Para minha grande felicidade, todas as pessoas que só ficavam perto de mim por interesse, saíram do colégio, agora sou eu e meus livros. Claro que iria aparecer pessoas interesseiras, convenhamos sempre tem, em todos os lugares, então para mim pouco importava de verdade.
Nunca fui aquele tipo de aluna que chamava atenção, por ser gordinha, mas era bonita, simples, eu me vestia o melhor possível, isso se era possível ir bonita para um colégio. Mas eu tentava, se dava certo não sei dizer. Tinha muitos colegas principalmente homens, deve ser porque eu nunca tinha paciência com os papos das meninas, essa minha rodinha de amigos homens, todos, bom pelo menos a maioria gostava de ler. E tinha também a Ângela, ela gostava de ler, então era duas meninas e 5 meninos falando sobre livros. Mas, no decorrer do ano passado, firmei uma amizade muito bonita com um rapaz, mas quero só amizade mesmo, não estou interessada em namoro, não mesmo.
Minha prioridade esse ano é arruma um emprego, o resto que vier será um bom lucro. Augustos, o Gus, era um amigo das antigas, ele estudou no colégio comigo, não na mesma turma, eu era do primeiro ano e ele do terceiro, mas como íamos embora no mesmo ônibus firmamos uma boa amizade, ele estava namorando, eu e a namorada dele nunca demos muito certo, ela insiste em falar que tem algo entre a gente, eu fico rindo do quanto isso é ridículo, eu tenho aquele pensamento lindo que pode haver sim, amizade, só amizade entre homem e mulher, mas ela não.
Estava rolando uma aula de física, e eu não sou muito de exatas, me jogo nas aulas de geografia, história, filosofia e sociologia, e lógico que não podia faltar a aula de português, a minha preferida, mas física, não rolava comigo. Foi quando senti meu celular vibrar no meu bolso, todos meus amigos sabiam que eu estava em aula, então deveria ser uma coisa urgente.
Pedi para o professor para sair da sala, mas o professor de 60 anos ou mais, disse um grande NÃO. Sentei na minha mesa e dei um jeitinho de olhar quem era. Era o Gus, já fiquei assustada por que ele não era do tipo que manda mensagem no meio da minha aula, então, pensei ser algo sério. Consegui ler, mas demorei um pouco para responder, certeza que ele entenderá, era o mínimo que ele faz, esperar eu responder.
“Oi Clara, quanto tempo, eu estava ouvindo as músicas que ouvíamos no ônibus, deu muita saudade de você viu? Queria poder te ver, mas você conhece o ciúme da Laís né? Às vezes me dá vontade de te dar uns beijos só para provocar ela, der verdade viu, mas sei que não pode.”
Juro que soltei um riso, ele era até bonito, mas não é do tipo meu… prefiro deixar apenas na amizade, e não misturar as coisas.
“Você é muito engraçado, sabia? Acreditei ser algo importante, me mandando mensagens no meio da aula? Gus, eu acreditei ser algo urgente cara. Eu também sinto sua falta e muito, quem mandou começa a namorar, ainda mais com ela, você sabia desde o início ela não gosta de mim.”
O professor passou pertinho de mim, quase pega eu com o celular na mão, dei sorte, deixei o celular na bolsinha de lápis e tentei prestar atenção na aula, que era muito chata, preferia o professor do ano passado. Fiquei tão viajada na aula que nem vi o celular vibrando.
“Clara, você devia estar namorando, de verdade, já quase fazendo 18 anos, qual é? Você é linda, legal, tem que ter algum carinha por aí a fim de você.”
“Para com isso, olha só como a Laís te trata, não consigo imaginar alguém me tratando assim. E outra, não acredito no amor, já li tantos livros que isso de amor virou algo sem sentido para mim, você deveria entender isso. Qual é? Você é meu amigo, deveria entender.”
