Marcelo estava furioso. Ele sempre esteve um passo à frente de todos, mas agora sentia o terreno começar a desmoronar sob seus pés. O pen drive com as informações que Clara entregara a Laura e Gabriel era uma ameaça real. Ele sabia que, se aquelas provas caíssem nas mãos certas, tudo que havia construído estaria acabado.Do outro lado da cidade, Laura e Gabriel trabalhavam freneticamente com Samuel para reunir o dossiê final. Eles estavam confiantes de que tinham tudo o que precisavam para incriminar Marcelo e acabar com sua rede de manipulação.— Samuel, isso realmente é suficiente para derrubá-lo? — perguntou Laura, enquanto analisava os documentos na tela do laptop.— Sim. — Samuel respondeu com firmeza. — Temos conexões diretas entre Marcelo e os contatos dele no sistema judicial. Também temos provas de que ele está por trás das tentativas de incriminá-los.Gabriel cruzou os braços, mas sua expressão ainda era cética.— E Clara? Podemos realmente confiar que ela não está jogando d
Marcelo segurava o charuto com firmeza, enquanto seus olhos analisavam atentamente a tela do computador. O golpe contra ele havia sido engenhoso, mas nada que pudesse derrubá-lo por completo. Ele sempre tivera um plano de contingência, e agora era o momento de colocá-lo em prática.— Elias, continue monitorando Laura, Gabriel e Samuel. Quero saber cada passo deles. — Sua voz era cortante, carregada de determinação.Do outro lado da linha, Elias confirmou:— Já tenho rastros das conexões deles. Mas parece que estão dividindo os dados em várias fontes para dificultar o acesso.Marcelo sorriu de forma calculada, apagando o charuto.— Não importa. Eles podem correr, mas não podem se esconder.Ele fechou o laptop e se levantou, ligando para um de seus contatos mais influentes.— Quero que tudo esteja pronto amanhã. Acione os contatos no sistema judicial. É hora de virar isso contra eles.Do outro lado, o contato hesitou por um momento antes de responder.— Tem certeza, Marcelo? Isso pode s
O brilho da tela refletia nos rostos de Laura, Gabriel e Samuel enquanto o alerta "Acesso negado. Rastreando invasores" permanecia fixo no monitor. O ar no pequeno escritório parecia pesado, sufocante, e o silêncio foi quebrado apenas pelo som de Samuel teclando freneticamente.— Ele sabia. Marcelo estava esperando por isso. — Samuel murmurou, a tensão evidente em sua voz.— O que isso significa? — Laura perguntou, sentindo o estômago revirar.— Significa que ele não só bloqueou nosso acesso, como está nos rastreando. Ele sabe que estamos tentando invadir.Gabriel cruzou os braços, seu semblante endurecendo.— Temos que sair daqui agora.Samuel levantou-se abruptamente, já começando a fechar o laptop e empilhar os documentos.— Não há tempo a perder. Marcelo provavelmente já acionou alguém para nos encontrar.Laura olhou ao redor, sentindo a adrenalina crescer.— E as provas? Temos algo que ainda possamos usar?Samuel fez uma pausa antes de responder, pegando um pen drive de seu bolso
O som abafado de passos ecoava pelo lado de fora do galpão. Laura, Gabriel e Samuel estavam escondidos atrás de uma pilha de caixas enferrujadas, os corações disparados e os ouvidos atentos. A voz calma, quase cruel, de Marcelo continuava ecoando do lado de fora.— Não precisam tornar isso mais difícil. Vamos resolver isso como pessoas civilizadas. Vocês querem provar alguma coisa? Provem para mim.Samuel segurava sua pequena arma com firmeza, os olhos analisando a única entrada principal do galpão.— Ele está tentando nos intimidar. — Samuel sussurrou.— Está funcionando. — Gabriel respondeu, com os dentes cerrados.Laura colocou a mão sobre o braço de Gabriel, tentando acalmá-lo.— Não podemos entrar no jogo dele. Marcelo quer que saiamos para termos menos vantagem.— E se não sairmos, ele vai invadir. — Samuel respondeu, ainda de olho na entrada. — Precisamos de um plano.— Já que estamos cercados, nossa única opção é criar uma distração e encontrar uma saída. — Laura disse, olhand
