Dominic Castellano.Olhei pelo retrovisor e lá estava ele, parado na entrada da mansão, os olhos fixos no carro enquanto nos afastávamos. A expressão carregava hesitação, confusão e um toque de vazio que ele ainda não compreendia. Mas eu entendia. Entendia perfeitamente.Inclinei a cabeça para trás, e uma gargalhada cruel e carregada de satisfação escapou dos meus lábios. Levei a mão ao rosto, tentando conter o riso que insistia em sair, mas era impossível. Estava perfeito. Tudo seguia exatamente como planejei. Minha mente repetia a cena dele perguntando, com a voz vacilante e quase desesperada: “Fiz alguma coisa errada?”Ah, aquilo foi um deleite inesperado. Não imaginei que demonstraria tão cedo essa dependência emocional que venho cultivando. Mas ali estava ela, exposta, vulnerável, como uma ferida aberta esperando ser tocada.Joguei a cabeça para o lado, rindo suavemente enquanto o carro acelerava pela estrada. Meu teatrinho de bom samaritano realmente mexeu com você, não foi? Por
Robert Bennett,Sábado.Ninguém pregou os olhos. O quarto de hotel se tornou um inferno sufocante, onde apenas os soluços abafados de Helena quebravam o silêncio opressor. Desde que saímos da lanchonete, ela não parou de chorar. E a cada lágrima, sentia o peso esmagador do meu próprio fracasso.Ver meu filho daquele jeito foi aterrorizante. Não havia apenas raiva em seus olhos, mas uma mágoa profunda, uma ferida aberta que eu mesmo causei. E o pior? Ele não quer nos perdoar. Deixou isso claro.Sentei na beirada da cama, esfregando o rosto cansado. Helena se encolhia junto à janela, os olhos vermelhos, e, do outro lado da parede, o som ritmado dos passos de Douglas denunciava sua inquietação. Mas o desespero dele não chegava perto do meu. Eu sou o pai. Deveria ter feito melhor. Agora, tudo o que vejo é o resultado das minhas falhas refletido no rosto do meu próprio filho.— Vamos comer alguma coisa. — Minha voz saiu rouca, desgastada. — Precisamos nos manter firmes se quisermos tentar
CENAS EXPLÍCITAS DE TORTURA.Robert Bennett.Deu um passo à frente, ajustando as luvas de couro com uma calma perturbadora.— Ontem, meu bebê veio correndo para mim. Chorando. — A voz, antes envolvente, caiu para um tom gélido, impiedoso. — Me contou o que vocês fizeram. — O olhar cortante desviou primeiro para Helena e Douglas, antes de se fixar em mim. — A traição de vocês dois… e o que você fez, Robert. — Meu nome escorreu de sua boca como veneno. — O pai que deveria protegê-lo, mas só soube destruir.Minha garganta secou. O peito se apertou com tanta força que minha respiração saiu falha.— Ele só queria agradá-los. — O tom se tornou um sussurro sombrio. — Passava noites sem dormir, estudando até os olhos queimarem, buscando um mísero “estou orgulhoso de você”. Mas o que recebeu? — Inclinou a cabeça levemente, como se saboreasse cada palavra. — Tapas, insultos, desprezo. Meu bebê chorou nos meus braços enquanto me contava tudo isso… chorou até não ter mais lágrimas.O silêncio na
CENAS EXPLÍCITAS DE TORTURA.Dominic Castellano. O cheiro metálico de sangue impregnava o ar, uma sinfonia silenciosa que preenchia cada canto da câmara de tortura. Passei os dedos pelas luvas manchadas de vermelho enquanto admirava o corpo inerte da puta da Helena ao meu lado. Sua cabeça, esmagada contra o chão, era uma obra-prima brutal que esculpi com as próprias mãos. Um sorriso satisfeito surgiu nos meus lábios. Cada gota de sangue derramada era o pagamento pelo sofrimento do meu Sojung.Agora era a vez do próximo.Girei lentamente nos calcanhares, caminhando até Douglas. O suor escorria por sua testa, o rosto lívido, as correntes se agitavam conforme ele se debatia inutilmente. Seus olhos, arregalados de puro terror, imploravam por uma misericórdia que jamais viria.— P-Por favor… não me mate! — A voz embargada mal saía de seus lábios trêmulos. — Não foi só culpa minha! Foi ela! Ela que me seduziu! Eu era jovem! Não sabia o que estava fazendo! — As palavras saíam apressadas, um
Dominic Castellano.Os soluços abafados do garoto preenchiam o cômodo, cortando o silêncio como navalhas invisíveis. Por um breve instante, uma lembrança distante tentou emergir, eu, naquela mesma idade, vulnerável, sem entender por que havia sido descartado. Mas expulsei o pensamento no mesmo segundo.Fraqueza não tinha lugar aqui. Porque não sou mais aquele garoto.Fechei a porta atrás de mim e sorri ao ouvir o choro contido da criança. O som doce da vulnerabilidade.— Olá, família Kim. — Minha voz saiu tranquila, mas carregada de malícia. As palavras deslizaram na minha língua materna, o coreano. Caminhei devagar, absorvendo cada segundo da tensão que impregnava o ar. Peguei uma cadeira encostada no canto e a arrastei pelo chão. O metal raspando no piso fez o menino soluçar ainda mais.— Shhh. — Murmurei, como se acalmasse um bebê. — Ainda não há motivo para chorar.Sentei-me, cruzando as pernas, o sorriso brincando nos lábios. O terror refletido em seus rostos era quase palpável.