“Entendo Clara, mas você sabe? Ficar sozinho é ruim. A Laís chegou para ir ao médico, e se me ver falando contigo já sabe? Beijos se cuida.”
“Viu isso que eu estava falando, vai lá, beijos.”
É isso que falo, como o amor pode ser algo que te proíbe de ver seus amigos, ela parece a Emilly quando proíbe o Ross de ver a Rachel, sim, pego referência de Friends em tudo, mas é como eu me sinto.
Depois da aula fiquei em casa mesmo, adoro meu quarto, grande e bem claro, depois que meus pais se separaram exigi para minha mãe uma cama de casal, para poder ler com espaço, ela concordou, e eu adorei. O que eu mais gosto é da minha decoração, fiz quase tudo sozinha. Amo meu quarto, eu juro que se pudesse nunca mais saía dele.
Comecei a ler um livro, O Morro dos ventos uivantes, antigo, mas gosto dele. Passa pouco tempo e o Lucas me manda mensagem. Sabe quando o coração acelera, e você tem um mini ataque cardíaco? Só de ver ser a mensagem dele fiquei com borboletas na barriga, se passaram o quê uns três meses que não conversamos? Depois que terminou o ano letivo, paramos de conversar, até falei com o Igor, sobre ele, mas ele como sempre nem deu moral.
“Oi Clara, aqui é o Lucas. Quanto tempo não nos falamos, você sumiu, o que foi?”
Com coisa que eu iria apaga o número dele né?
“Oi Lucas tudo bem? Você que sumiu, só estou na correria de sempre, terceiro ano não está sendo fácil.”
“Ah sim! Pensei em te chamar para tomar um sorvete comigo hoje topa?”
Para tudo depois de alguns meses que eu desisti da ideia que ele existe e da possibilidade de acontecer algo entre a gente e ele aparece. Respiro fundo organizo muito bem as ideias na minha cabeça para que eu possa dar uma boa resposta, sem ser grossa. Acho meio impossível.
“Lucas não tem como, tem muitas coisas para fazer e ainda tenho que terminar de estudar para as provas bimestrais, tenho que cuidar da minha avó que está doente” inventei mil e uma desculpas “não tenho a ideia de quanto estarei disponível, estou sem tempo para tudo mesma desculpa”.
Não sei qual foi à cara dele mais dava para imaginar. De verdade não estou a fim de alimentar nenhuma esperança, então penso igual meu pai, o melhor é cortar o mal pela raiz.
“Okay, deixa para a próxima. Beijo.”
É ele realmente estava triste mais o que eu podia fazer, nada, não quero fazer algo que talvez possa me arrepender. Prefiro fazer minhas coisas que sempre faço. É o melhor, por enquanto. Estou procurando um emprego, e deixar isso para lá me parece o certo. Então é isso o correto de se fazer.
...
Não sei como, e olha que estudei. Mas, mesmo assim ainda me dei mal nas provas, sorte que eram as primeiras, e tinha mais três bimestres para passar de ano, tinha que termina o ensino médio. Mas eu estava tranquila, por que sei que consigo recuperar as notas.
Meus pais surtaram isso por que tirei 3 notas baixas de 10 notas. Justo nas que sei que tenho dificuldade, que são as de exatas, matemática, física e química.
— Clara como você pode tirar notas tão baixas e ainda após estudar tanto como você falou que estudou? — berrou meu pai. Ele estava furioso, e muito.
— Você já viu quais foram as matérias? Eu não sou um gênio, já parou para ver isso, e outra são só três matérias e estamos só no primeiro bimestre.
— Não quero saber, vá para seu quarto, vou resolver com sua mãe o que fazemos com você.
Fui sem falar nada, do meu quarto ouvia meus pais conversarem.
— Ela está assim por que fica enfiada no quarto com aqueles livros. Ela terá que fazer algo porque assim não dá, Vânia não dá mesmo.
— Okay, então coloque ela para fazer algum curso.
— Mas que curso?