O motor do carro roncava em alta velocidade enquanto Laura, Gabriel e Samuel tentavam se afastar da confusão no galpão. O silêncio pesado dentro do veículo era quebrado apenas pela respiração ofegante de cada um, ainda abalados com o confronto. Laura olhava para trás, temendo que a qualquer momento Marcelo e seus homens pudessem surgir no horizonte.— Você acha que conseguimos despistá-los? — perguntou Gabriel, a tensão evidente em sua voz.— Por enquanto, sim. — Samuel respondeu, sem tirar os olhos da estrada. — Este carro não está rastreado, e estamos usando uma rota que eles não conhecem. Mas isso não significa que estamos seguros.Laura olhou para o pen drive que Samuel segurava como se fosse a única coisa que os mantinha vivos.— Temos provas suficientes para derrubá-lo? — ela perguntou, a preocupação marcando cada palavra.— Sim, mas precisamos agir rápido. Marcelo não vai ficar parado enquanto tentamos expô-lo. — Samuel disse.Gabriel cruzou os braços, seu olhar fixo no horizon
A floresta parecia mais densa e escura conforme Laura e Gabriel corriam por entre as árvores. O som das folhas secas sob seus pés era abafado pelo coração acelerado de ambos. Atrás deles, os faróis dos veículos de Marcelo iluminavam partes da mata, varrendo o terreno como olhos atentos em busca de sua presa.— Precisamos encontrar um esconderijo! — Gabriel sussurrou, puxando Laura para trás de um tronco caído.— Samuel... — Laura murmurou, ainda relutante em deixá-lo para trás.— Ele sabia o que estava fazendo. — Gabriel respondeu, segurando sua mão com firmeza. — Precisamos seguir em frente, ou tudo terá sido em vão.Laura fechou os olhos por um breve momento, lutando contra o peso da culpa, antes de assentir.— Tudo bem. Mas precisamos de um plano.Os sons de vozes se aproximavam. Os homens de Marcelo estavam vasculhando a área, atentos a qualquer movimento. Laura olhou ao redor, buscando algo que pudessem usar a seu favor. Foi quando notou uma pequena trilha descendo a encosta íngr
A noite estava mais fria do que nunca quando Laura e Gabriel chegaram à margem da estrada. A escuridão da floresta os havia engolido, mas agora, ao olhar para o horizonte, podiam ver as luzes de um carro se aproximando. O coração de Laura acelerou. Sabiam que estavam prestes a chegar a um limite, que Marcelo estava cada vez mais perto.— Se conseguimos pegar um carro, podemos ganhar um pouco mais de tempo. — Gabriel disse, sua respiração ainda pesada pela corrida.Laura olhou para ele, os olhos fixos na estrada.— Temos que ser rápidos. Não podemos nos arriscar. Se ele souber onde estamos...Ela não conseguiu terminar a frase, pois o som de um motor roncando se aproximava mais. A adrenalina subiu em seus corpos.— Está vindo! — Gabriel sussurrou.A sombra de um carro apareceu na estrada à frente. Laura e Gabriel se abaixaram rapidamente, tentando se esconder entre os arbustos. O veículo passou lentamente, sem perceber nada, mas ambos sabiam que isso não os manteria a salvo por muito t
A voz de Marcelo ecoava na mente de Laura enquanto ela e Gabriel caminhavam pela estrada deserta. O telefone ainda tremia em sua mão, a mensagem dele clara como um golpe certeiro.— Eu sei onde vocês estão.Ela desligou imediatamente, sentindo um arrepio percorrer sua espinha. Olhou para Gabriel, que já estava atento à sua expressão preocupada.— Ele sabe? — Gabriel perguntou, a voz carregada de tensão.— Sim. — Laura confirmou, tentando manter a calma. — Mas não sabemos como ele sabe.Gabriel olhou ao redor, analisando a estrada mal iluminada e o silêncio cortante da noite.— Precisamos nos mover mais rápido. Ele não nos daria esse aviso se já estivesse aqui.Laura respirou fundo, reunindo seus pensamentos. Precisavam agir estrategicamente. Se Marcelo sabia onde estavam, era apenas uma questão de tempo até que ele chegasse com seus homens.— O dono do bar disse que essa estrada leva a um caminho menos conhecido. Se conseguirmos um carro ou algum transporte, talvez possamos despistá-l