Teófilo perseguia incansavelmente, mesmo com a noite caindo, sem mostrar nenhum sinal de cansaço. A ideia de capturar aquele criminoso e finalmente viver uma vida feliz com Patrícia o impulsionava a chegar rapidamente à Rua das Estrelas. O carro corria pela escuridão da noite, e na Rua das Estrelas, dezenas de veículos e centenas de pessoas já cercavam completamente a mansão. Teófilo desceu do carro apressadamente e correu em direção ao local. O vento salgado do mar se misturava ao cheiro de vegetação e sangue, desafiando Teófilo. Pessoas estavam por toda parte.- Como estão as coisas? - Perguntou Teófilo ansiosamente.Fernando apareceu em meio a multidão, dizendo:- Presidente Teófilo, o suspeito ficou ferido e pulou no mar numa situação de emergência. Lucas já está com uma equipe em perseguição.Teófilo franziu a testa, surpreso que, mesmo tão bem preparados, algo inesperado acontecesse.- Me leve até lá.O destino realmente dá voltas, na última vez foi Patrícia que, sem saída, pu
Agatha escolheu para Patrícia um vestido longo e nem modelado em seu corpo. Diferentemente do verde escuro que ela mesma usava, escolheu um branco, adornado com pérolas brancas e a pulseira da nora da família Amaral, exalando uma aura de nobreza.Valéria, que pela primeira vez participava de um jantar da família Amaral como anfitriã, estava admirada como se fosse uma porta-voz de joias, parecendo temer que alguém pudesse ignorar a riqueza de sua família. Quase desejava ter mais braços para poder mostrar suas joias e exibir sua riqueza.A família Amaral ainda não tinha anunciado oficialmente a notícia, mas ela já circulava pelos círculos sociais.Agatha, que foi legitimamente trazida para o casamento, agora permanecia na Mansão dos Amaral para se recuperar. Agora que Ricardo estava mais velho, ela ainda se preocupava com seu filho. Afinal, Valéria acabou se tornando a anfitriã, não é verdade?Agatha, que foi legitimamente trazida para o casamento, como isso importa agora, após tantos
Parecia que o tempo havia parado naquele momento, realmente, existia alguém tão deslumbrante?Uma como a flor da primavera, a outra como a lua de outono.Felipe apertava os dedos em torno do copo de vinho, se sentindo como se estivesse em um sonho. Ele começava a questionar a si mesmo: essa ainda era a Agatha que ele conhecia?Flashes de memórias da Agatha quebrando coisas, gritando exaustivamente em meio a ruínas, implorando chorosamente para que ele não fosse embora, além das cenas em que ela insultava arrogantemente Valéria, surgiam em sua mente.Agora, ela exibia uma expressão fria e altiva, como uma deusa, varrendo o olhar por toda a sala, sem deixar seus olhos pousarem nem por um instante em seu rosto.Parecia que ele e ela haviam se tornado estranhos, e seu olhar era de desconhecimento.Félix, por outro lado, observava Patricia quase obsessivamente. Ele já sabia que essa mulher era linda, mas não esperava que ela, vestida com um elegante vestido justo e de tecido simples mas sof
Era Félix novamente. Patrícia levantou a cabeça e o encarou friamente:- O que você quer?O homem estava vestido com um terno completamente branco hoje, e sua boa forma física fazia dele, aos olhos dos outros, um cavalheiro de fino trato. Somente Patrícia conhecia a maldade escondida por trás daquela fachada.- Por que tão fria comigo, Patrícia? Estou apenas preocupado com você.- Já te disse que se você falar com arrogância novamente, acredite ou não, vou quebrar sua mandíbula?Félix, instintivamente, tocou seu próprio pulso:- Patrícia parece distante, mas seu temperamento é bastante forte, o que me deixa curioso sobre uma coisa, você é tão contraditória na cama quanto é aqui?Assim que ele terminou de falar, Patrícia jogou a água morna do copo em seu rosto.Embora o gesto dela não fosse muito brusco, eles estavam no centro das atenções, constantemente observados por todos.Imediatamente após o incidente, atraiu a atenção de todos, e Valéria, com o rosto pálido, se apressou em se apr