— Um que mecha com computador e foto sei lá, vai que ela gosta e sai um pouco do mundo do livro, — disse minha mãe.
Eles não ouviram mais eu estava chorando abraçada com minha gata, Helena, ela me viu chorando baixinho e veio pedir carinho, quando eu a vi, a abracei e comecei a chorar mais ainda. Eles acham mesmo que colocar eu para fazer um curso vai resolver? Só vou ter mais coisas para eu fazer, e vou acabar com mais dificuldade ainda nas matérias. Eles falam ser para meu bem, mais talvez eles não saibam o que é para meu verdadeiro bem.
Qual a chance desse curso ser mesmo bom para mim? Estou exausta disso. Durmo, nessa situação me parece o certo.
Depois de muito conversar com meus pais, e chorar muito, por que eu sabia de todas as possibilidades, eu sabia que correrá o risco de não conseguir prestar atenção em todas as aulas, mas não deu muito certo a conversa, resolvi fazer um curso de diagramação e coisas de gráfica, com possibilidade de um estágio na área. Pensei alto na possibilidade de um emprego em uma Editora....Chegando no local do curso todos ficam me olhando, até parece que sou de outro mundo, estou normal como sempre estou para ir à aula. De jeans regata e cabelo num coque, sem maquiagem. Chego e olho em volta, meu deus só tem NERD’s, sério. Quero ir para minha casa agora. Não sou obrigada a fica aqui. Como eu estava com um livro na mão, alguns olharam para mim, mas nem dei moral, já nem ligo mais para isso.Quando o professor chega ele explica como será a
Bom, é meu aniversário de 18 anos. E o mais lindo é que a casa está toda livre para mim. Minha mãe foi para o trabalho, e hoje é sábado, melhor dia para fazer nada, minha casa já está toda limpa então resolvo ir para meu quarto. Terminei de ler o livro, tomei um banho gostoso e vesti um moletom perfeito que comprei com a minha mãe há algum tempo, fiz um café gostoso e fui paro meu quarto. Quando comecei a ler Igor me liga, juro que pensei em não atender, mas era o Igor, então se eu não o atender iria me odiar, essa ideia ficou na cabeça. Gostei.“Oi Clara.”“Oi Igor.”“Parabéns!”“Obrigada.”fiquei meio sem jeito, sem nenhum grito de felicidade nem nada, muito suspeito, queria perguntar, contudo, queria voltar a ler, ele sabe que odeio ser inte
CAPÍTULO 5Essa noite eu não tive mais nenhum sonho, nem nas noites seguintes. E foi assim por um tempo, eu não estava nem lembrando mais do rapaz, ele para mim realmente era só um sonho, coloquei isso em minha cabeça e deixei tudo isso de lado. Eu ainda estudava de manhã e fazia o curso a tarde, estava me dando bem, minhas notas estavam boas, e meu pai ficou feliz por isso… Mas, ele ainda pegava no meu pé, por que com tudo o que eu estava fazendo durante a semana comecei a falar menos com ele, ainda mais depois que ele se separou da minha mãe, ficamos mais distantes. Mas, isso não me afetou tanto, já não vivíamos em flores mesmo, mas ainda assim, tentava falar com ele, e ele claramente demorava muito a responder, então deixava de lado.Voltando do curso numa sexta-feira, recebo uma mensagem, espero chegar em casa para ver quem é, e como pensei, era o
Após ver o Gus, fiquei pensando no que ele me falou por uma semana, estava simplesmente com medo de sofrer assim por alguém, que depois de um tempo me deixasse e me fizesse sofrer tanto, sou muito emotiva, nunca tive orgulho disso, choro por nada, às vezes eu sinto falta de alguém para poder beijar, abraçar, conversar diariamente, alguém que realmente me ame. Claro que tenho meus amigos, mas seria bom ter uma paixão como todos eles têm. Acredito que esse dia vai demorar a chegar, bom assim eu espero né? Me apaixonar, ou querer um relacionamento não era minha prioridade, além disso, eu já vi muitos amigos sofrendo, por causa disso, com vários foras e tudo isso que envolve amor.…O curso estava indo bem, não era aquela coisa, que curso ótimo, mas estava ansiosa para o estágio logo, sempre imaginei em trabalhar em editora, seria lindo, e o professor j&aac
