Bom, é meu aniversário de 18 anos. E o mais lindo é que a casa está toda livre para mim. Minha mãe foi para o trabalho, e hoje é sábado, melhor dia para fazer nada, minha casa já está toda limpa então resolvo ir para meu quarto. Terminei de ler o livro, tomei um banho gostoso e vesti um moletom perfeito que comprei com a minha mãe há algum tempo, fiz um café gostoso e fui paro meu quarto. Quando comecei a ler Igor me liga, juro que pensei em não atender, mas era o Igor, então se eu não o atender iria me odiar, essa ideia ficou na cabeça. Gostei.
“Oi Clara.”
“Oi Igor.”
“Parabéns!”
“Obrigada.” fiquei meio sem jeito, sem nenhum grito de felicidade nem nada, muito suspeito, queria perguntar, contudo, queria voltar a ler, ele sabe que odeio ser interrompida.
“Vai sair hoje à noite?”
“Não Maninho, vou ficar em casa mesmo lendo. Não tem coisa melhor que isso”. Sabia que ele estava aprontando algo viu. Conheço ele há muito tempo, já era algo de se esperar.
“Então faz assim lá para às oito da noite passo aí e te pego para nós ir para algum restaurante e comemora. Pode ser?” ele estava empolgado.
“E minha mãe? Ela vai querer ir também”.
“Isso é o menor dos problemas. Então fechou, as 8 te pego. Beijos Clara." até minha mãe estava medita nisso, meu deus.
“Beijos Igor.”
Então, não tenho muita coisa para fazer, bem minha casa é espaçosa. Meu quarto é enorme então resolvo deitar no chão para ler, começo a ler e acabo dormindo. Meu sono é pesado então nem ouço nada.
Enquanto durmo tenho um sonho diferente. Já tive vários tipos de sonhos, o que é natural, porém nunca sonhei com algo assim, já li livros e mais livros e ainda não entra na minha cabeça essa cena linda…
Estou eu em um jardim maravilhoso com um rapaz que fala português engraçado, mas parece que eu o conheço há muito tempo. Isso é estranho. Ele conversa comigo com naturalidade, como se nos conhecemos há muito tempo. Tento olhar para ele. Ele não é nenhum modelo, mas é bonito, têm cabelos lisos, ombros largos, moreno claro, olhos castanhos, sua voz é uma doçura de ouvir, ela transmite paz, tranquilidade. Enquanto eu o admiro ele pega minha mão e fala.
— Clara você é tão bonita, como você se julga não encaixar em lugar nenhum aqui. Olhe só onde você está, está ao meu lado, onde eu sempre quis que você estivesse.
— Eu nunca vou me encaixar em lugar nenhum, pois sinto que não sou daqui. Sempre me senti de outro lugar, porém não sei que lugar é esse, por isso fico no meu canto sempre.
— Sei por que se sente assim! Mas estou aqui para te mostrar onde é o seu lugar — ele diz com sorriso.
Quando abro a boca para perguntar seu nome, de onde ele era, sou acordada pela minha mãe e acordo chorando, não acreditando ser só um sonho. Parecia muito real, sabe aquele sonho que parece que você está realmente vivendo aquilo? Foi desse jeito, não queria ter acordado.
Minha mãe me olha preocupada.
— Clara, fala comigo, o que houve? Minha filha fala!
— Foi um sonho bom, só isso. Quero que seja realizado, — começo a chorar sem parar.
Minha mãe me abraça para tentar me acalmar, e pede para que eu me apronte para sair. Como vou me arrumar para sair após ter um sonho desse? Não tenho condições, mas sabia que explicar tudo isso para minha mãe seria totalmente inútil.
Escuto uns barulhos vindos lá de baixo. Fico muito assustada. Minha mãe disse ir sair para compra algo. Meu pai ainda está no serviço, hoje ele disse que passaria aqui depois do serviço. Ouço barulhos pela casa, mas como estou atônita, pensando no meu sonho lindo que tive, nem dou muita moral, e curto meu banho tranquilamente. Estava precisando de um banho assim, confesso.
Depois de um banho demorado faço uma maquiagem perfeita. Olho todo preto esfumado e uma boca vermelha, contorno, cílios e blush. Lindo. Meu cabelo, bem, ele está cacheado naturalmente, e uso um vestido preto e uma botinha linda. Eu me olho no espelho e me admiro. Minha mãe me grita da sala e eu digo que já vou. Quando chego no corredor vejo todos os meus amigos lá para me ver, e vejo Igor, meu irmão, meu melhor amigo com um buquê de flores nos braços. Falo mentalmente não chora, não chora e mesmo assim acabo chorando. Ele me entrega e diz:
— Parabéns Clara, — eu já toda borrada e ele chorando. — Você está linda, não vamos para restaurante nenhum, a festa será aqui, sua mãe me ajudou em tudo. — não consigo acreditar, uma festa surpresa.
