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᪥. City of silence

Tiago pv...

Tudo parece que tem um bom aspecto mas simplesmente me recuso a comer.

Não parava de olhar para as azeitonas até a minha barriga roncar.

— Só faltava essa.— Peguei em uma das azeitonas e pus na boca.

Uns minutos depois eu estava satisfeito. Essa seria a primeira refeição que eu como desde algum tempo. Quando eu terminei de comer o Chase estava bem na minha trás.

— Mas porquê que não comeu antes?— Perguntou indignado.

— Porque eu pensei que talvez você colocou um veneno ou coisa do género na comida. Eu não quero morrer ainda.

Chase começou a rir que nem um palhaço.

— Se eu realmente quisesse te matar eu já teria feito isso há bastante tempo. — Sussurrou em meu ouvido me deixando arrepiado.

A voz grossa e rouca do Chase é uma das poucas qualidades que ele tem. Ainda estou sem acreditar que ele é um assassino em série.

— Vamos dormir?— Estendeu a sua mão para mim.

—Eu não durmo com homens...— Olhei para ele sério.

— Apenas pense que eu sou a puta da sua namoradinha Mia.— Falou rindo de mim novamente.

É mentira — Levantou as mãos. Você dorme no meu quarto e eu na sala de estar okay? Já arrumei os lençóis e fiz a cama para ti.— Piscou o olho direito

Depois de eu ter concordado com o plano do Chase o mesmo me acompanhou para o seu quarto. Sendo sincero eu não sabia que ele morava assim nestas condições.

Lençóis brancos,uma cama normal,paredes limpas sem nenhuma escrita. Começo a pensar que isso tudo é um sonho no qual eu preciso despertar.

Me joguei na cama sem pensar duas vezes e adormeci.

No dia seguinte...

Ainda continuo deitado mesmo depois de ter ouvido um galo na minha orelha, a noite de ontem foi tão boa que já não me lembrava de como é dormir assim.

Esfreguei os meus olhos e levantei da cama indo diretamente a casa de banho.

Dentro dela..

Normalmente quando eu vejo um espelho não consigo parar de me observar nele.

— Endereito o meu cabelo aqui e ali que tá tudo bem– Falei enquanto mexia no cabelo e endereitava os cachos.

Parei de mexer no cabelo e comecei a lavar a cara,olhei para atrás e notei que há uma escova e uma pasta de dentes.

Pego nelas e começo a fazer as minhas higienes pessoais depois disso vou para a sala de estar.

Fiquei preocupado após ver que não há ninguém na sala. Sentei no sofá tentando compreender as coisas quando ouvi a voz do Chase do outro lado da cozinha.

— Bom dia!!!!— Falou feliz.

Hoje eu estou de bom humor por isso vem comer Tiago. Eu fiz uma tarte de mirtilos e maçã, pois eu sei que você odeia nozes e uvas.— Chase chegou até mim e voltou a me olhar com um sorriso nos lábios.

Que tipo de axila ele comeu que não para de rir?

Durante o pequeno almoço.

— Coma mais menino— O rapaz tentava colocar mais comida na minha boca.

— Eu já comi o suficiente — Encostei o prato.

Você me deu frutas, leite,bolinhos,bolo, ovos etc etc. Eu vou explodir desse jeito. — Olhei para ele sério.

Chase não tirou os olhos de mim nem sequer um minuto.

—Toda a vez que você me olha eu fico constrangido. Essa sua cara de filho do satanás me deixa mal, me faz mal eu simplesmente não consigo— Os meus olhares em direção a ele cheios de repugnância.

—Olha só que sincero eu estou triste, tão mal que vou chorar agora.— Elevou o garfo de frutas vermelhas até a sua boca.

– Mas enfim porquê que me trouxe aqui na sua casa? E outra porquê que disse naquele médico que eu sou seu parceiro?

– Mas essa coisa de parceiro não fui eu quem disse. Pelo que eu me lembro não fui eu quem escrevi uma carta enquanto que estavamos no primeiro ano do ensino médio pedindo para ser amigo do rapaz da mochila azul.— Chase voltou a dirigir os seus olhos até mim.

De alguma forma seus olhares me deixam envergonhado e vermelho que nem um tomate. Tenho a certeza de que ele deve estar a rir de mim no sigilo.

—Nós éramos vizinhos,bem dizer eu era vizinho da sua casa mortuária e eu te via sempre com aquela mochila. Tudo o que eu queria era uma para mim daquele jeito.

— Era só pedir que eu tiraria de uma loja de acessórios.— Ergueu os ombros e levantou da cadeira.

— Espera você roubou aquela mochila?– Levantei da mesa também.

Acenou.E eu fiquei confuso. Como assim o Chase não é aquele menino rico que eu pensava que ele é?

— Eu vou sair querido. Tenho uns assuntos para resolver. — Beijou a minha bochecha. Se cuide.

Colocou uma mochila laranja nas costas e saiu de casa. Para onde eu não sei. Só espero que não arranje problemas.

Com o Chase...

Eu estava de frente a um amigo que eu jurei prestar contas.

— Eu sinto muito e lamento pouco.

Peguei no canivete que estava no bolso da minha calça e o acertei várias vezes no coração.

As minhas mãos ficavam cheias de sangue e o meu rosto também fazer um trabalho desses em plena manhã é complicado. Felizmente há um lago aqui perto em que posso despejar os restos.

—Que a sua alma não descanse em paz.– Arranquei os seus olhos com o canivete e coloquei para lá.

Abri o corpo do polícia que se implicou comigo ao meio e peguei no machado para cortar aquela cabeça de água.

Cortei a cabeça,os pés e as mãos e coloquei eles em sacos pretos de lixo diferentes.

Os olhos... Vou guardar eles como lembrança.

Falei aquilo enquanto carrega os sacos para os despejar no lago.

Ao colocar os restos para flutuar no rio um velho gritava comigo do outro lado.

—Ei!! Moço! Você não sabe que é proibido deitar lixo aqui?

—Se fosse proibido quem estaria aqui é o senhor e não estes sacos de lixo.—Mostrei o dedo do meio e comecei a rir.

—Jovens...— Pegou na arma e apontou para mim a distância.

—Isso nem tem balas.—Continuei a zombar da sua cara quando o mesmo acertou em mim.

O tiro foi para o meu ombro direito e o meu braço começou a ficar dormente. Fui perdendo o sentido da fala quando caí no chão.

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