- Felipe? - chamei baixinho.
- O que foi?
Me virei para ele, querendo olhar em seus olhos.
Nós estávamos deitados, e ele estava apenas esperando que eu dormisse para poder voltar ao seu quarto, mas eu precisava falar algo para ele antes.
- Nós... Precisamos conversar.
Felipe se remexeu, parecendo prever que a conversa não seria boa, e eu respirei fundo antes de continuar.
- Eu estive pensando em muitas coisas nos últimos dias e... Não sei se vamos poder continuar nos encontrando assim.
- Por quê? - a voz dele estava carregada de dúvida e tristeza e eu tive que engolir o nó q
Dois guardas abriram as portas do castelo e eu fui para o lado de fora, para receber o meu visitante assim como eu fui recebida nos reinos que visitei. Um belo carro luxuoso e preto parou em frente à porta e dele desceu um homem de aproximadamente trinta anos com cabelo cinza, liso e brilhante como eu nunca tinha visto. Ele tinha uma barba rasa levemente grisalha, olhos azuis cinzentos e estava vestido com uma roupa social muito bonita. - Majestade. - cumprimentei em um tom suave e cortes - É uma honra recebê-lo. - A honra é toda minha, Rainha Alice. - ele respondeu com um sorriso encantador e beijou minha mão. - Entre, por favor. Eu o guiei até a sala de visitas, onde nos senta
Rei James me agarrou de surpresa, invadindo minha boca com a sua língua. Tentei empurra-lo, mas ele me apertou contra a mesa e me segurou. Mordi sua língua com força ao que ele respondeu com um forte tapa em meu rosto, me derrubando no chão. Praguejei e tentei me levantar do chão, com a mão na bochecha que agora latejava. Me perguntei porque ele estaria fazendo aquilo e se ele era louco por bater em mim. Rei James arrancou a gravata que estava usando e veio em minha direção. Pensei em gritar pelos guardas, mas ele me segurou, colocou a gravata em mim, apertando-a contra em minha cabeça e a enfiou em minha boca, quase me fazendo engasgar com o pano.
Passei os dois dias seguintes enfurnada em meu quarto real na maior parte do tempo, evitando ver ou conversar com qualquer um que fosse, para não ter que responder a perguntas sobre o meu rosto vermelho e inchado, ou sobre a minha atual melancolia ou até mesmo sobre a minha reunião com o rei James. Tudo o que eu queria era distância das outras pessoas, evitando olha-las nos olhos e desviando de toques, apertos de mão e principalmente de abraços. Porém eu sabia que aquele meu distanciamento não poderia durar para sempre, pois eu estava para receber mais uma visita, desta vez daquele que poderia ser meu futuro noivo. Puxei o ar lentamente para manter a calma, tentando convencer a mim mesma de que aquilo era necessário e que eu conseguiria. Eu havia pensado muito durante os últimos dois dias, e havia traçado um plano, mas cada passo prec
Estava anoitecendo e meu dia havia sido muito cansativo, por isso aproveitei meu pouco tempo livre para nadar na piscina do Castelo pela primeira vez.Mergulhei fundo na água, tentando não pensar em nada. Depois voltei para a superfície e puxei todo o ar que pude antes de ir para o fundo da água mais uma vez.Eu não sabia há quanto tempo estava nadando ali, mas não me importava. Eu precisava de uma folga de todos os planejamentos, aulas, decisões e mais planejamentos.Afastei todos os pensamentos deste tipo e me concentrei apenas em nadar, mas logo fui interrompida.- Majestade? - uma voz me chamou.Um empregado estava parado na
Já era noite, mas eu sabia que não conseguiria dormir sem ter resolvido aquela situação, por isso convoquei uma reunião emergencial com meu conselheiro de guerra, o conselheiro real, meu tio e o primeiro ministro. Eu esperava que eles pudessem me ajudar a tomar uma decisão. - É arriscado mantê-lo aqui, - comentou o conselheiro de guerra - mas ele pode ser muito útil. - E o que acham que eu deveria fazer com ele? - perguntei. Parte de mim achava que aquele homem deveria ser preso, ou morto, pelo crime de traição, mas outra parte achava que poderia usar ele para conseguir as informações que eu queria. - Bom, majestade. Acho que a senhorita deve tirar dele todas as informações que
Olhei para o céu da varanda do meu quarto e soltei um suspiro, aproveitando a paisagem e o ar fresco da noite por um momento. Havia muito o que fazer naquela semana e eu estava agitada demais para conseguir dormir. Naquele dia eu falei com os meus conselheiros e mandei que fosse enviada uma mensagem ao reino de Júpiter, diretamente para o rei, para que se preparassem para um possível ataque. Também mandei que os meus soldados estivessem preparados para ir ajudar caso alguma coisa acontecesse. Ainda ordenei que enviassem convites ainda naquela semana para cada um dos reis que ainda não eram nossos aliados, pois eu ainda pretendia recebê-los um a um para conversar. Pedi que preparassem apresentações de musica, teatro e coisas do tip
Fui para a reunião do conselho à passos largos, pois eu tinha coisas para resolver e precisava ser cuidadosa, principalmente agora que sabia que havia um traidor em meu castelo. Entrei na sala ainda vazia. Eu tinha me apressado tanto que fui a primeira a chegar. Tomei meu lugar na ponta da mesa e esperei pelos outros, que foram entrando um a um, fazendo uma reverência. - O que temos a tratar hoje? - perguntei assim que todos estavam aconchegados em suas cadeiras. O meu secretário foi o primeiro a falar. - Majestade, eu tenho uma ideia a propor sobre os convites que me mandou enviar aos reis...
Depois das minhas aulas de história e etiqueta eu coloquei uma bermuda e uma blusinha regata e fui para a aula de espadas. Eu ainda era uma rainha em treinamento e precisava me preparar para toda e qualquer situação, pois se tinha algo que eu sabia era que o segredo para o sucesso era o preparo. Afiar o machado, eu li em algum lugar... Afinal a guerra batia em minha porta e eu não poderia fugir. A grande sala de treinamento estava repleta de instrumentos de luta. Havia um grande espelho em uma das paredes, um grande tatame no chão, espadas de madeira, varas, equipamentos de segurança, etc. Mas aquela era a sala para luta e treino com espada apenas, havia outra destinada aos meus treinos com armas de fogo.
Último capítulo