Ao acordar, Patrícia percebeu que Teófilo já havia deixado a mansão e notou a presença de novos seguranças. Ao tentar pedir um carro para ir até Simão, Fernando a interrompeu: - Senhora, o Sr. Teófilo instruiu que a partir de agora até o parto você evite sair da mansão. - Mas...- O Sr. Teófilo e
Em um instante, toda a equipe médica se reuniu. - Senhora, vamos iniciar o tratamento de emergência de imediato. Por favor, saia por enquanto. - Disse a equipe médica.Suzana, conduzindo a atônita Patrícia para fora. Observando o rosto preocupado de Patrícia, Suzana tentou acalmar ela, dizendo: -
Patrícia, que estava saboreando sua sopa, se virou para Suzana quando estava encerrando a ligação, perguntando: - Aconteceu algo na sua casa?- Meu irmão teve a perna quebrada quando voltava para casa. Patrícia, eu...Sem esperar que Suzana terminasse, Patrícia a interrompeu: - Tire dois dias de f
- Senhora. - Fernando se sentia injustiçado. - Não é que eu não tenha tentado conquistar ela. É que ela só tem olhos e coração para aquele cara. Como ela poderia notar alguém mais?Patrícia refletiu, compreendendo. Afinal, nos tempos em que ela estava apaixonada por Teófilo, inúmeras pessoas a corte
Fernando guardou o celular, intrigado com a pergunta repentina de Patrícia. Ela havia descoberto algo?Ele decidiu ir pessoalmente à sala de monitoramento. A mansão estava localizada em uma colina, com câmeras instaladas ao longo do caminho. Se algum veículo se aproximasse, seria detectado na base da montanha e monitorado em tempo real. O local era isolado e abrigava uma mansão luxuosa, afastando a maioria das pessoas comuns. Raramente alguns alpinistas se aventuravam até lá, e quando isso acontecia, eles eram persuadidos a retornar antes de chegarem ao destino.Sempre foram eles mesmos que transportavam os suprimentos, sem a presença de estranhos. Depois de um tempo observando, Fernando não encontrou nada suspeito. Seu olhar se dirigiu para a parte inferior da tela, onde notou que algumas câmeras estavam fora do ar.Essas câmeras estavam posicionadas na beira do penhasco. A área era íngreme e, com o nível da água subindo nos últimos dias, combinado com as fortes ondas e chuvas
Patrícia estava debaixo das cobertas, perturbada pelo som dos trovões lá fora. Ela pressionava as mãos contra os ouvidos, tentando desesperadamente dormir. Quanto mais inquieta se tornava, mais difícil era adormecer, e uma sensação gelada percorria suas costas.Em sua mente, uma voz insistente parecia a alertava: - Fuja, fuja!“Fugir? Para onde? E por que deveria fugir?” Ela já havia ligado para Fernando, e a mansão estava protegida por guardas que patrulhavam o local 24 horas por dia. Se houvesse algum problema, eles o teriam detectado imediatamente.Patrícia balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos. Se sentia um tanto ridícula por começar a ouvir coisas inexistentes. Após um bom tempo se revirando na cama sem conseguir adormecer, ela pegou a arma que Marcos havia deixado para ela há seis meses. Talvez isso pudesse afastar o medo.Os dois bebês em sua barriga pareciam finalmente ter se acalmado após toda a agitação. Os trovões e o som das ondas quebrando nas roch
Alguém estava vindo atrás delas. Embora estivesse vestido com uma roupa impermeável e usasse óculos de proteção, Patrícia reconheceu imediatamente o queixo exposto.Era Antônio!Naquele momento, ela desejava perguntar a ele por que ele estava fazendo isso, quem ele realmente era. Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Antônio levantou a arma, apontando diretamente para Patrícia. Não houve palavras, nem sinais de hesitação, ele estava claramente ali para a matar.Antônio agora parecia um ceifeiro saído do inferno, sem nenhum traço da pessoa que Patrícia conhecia. A chuva encharcava seu corpo, escorrendo pela roupa impermeável e molhando o luxuoso tapete de lã do corredor.No momento em que ele apertou o gatilho, Suzana, sem pensar duas vezes, se colocou na frente de Patrícia. A bala perfurou a carne, e Patrícia ouviu um gemido abafado.Os olhos de Patrícia se arregalaram ao ver o sangue jorrar do corpo de Suzana. Um segundo depois, o corpo dela começou a cair lentamente no ch
O choro de Patrícia ressoiu por toda a mansão. Fernando, que acabava de neutralizar o homem que saiu do quarto de Patrícia, estava atrasado. Ao ver o sangue jorrando do peito de Suzana, sentiu como se seu próprio coração estivesse paralisado. No entanto, como profissional treinado, sabia que não poderia hesitar, tinha uma missão a cumprir.Ao perceber que Antônio não estava ferido, graças ao colete à prova de balas, Fernando se atirou sobre ele, iniciando um confronto físico.Patrícia largou a arma, com a mente totalmente perturbada, enxergando apenas um oceano de sangue à sua frente. O corpo de Suzana jazia ao lado dela, e o sangue não parava de encharcar a pulseira em seu pulso. O delicado pingente em forma de cabeça de rato, que Patrícia tanto admirava, agora estava ensopado de sangue, acompanhando Suzana em sua derradeira viagem.Patrícia se ajoelhou ao chão, as lágrimas correndo incessantemente. Tentou desesperadamente estancar o sangue, mas era inútil, o líquido continuava