A dúvida permanece

Lizandra

O cheiro do café fresco se mistura ao som das vozes na mesa, mas minha mente está longe dali. Meus dedos deslizam preguiçosamente sobre a borda da xícara, enquanto minha cabeça lateja com a confusão que me assombra nos últimos dias. Não sei se é o cansaço da gravidez ou o peso de tudo o que tenho vivido, mas sinto como se estivesse caminhando em uma corda bamba prestes a arrebentar. E então, a porta se abre com um estrondo, arrancando-me dos meus devaneios.

— Que absurdo! — resmunga Daniel, jogando a mochila sobre uma cadeira. — Como é que eu esqueço que dei folga para a cozinheira? Não tem nada pronto para o café na minha casa!

Meu pai solta uma gargalhada, batendo na mesa.

— Então senta aí, rapaz. Se serve! Ou acha que vamos te deixar morrer de fome?

Daniel revira os olhos, mas logo se senta, servindo-se de café e algumas torradas. Minha mãe, sempre preocupada, passa manteiga em um pão e empurra o prato para ele. Conversamos trivialidades, o que é um alívio. Nada sobre Davi
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