Patrícia estava tão incomodada com a dor que mal conseguia falar. Agatha, que inicialmente queria apenas observar o desenrolar dos acontecimentos, ficou surpresa ao ver mãe e filho agindo de forma tão precipitada. Parecia que eles queriam aproveitar essa oportunidade para encontrar um pretexto para que Ricardo expulsasse Patrícia e os demais.- Você gosta tanto dessa frase, quer que a gravem na sua lápide quando morrer?Felipe olhou para Agatha descontente:- Não é da sua conta, fique quieta.Agatha, se colocando diante de Patrícia, desafiou Felipe com fervor:- Por que eu deveria ficar quieta?A reação deixou Felipe atordoado, Valéria igualmente, e todos os presentes surpresos. Somente Ricardo parecia desconfortável, tossindo suavemente algumas vezes:- Agatha, mantenha a postura. Se lembre de Clara, que era menos temperamental. Cuidado para que ela não saia do túmulo esta noite para te repreender.No passado, quando Agatha se irritava, ela também repreendia Valéria. Desde criança m
Valéria chorava descontroladamente:- Marido, eu pensei que vocês já estivessem divorciados. Cuidei do nosso filho, tratei da casa, sempre acreditando que um dia Ricardo reconheceria meu verdadeiro amor. Mas, depois de tantos anos, ainda somos estranhos. Vamos embora, não há espaço para nós aqui.Enquanto isso, mesmo sem Agatha ter dito nada, Felipe já estava enfurecido por Valéria, e dizia enquanto ajudava Félix a se levantar:- Por que vocês iriam embora? Se alguém deve ir, são elas!Ele se arrependeu dessas palavras assim que as disse, sabendo que Agatha tinha tido uma vida difícil nesses anos e que ele não tinha a intenção de mandá-la embora. Até considerou permitir que Agatha ficasse na Mansão dos Amaral para envelhecer, se ela quisesse.Mas a raiva o dominou antes que percebesse o que estava dizendo. Palavras cruéis, uma vez ditas, são como uma faca afiada perfurando o coração de alguém, e mesmo ao serem retiradas, causam uma dor excruciante.Acostumado a seguir em frente mesmo
Ao ouvir que Teófilo não estava mais entre eles, até o tagarela Felipe ficou em choque:- O que você disse?- Pai, Teófilo foi pego em uma explosão e até agora não sabemos onde ele está. É muito provável que ele tenha morrido. - Disse Félix, com a voz mais suave possível, mas as palavras eram cortantes.Todos presentes arregalaram os olhos, pois embora o Sr. Teófilo tivesse passado muitos anos desenvolvendo seu trabalho no País da Serenidade Azul, sua posição e status eram indiscutíveis. Se ele estivesse morto, toda a herança e os direitos sucessórios iriam para Félix. Não é à toa que Ricardo havia consentido no retorno de Valéria e seu filho, então, era esse o motivo.Felipe tinha ouvido algumas coisas nesses dias e sempre pensou que eram apenas rumores inventados por pessoas mal-intencionadas. Como poderia Teófilo morrer assim, de repente?Quando as palavras saíram da boca de Félix, Felipe começou a se sentir inquieto:- Sem evidência concreta, como você pode afirmar que ele está m
- Pai, ainda tem muita gente aqui, não faça um escândalo para não sermos ridicularizados.Félix também interveio prontamente:- Vovô, já que você me despreza tanto, minha mãe e eu não vamos mais incomodar aqui. Só espero que você não se arrependa no futuro. Mãe, vamos embora.Essas palavras claramente continham uma ameaça.Felipe segurou as mãos dos dois:- Hoje, comigo aqui, não vou deixar vocês partirem. Pai, tudo começou por causa dela, é tão difícil ela se desculpar?- Acho que quem deveria se desculpar não é ela, mas seu filho. - Uma voz suave soou da multidão.Patrícia, reconhecendo a voz, se virou e viu Roberto, a quem ela tinha encontrado uma vez no aeroporto.A garota ao lado dele segurava sua mão, aparentemente relutante em vê-lo se envolver nos assuntos da família Amaral.Roberto, desafiador e calmo, se aproximou. Como médico, sua principal preocupação era Patrícia:- Você está bem?Desde aquele inverno, quase dois anos se passaram desde a última vez que se viram.Ele não ti