ho
Letícia levantou o olhar e exclamou com alegria: - Fabiano! Fabiano se aproximou rapidamente, mas de repente sua expressão mudou, gritando:- Cuidado! Teresa ouviu a voz e, em seguida, sentiu um empurrão forte.Um estrondo ecoou.A prateleira ao lado caiu com força no chão, fazendo um ruído intenso. Teresa caiu no chão, sentindo uma dor aguda e penetrante no tornozelo. - Você está machucada? - Perguntou Fabiano, preocupado, segurando Letícia.- Fabiano, você me assustou. Ainda bem que você chegou a tempo. Se não fosse pelo empurrão que você me deu, eu teria sido atingida. - Letícia se agarrou a Fabiano, parecendo assustada.- Foi por pouco. A prateleira estava a poucos centímetros de você. Graças a Deus que Fabiano foi rápido. - Disse Laura, se aproximando. - Muito obrigado, Fabiano. Se não fosse por você, Letícia teria se machucado.A cena diante de Teresa feriu seus olhos. Ela estava gelada, sem sentir a dor no tornozelo.Os olhos de Fabiano estavam fixos apenas em Letícia, ele
Não sabia quando tempo se passou, Teresa despertou em um ambiente escuro e logo percebeu o cheiro de desinfetante. Ao abrir os olhos, viu que estava em um quarto de hospital.- Teresa, você acordou? Como está se sentindo? - Perguntou Fabiano.A primeira coisa que viu ao abrir os olhos foi o rosto bonito e elegante de Fabiano.Por instinto, Teresa colocou a mão sobre o próprio ventre, respondendo:- Estou bem.Ela olhou para fora da janela e notou que já estava escuro lá fora.Naquele momento, seu estômago emitiu alguns ruídos.- Está com fome? Eu peço para trazerem algo para você comer? - Sugeriu Fabiano.- Tenho medo de que seja muito lento. Estou com fome agora. Você pode descer e comprar para mim? - Perguntou Teresa, levantando a cabeça para olhar para ele.Pela primeira vez, Fabiano viu Teresa com uma expressão tão dócil e suave, e por instinto, ele concordou com a cabeça: - Tudo bem, eu vou comprar para você. Fique no quarto e chame a enfermeira se precisar. Não saia da cama.Te
Para evitar a dificuldade de subir e descer escadas, Teresa permaneceu no quarto do segundo andar, sem sair de casa. As refeições eram levadas pela empregada.Enquanto Teresa estava ocupada com o trabalho, ouviu a porta se abrir, pensando que era a empregada com a comida. Ela disse de forma casual: - Deixe na mesa, vou comer em breve. - Que tal comer primeiro antes de trabalhar? Não fará diferença parar por um momento. - A voz de Fabiano soou.Teresa levantou a cabeça e viu que era Fabiano levando a comida para ela. - Você terminou o trabalho hoje? - Perguntou ela.- Sim. Teresa fechou o laptop. Fabiano colocou a comida na mesinha ao lado da cama. Depois, ele desceu para comer. Quando ela terminou, ele voltou para recolher os pratos.Quando Fabiano subiu de novo, ele tinha uma sacola na mão, contendo alguns medicamentos de Teresa. Não apenas os remédios prescritos pelo hospital, mas também aqueles que ela havia tomado antes para “problemas estomacais”.Olhando para Fabiano tira
- Eu farei o possível. - Disse Fabiano.- O que aconteceu com a Srta. Letícia? - Perguntou Teresa, corajosa.Ela já tinha um pressentimento, Fabiano não voltaria dessa vez, assim como no dia anterior. Ela não sabia por que Letícia chamou ele dois dias seguidos.Fabiano olhou para ela e franziu a testa, dizendo:- Teresa, você nunca costumava fazer tantas perguntas. - Minha perna está doendo muito, você poderia... - Pediu Teresa, seu rosto ficando pálido.- Sua perna não está gravemente ferida. Se precisar de algo, chame a empregada. - A voz de Fabiano ficou fria e ele saiu sem olhar para trás. Teresa olhou para as costas dele, sentindo uma amargura profunda.Ela raramente revelava sua vulnerabilidade, mas ele chamava ela de intrometida quando o fazia.Quando alguém não estava interessado em você, ser frágil não servia de nada.Eles estavam a caminho do divórcio, então por que ela deveria se importar? Foi um erro dela permitir que Fabiano medicasse ela, fazendo ela perder a noção de s
- Sra. Teresa, os resultados do exame mostram que você tem uma parede uterina fina desde o nascimento, a imagem fetal não é estável. Tenha cuidado com sua dieta e exercícios diários. – Aconselhou o médico, enquanto prescrevia medicamentos. Ao entregar a receita a ela, ele acrescentou. – Aqui estão, vá pegar os remédios. - Tudo bem, obrigada, doutor. – Disse Teresa. Ela pegou a receita, se levantando devagar.- Você precisa prestar muita atenção, não leve isso na brincadeira! – Continuou o médico.A parede uterina fina podia levar a abortos e muitas mulheres não conseguiam engravidar novamente.- Obrigada, doutor, vou tomar todas as precauções necessárias. – Disse Teresa, com um sorriso, concordando com a cabeça.Casada havia três anos, ninguém além dela ansiava mais pela chegada desse bebê. Ela estava determinada a proteger ele.Após pegar os remédios, Teresa saiu do prédio da clínica e voltou para o carro.- Senhora, Sr. Fabiano vai pegar o voo das três da tarde. Vamos diretamente pa
- Sou eu. – Disse Fabiano.- Você bebeu... – Falou Teresa.- Sim, tomei algumas com amigos. – Admitiu Fabiano.O som do chuveiro vinha do banheiro e Teresa, com a testa franzida, se virou na cama, dormindo de maneira agitada. A cama ao seu lado estava afunda.Uma grande mão pousou em sua cintura, seguindo a curva graciosa para baixo, provocando movimentos inquietos.- Umm... Esta noite não é possível... – Recusou Teresa, com os olhos fechados. Ela, semiconsciente, impediu ele.Por instinto, ela estava com medo de que prejudicasse o bebê.A mão parou de repente, descansando em suas costas.- Durma bem. – Disse Fabiano.Teresa, exausta, adormeceu rapidamente. Na manhã seguinte, quando ela acordou, não havia mais calor ao seu lado. Apenas os lençóis amassados testemunhavam que alguém esteve lá na noite anterior.Ela se sentiu um pouco arrependida. Como pôde adormecer assim na noite passada?Teresa se consolou pensando que poderia abordar o assunto novamente naquele dia.Depois de se ar