Os silêncios carregam mistérios

David

Sentar à mesa com minha família é um ritual que jamais deixamos de lado, por mais atarefada que seja a rotina. Não é apenas um almoço, é o momento em que a máscara de empresários e mafiosos cai, mesmo que só por uma hora. Aqui, dentro das paredes da mansão Lambertini, somos apenas uma família. Ou algo que se aproxima disso.

Mamãe, Liana, está à cabeceira da mesa, como sempre, equilibrando a figura de esposa submissa e matriarca imponente. Quem a vê fora daqui, respondendo apenas quando papai, Don Vittorio, lhe dirige a palavra, um passo atrás dele, jamais imaginaria o furacão que ela se torna dentro de casa. Mas aqui, no nosso mundo particular, ela é quem dita as regras. E ninguém ousa contrariá-la.

À mesa, as gêmeas, Alice e Alícia, estão em um duelo silencioso para ver quem consegue fazer menos barulho com os talheres. Darlan, meu irmão, está ao meu lado, atento ao que será discutido depois. Papai, à outra cabeceira, saboreia cada garfada como se tivesse todo o tempo do mundo
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