Dominic Castellano.A fumaça do cigarro se dissipava no ar noturno, mas o ódio ardia dentro de mim como um incêndio impossível de ser contido. A lembrança dos olhos desesperados dos meus pais, implorando pela vida do filho caçula, fazia minha mandíbula se contrair e minhas mãos formigarem de raiva.Misericórdia? Não tiveram por mim. Não quando me venderam como um pedaço de carne descartável.O carro desacelerou suavemente na entrada da mansão. Sérgio saiu rapidamente e abriu a porta. Dei uma última tragada, sentindo a nicotina deslizar por minha garganta como um veneno viciante. Joguei o cigarro no chão e o esmaguei com a ponta do sapato, sem desviar o olhar.— E o meu Sojung? — Minha voz saiu tranquila, mas a intensidade oculta nela fez Sérgio se endireitar automaticamente, como um soldado recebendo ordens.— Ele não saiu do apartamento, meu senhor. — A resposta veio precisa, do jeito que deveria ser.Sorri de lado, satisfeito.— Excelente. — Murmurei, passando por ele e caminhando p
Dominic Castellano.CENAS EXPLÍCITAS DE TORTURA.Um sorriso se formou em meus lábios quando meus dedos deslizaram pelo chicote de couro trançado, as pontas metálicas refletindo a luz fraca do porão. O toque do material era quente, quase pulsante, como se aguardasse ansiosamente pelo próximo ato de violência.Minhas pupilas deslizaram lentamente para os dois corpos pendurados, vulneráveis como carne fresca oferecida a um predador faminto.Minha mãe tremia incontrolavelmente, os soluços transformando-se em espasmos. Meu pai ainda tentava manter a fachada de bravura, mas os olhos entregavam o terror absoluto que o consumia.— Vamos começar por você, mamãe. — Minha voz saiu calma, quase gentil.Sacudiu a cabeça freneticamente.— Não, por favor! Eu imploro! Sou sua mãe! Não faça isso! — Os gritos saíram como um lamento desesperado.Ri baixinho. Um som frio, sem alma.— Mãe? — Inclinei-me, aproximando-me de seu rosto. — Você abandonou esse título no momento em que me trocou por um punhado d
Asher Bennett.Uma semana depois.Uma semana. Sete dias sem ver seu rosto, sem sentir seu toque, sem ouvir aquela voz profunda que fazia minha pele arrepiar. No primeiro dia, me convenci de que seria fácil. Disse a mim mesmo que esperar uma mensagem dele não seria o fim do mundo.Mas, no terceiro dia, tudo desmoronou.Me vi checando o celular a cada cinco minutos. Cada vez que a tela acendia, meu coração saltava no peito, apenas para afundar em frustração ao perceber que não era ele. E, quando chegava a noite, os sonhos vinham com força. Sempre sobre ele. Taehyung me beijando, suas mãos me tocando com fome, seu corpo pressionando o meu. O pior de tudo? Sempre acordava nas melhores partes, suado, ofegante, tomado por uma frustração tão intensa que não tinha escolha a não ser me aliviar sozinho.Sim, me toquei pensando nele. Várias vezes. No começo, me senti envergonhado, mas depois de algumas noites, simplesmente aceitei. Mentir para mim mesmo não adiantava. Eu o queria. Sentia desejo