A casa modesta era realmente uma boa pedida, com cortinas pesadas e móveis espaçados um do outro, a cozinha era abastecida com carne e para todos os efeitos as bolsas de sangue que Raoul cismava em manter próximo demais dos lupinos aliados. Havia banheiras nos três banheiros dos quartos e tinham mais conforto do que antes, o que não era muito difícil dadas as circunstâncias.
Se mudando com Louis apesar de a coisa ter parado nos beijos alucinantes, estava confiante sobre essa nova aliança se formando entre eles. Matteo e Carmem também pareciam próximos mas não a incomodava como anteriormente, a morena acabou concluindo que o seu problema com ela era referente à proximidade de Louis. Eram como uma pequena família feliz vivendo nos subúrbios de uma cidade decadente, ela se sentia bem melhor sobre isso
Num desfile de generais à sua frente, estavam todos trajados com roupas pretas, parecia um uniforme em eles e era como se sentiam melhor, como uma unidade. Raoul chegou à pouco, acompanhado de alguns dos membros da alta cúpula de outros líderes dos vampiros. Seus Lordes enviavam forças para combater a vadia enquanto eu me sentia um rato preso entre um bando de gatos meio-mortos e um bando de lobos raivosos. Louis não tirava os olhos dela e desde a primeira vez as coisas estão fluindo bem melhor em todos os quesitos, é como se o sexo entre eles fosse um lubrificante para seu convívio de uma forma geral.Se pegou pensando em sua mãe por esses dias. De acordo com Louis ela ainda está furiosa por Ranielle ter tido sucesso em se manter longe do radar durante tanto tempo antes de vovó pegá-la em Portugal e fi
– Ela foi dormir. – Louis disse à Carmem e Matteo que estavam na sala da casa e ainda pasmos pelo que haviam testemunhado.– Eu nunca vi nada parecido. Ela parecia um… humano com a nossa força e com nossos reflexos. Nunca tive medo de nada, mas, naquele momento temi pela minha vida. – Carmem disse ainda com o olhar perdido.– A minha garota é forte. Eu sabia que quando seu garou resolvesse aparecer seria algo assim, agressivo, incrível e majestoso. – Matteo falava orgulhoso. Era o companheiro mais antigo de Ranielle e nutria por ela o carinho de um irmão mais velho.– Também não me recordo de nenhum de nós que possa fazer alguma das coisas que ela normalmente faz, mas&hel
Ela tinha um grande problema, não para pedir desculpas, obviamente é fácil fazer isso. A questão é fazer soar de maneira sincera. Não entendam mal, ela não tinha problemas em se arrepender. O seu maior desejo naquele momento era voltar a falar com o avô do ponto onde haviam parado, porém, nada vinha fácil. Ela sabia que estava apenas tentando adiar o inevitável, ficando ali mais tempo do que o necessário na esperança de Louis já estar com um humor melhor quando subisse. Estava louca para compartilhar o que consegui descobrir mas sabia que até estarem realmente bem, não teria como contá-lo nada do que houve.Fechou um dedo enrolando nele um cacho, enquanto pensava em como se desculpar e no mais importante em como deixar seus instintos a guiarem novamente para o ponto onde parar
Três dias mais tarde, estavam finalmente partindo para Portugal, o ar gélido do outono deixava os pulmões de Ran em estado de alerta, seu corpo se mexia com certo desconforto enquanto caminhavam pelo campo em que estavam iniciando a concentração das tropas, ela tinha uma cabana assim como qualquer outro soldado e marchava entre eles, depois da demonstração contra os tios ela sentia o respeito nos olhares que recebia dos que a cercavam quase todo o tempo.Estavam verificando tudo, desde as armas, as armaduras e as provisões para os próximos 5 dias, como perder não era uma das opções que ela sequer considerava, não achou necessário manter provisões e recursos para um período maior de tempo. Louis estava sempre a seu lado, assim como Matheo e Carmem.
Levar flores aos túmulos era algo que Ranielle fazia praticamente desde que nasceu. Quando não era um parente distante, era alguém próximo e amado. Um ritual inválido, já que Louis assim como todos os que foram mortos em batalha foram queimados assim como seu avô fora anos antes. Era apenas simbólico para desanuviar a alma e ter o consolo de onde ir quando se sentia mal.Apesar dos esforços de todos, ela ainda se sentia incompleta e sozinha mesmo cercada de pessoas, Louis foi o único que a entendeu. Deu a ela espaço e amor de forma que ninguém além dele poderia. Seus olhos baixaram para a terra recém escavada para enterrarem sua urna, alguma grama já começava a nascer ali por perto, tornando tudo ainda mais doloroso.Quinze
Ranielle encarava o vaso sanitário de seu quarto na casa da avó pela terceira manhã seguida. Estava começando a ficar preocupada. Não era comum para ela vomitar, muito menos durante as manhãs, já que esta hora geralmente estaria dormindo tranquilamente.Um mês depois de toda a bagunça, ainda estava se ajustando à vida de governar. Os lupinos que viviam em sua matilha eram geralmente calmos e nada requeria sua atenção de imediato. Ou pelo menos é o que ela gostava de pensar.Geralmente brigas por terrenos, filhas querendo se casar um pouco mais tarde e seus pais tentando obrigá-las, vampiros querendo se firmar perto demais da comunidade lupina (esse tema sempre requeria medidas na hora, a vantagem é que Raoul era male&aa
Três meses depois da partida, Ranielle ainda encarava a janela do trem como se fosse a primeira vez que estivesse passeando pela Europa. Cada montanha tem seu charme e beleza e não é que naquele lugarzinho ainda existiam coisas interessantes a se fazer além de lamentar a morte dos seus. Desembarcou em Madri por volta de dois dias depois da partida. Tomou alguns trens e trocou de passaporte para que seus pais não pudessem mais a rastrear. A vantagem de ser fluente em quatro idiomas era essa, além é claro, que poder e dinheiro que falavam alto para quaisquer ouvidos no mundo.Uma olhada em seu sobrenome real e portas se abriam mais do que as pernas das prostitutas nas vitrines. Bruxelas foi uma visão interessante de um mundo totalmente novo, enquanto ela encarava algumas coisas e pessoas pelo caminho, nada tirava de sua mente que eu t
De quem foi a ideia infernal de viajar nesse inverno? Claro que foi dela. Concluiu isso com certo ardor nos músculos que clamavam pelo calor delicioso de uma lareira aconchegante sentada num sofá de couro.Depois do primeiro trem e dos comboios de carro, estavam exaustos. Mas, enquanto ela planejava a sua vingança para quando encontrasse a rainha, Matteo estava ocupado com o corpo quente de uma qualquer. Não que a incomode, não se importava na verdade, porém, queria mais foco na missão.Afinal de contas, não foi fácil salvar o rabo lupino dele, para deixar de lado o seu objetivo maior. Como viajavam sempre de carro ou trem para chamar menos a atenção, demoravam dias numa viagem que de avião seriam horas. As maravilhas de ser de uma fam&iac