Aron OnDepois de muito tempo voltarei para minha terra natal, Brasil, sinto falta, de coisas bobas, mas, vim morar na Rússia com 4 anos, então tenho poucas lembranças. Tenho 19 anos, sou muito calado e fico muito na minha, sinto-me confortável assim. Moro com meus pais e minha irmã Ária, ela já é o oposto de mim, ela é digamos nervosa. Nunca entendi o porquê. Agora como sinto falta do Brasil? Não sei. Mas sinto que tem uma coisa lá que é só minha, ainda não sei o que é, logo descobrirei, sinto que acharei meu canto, minha alma gêmea, pode parecer ridículo, mas é um sentimento, espero que possa ser verdade.Meu pai teve que vir para cá devido ao serviço dele, e estamos voltando pelo mesmo motivo, isso não é ruim, porém é estranho o motivo de ir, é o mesmo da volta&
Clara OnApós meu primeiro dia de trabalho, consigo dar uma boa lida em um dos exemplares, a história era boa, mas não do meu tipo de história, mas eu tinha que considerar o que o autor quis trazer para o leitor. Esse com certeza será bem avaliado, mas acredito que pedirei a opinião dos meus amigos, por que temos gostos totalmente diferentes.…O curso foi o mesmo de sempre, ficamos nos Macs a tarde toda, aprendendo a diagramar livros. Quando acabou, olhei no relógio ainda era 17:20hrs, tinha um tempinho para passar em casa e tomar um banho, estava precisando. Coloquei shorts e uma camiseta mais larga, estava confortável, e isso é o importante.Quando chego no colégio vejo a minha melhor amiga, claro que sai gritando no meio da sala, estava tão feliz por isso.— Amiga, sabia que você ia conseguir passar para de noite. Você é top viu? T
Foi estranho, mas o beijo foi lindo, não que eu já tivesse beijado muito, mas eu realmente gostei. Cheguei em casa com um sorriso enorme no rosto, estava viajando em meus pensamentos que nem observei a hora, já era tarde e muito, minha mãe me olhou estranho, demorei um certo tempo para voltar a realidade.— Clara você está bem? O que foi? — se eu falasse para ela, ela iria ao colégio descobri quem era o motivo do meu sorriso, garotos nunca foi bem um motivo de conversa entre nós duas, e eu gostaria de deixar assim, pelo menos por enquanto.— Nada mãe, só gostei muito do meu serviço, e que é muito mais do que imaginei que seria — sempre menti mal. Mas, era meio que meu serviço. Ele é meu supervisor, isso é novidade.— Clara, o que foi? — ela passou de curiosa e eu continuava com o rosto estranho estava assustada com meus pr&o
Quem ele pensa que é para falar assim comigo? E isso não é uma resposta descende para me dar. Sim, o beijo foi perfeito. Se eu pudesse, parava aquele momento para sempre. Mas isso não poderia acontecer, não havia possibilidade disso, não é permitido, por vários fatores. Fiquei lendo seu e-mail a manhã toda. Mais ainda estava sem conseguir responder ele…Fiz meu trabalho normalmente, e escrevi minhas anotações para Aron, já que era só para ele que eu podia mandar, disfarcei e perguntei para Diego, o rapaz que ficava na mesma sala que eu.— Será que tem outra pessoa que posso manda os relatórios? Ou só tem essa pessoa que no primeiro dia já falta o serviço? — fui fria — essa pessoa deve ser boa mesmo né? — sou péssima com piadas.— Desculpa, não tem. É só para ele mesmo