AARON BITENCOURTDESLIGO O CHUVEIRO E APÓS ENROLAR UMA TOALHA em volta da minha cintura, deixo o banheiro indo direto para o meu quarto. Alicia foi dar banho em Melinda e colocá-la para dormir, mas antes que isso viesse a acontecer, a criança que parecia elétrica, mesmo andando cambaleando pela sala, não se mantinha quieta. Confesso que nos últimos dias, ao contrário de antes, a sua presença de nada me causou aquele atoleiro de sensações ruins, como se algo no meu interior tivesse esquentando e acordando o meu pior lado. Aquele que só conseguia ver uma imensa escuridão a sua volta e sempre ficava preso nas lembranças torturantes do passado. Eu senti uma paz interior que há muito tempo não pairava ao meu redor e aquela simples palavra dita por ela, aquecia os órgãos dentro da minha caixa torácica, porém, não me causava um desconforto ruim e sim uma sensação devastadora, que palavras não eram suficientes para explicar a explosão que aconteceu dentro de mim.Dou algumas piscadas espant
AARON BITENCOURTFICAR PERTO DELA, ERA TÃO BOM, que eu não conseguiria descrever o montão de coisas que gritavam dentro de mim. No entanto, por mais que a presença de Melinda já não me causasse um desconforto tão intenso, estava fora de cogitação agir como se de fato, eu tivesse esquecido tudo, porém, acabei inventando que estaria ocupado e ver o jeito como Alicia ficou, me deixou inquieto e como se isso não fosse o suficiente, Emília como sempre, foi a voz da razão, me fazendo entender que ela sempre iria colocar a Melinda em primeiro lugar e pelo pouco que já conhecia dela, acabaria se afastando de mim diante das minhas atitudes. Não que para ficar com ela, iria fingir o que não sou, mas quando Emília me deixou sozinho, estava com planos de ir até o meu escritório, entretanto, minhas pernas se negavam a se moverem naquela direção e ao olhar para porta, a imagem das duas surgiu como um clarão em minha frente e naquele instante, eu já não conseguia mais ir contra o que realmente quer
AARON BITENCOURT MUITO MAIOR QUE O DESEJO ARDENTE que corria em minhas veias, foi o desespero diante daquele choro incessante da minha filha. Alicia logo escapou da minha posse e saiu em disparada para dentro do quarto, quando nos aproximamos do seu leito, o barulho persistia, no entanto, ela estava de olhos fechados e se debatia jogando seu pequeno corpo de um lado para o outro. Pela expressão temerosa, era provável que estivesse tendo um pesadelo com o que havia acontecido no parque. Em meio a preocupação e receosos em acordá-la, ficamos observando-a, porém, Melinda acabou abrindo os olhos e começou a balbuciar chamando por aquela que escolheu para ser sua mãe, já que embora tendo Emília tão próximo a ela, nunca havia dito essa palavra. — Mama! Mama! Alicia a tirou do berço e começou acalentá-la em seus braços, enquanto eu esboço um sorriso ao ver Melinda apontando o dedo em direção a cama. A minha filha era muito esperta e certamente estava com medo que viesse a ficar sozinha, se
ALICIA SCOTTEU AINDA PODIA SENTIR OS TREMORES em volta do meu corpo e não sei por quanto tempo fiquei ali evolvida por aquela onda de sensações, que não percebi que Aaron havia se afastado, ao abrir os meus olhos, fiquei totalmente hipnotizada por aquelas íris azuis, que estavam cheias de luxúria. O homem que estava em pé a minha frente, observava-me em silêncio e logo em seguida um esboço de sorriso tomou conta do seu rosto. Seu olhar caiu sobre minha intimidade latejante que estava totalmente exposta e a sua mercê. Minha saliva desceu rasgando pela expectativa do que estava prestes a acontecer. Comecei a respirar ofegante quando ele deu dois passos a frente e estendeu uma de suas mãos em minha direção para que eu viesse a me levantar.Desorientada, acabei por pegar minha calcinha que estava em cima do sofá, que certamente toda vez que eu o olhasse, me lembraria do momento em que meu corpo foi envolvido por um prazer que jamais havia sentido antes. Aaron me puxou para junto dele
AARON BITENCOURTVOLTAR AO LUGAR ONDE PASSEI momentos inesquecíveis ao lado dos meus pais, trouxe-me uma sensação prazerosa e ver que ao contrário de Marina, que nunca fez questão de vir a este lugar, tanto a minha filha, como Alicia, estavam apreciando cada momento, deixou-me satisfeito por ter feito a escolha certa em trazê-las para cá. No entanto, ela estava despertando os meus instintos mais primitivos, me sentia como um animal faminto, que a todo custo queria devorar a sua presa, porém, estava cada vez mais difícil me controlar diante da tentação que estava tão próxima a mim. Quando a beijei momentos atrás, meu pau ficou tão duro, com as veias em volta dele latejando, que naquele momento tive que lutar para não perder a cabeça. Deixei o cômodo e ao entrar no banheiro, minhas mãos calejadas começaram a acariciar o meu pau. Toda essa abstinência está me levando à loucura, porém, mesmo que meu corpo anseie por estar junto do dela, e o desejo queime a minha pele, eu a quero por
AARON BITENCOURTMEUS OLHOS ESTREITARAM-SE ENQUANTO OBSERVAVA ALICIA, que parecia perdida em seus pensamentos ao ouvir as palavras ditas por mim segundos atrás. Jamais imaginei que algum dia, ao estar com outra mulher que não fosse aquela que amei desde o momento que a olhei pela primeira vez, fosse capaz de sentir tanto prazer. Algo que fez o meu coração bater desenfreado e totalmente diferente de tudo que havia sentido antes. Uma corrente de eletricidade passou por cada fibra do meu corpo assim que a cabeça grossa e dilatada do meu pau entrou em contato com a pequena entrada da sua boceta. Em meio ao desejo, a sua expressão logo mudou e o medo e a dor estavam visíveis em seu olhar. Sabia que Alicia, pelo seu comportamento, não era virgem, e, cogitei que tivesse sofrido uma grande decepção amorosa, a qual a deixou relutante em confiar que um homem de verdade jamais a trataria como um objeto de prazer, mas ao ver um rastro de sangue no meu membro, só confirmei que algum infeliz só
ALICIA SCOTT DURANTE ESSES TRÊS DIAS, nesse lugar, eu vivi momentos que serão inesquecíveis em minha vida, conheci ainda mais a outra face do homem que antes tinha o coração empedrado. Pude presenciar todo o seu cuidado para com sua filha, que ansiava por esse amor paterno e pela sua proteção. Em relação a nós dois, agora, conseguia entender aquelas descrições sobre o que era o amor que lia nos livros, um fogo que arde sem se ver, uma felicidade somente por saber que a pessoa amada está bem e quando estávamos nos amando, era como se os dois corações que batiam em sincronia, fossem um só. A divagação se foi e volto a minha realidade ao sentir mãos fortes segurando a minha cintura, em seguida, ele segura o meu rosto com uma das mãos e me fez olhar para ele, já que Melinda se encontrava acomodada em sua cadeira dentro do automóvel e estava dormindo. — Obrigada por ter me proporcionado conhecer esse lugar — digo com o coração apertado de tanta saudade. Ele me puxou ainda mais para perto
ALICIA SCOTTEMBORA ESTIVESSE SENTINDO COMO SE houvesse borboletas em meu estômago, ao ouvir as palavras proferidas por ele, eu estava temerosa e nervosa pelo que iria enfrentar. Sabia que Aaron não era homem de se incomodar com opiniões de terceiros quando queria algo, no entanto, a situação era bem diferente da sua antiga esposa. Eu entrei em sua vida num momento delicado e como a babá da sua filha, obviamente eu poderia muito bem criar diversas teorias a respeito do nosso relacionamento, embora o que realmente importava, era ter a certeza de que ele sabia que jamais me envolveria com alguém por interesse em bens materiais.De nada adiantou toda minha resistência, pois ele sempre estava um passo a minha frente e tendo uma aliada como Emília, que me fez entender que se eu realmente quisesse levar essa relação adiante precisava enfrentar qualquer obstáculo. Deixo as lembranças de lado e meu olhar fica fixo no espelho do closet, me deixando satisfeita com o resultado, embora leva