Meus amigos, que não são muitos vieram, a Ângela me deu um lindo colar que logico que já coloquei na hora mesmo!
— Parabéns Clara, estou tão feliz por você. — ela era das amigas de poucas palavras, mas que sempre que eu precisasse estaria por perto, tipo o Igor, acredito que eles dariam bem juntos. — Mas aí, o Lucas te mandou mensagem, fiquei sabendo que ele queria vir, mas como sua mãe não conhece ele, ela não o deixou entrar, — ela começou a rir tão alto por causa disso, e eu também, confesso.
— De verdade, ainda bem, não estou com cabeça de me preocupar com menino, hoje só quero curtir, até porque eu mereço. Já te contei que ele faz curso comigo.
— Mentira, que bosta em, pensei ter se livrado dele.
— Eu também pensei isso, mas aí ele pega e aparece lá, e veio com o tal de ‘senti sua falta’, me poupe né amiga? — ela me olhou de uma forma que eu já sabia o que virá, um comentário típico da Ângela.
— Amiga, me diz que você deu uma boa resposta para ele né? Tipo, ‘quando sumiu nas festas de fim de ano não sentiu minha falta né?’ ou ‘sei que sou uma pessoa maravilhosa e fácil de causar saudades, mas sabe não senti o mesmo por você, sorry’. — me olhou com tanta expectativa, com toda certeza que ela já estava pensando em um milhão de possibilidades.
— Não amiga, só deixei ele falando sozinho, até parece que não me conhece — juro que se ela pudesse, estaria me estrangulando, só porque não dei uma resposta à altura.
Ela saiu bufando e ficou perto da minha mãe. Nunca fui de dar resposta grossas, deixo isso para ela. Curti minha festa, dancei muito, ganhei muitos livros e roupas. Após tanto rir com meus amigos eles resolveram ir embora mega tarde da noite. Só ficou Ângela e Igor, para me ajudar a arrumar a casa.
Quando olho no relógio já são 03h56min da manhã de domingo. Nossa está explicado por que tanto sono! Pego meu celular tem umas vinte mensagens de parabéns, repondo todo mundo com a mesma mensagem um obrigado e já está ótimo. Fico feliz. Tomo banho demorado, e fico pensando, quem era aquele rapaz do meu sonho, nunca li sobre alguém assim. Ou devo ter lido e não lembro, essa possibilidade existe, já li tantos livros. Mas ele é bonito. Por ele eu me apaixonaria sem nenhum problema, penso.
Após tanto pensar acabo dormindo. Acho melhor descansar.
CAPÍTULO 5Essa noite eu não tive mais nenhum sonho, nem nas noites seguintes. E foi assim por um tempo, eu não estava nem lembrando mais do rapaz, ele para mim realmente era só um sonho, coloquei isso em minha cabeça e deixei tudo isso de lado. Eu ainda estudava de manhã e fazia o curso a tarde, estava me dando bem, minhas notas estavam boas, e meu pai ficou feliz por isso… Mas, ele ainda pegava no meu pé, por que com tudo o que eu estava fazendo durante a semana comecei a falar menos com ele, ainda mais depois que ele se separou da minha mãe, ficamos mais distantes. Mas, isso não me afetou tanto, já não vivíamos em flores mesmo, mas ainda assim, tentava falar com ele, e ele claramente demorava muito a responder, então deixava de lado.Voltando do curso numa sexta-feira, recebo uma mensagem, espero chegar em casa para ver quem é, e como pensei, era o
Após ver o Gus, fiquei pensando no que ele me falou por uma semana, estava simplesmente com medo de sofrer assim por alguém, que depois de um tempo me deixasse e me fizesse sofrer tanto, sou muito emotiva, nunca tive orgulho disso, choro por nada, às vezes eu sinto falta de alguém para poder beijar, abraçar, conversar diariamente, alguém que realmente me ame. Claro que tenho meus amigos, mas seria bom ter uma paixão como todos eles têm. Acredito que esse dia vai demorar a chegar, bom assim eu espero né? Me apaixonar, ou querer um relacionamento não era minha prioridade, além disso, eu já vi muitos amigos sofrendo, por causa disso, com vários foras e tudo isso que envolve amor.…O curso estava indo bem, não era aquela coisa, que curso ótimo, mas estava ansiosa para o estágio logo, sempre imaginei em trabalhar em editora, seria lindo, e o professor j&aac
Aron OnDepois de muito tempo voltarei para minha terra natal, Brasil, sinto falta, de coisas bobas, mas, vim morar na Rússia com 4 anos, então tenho poucas lembranças. Tenho 19 anos, sou muito calado e fico muito na minha, sinto-me confortável assim. Moro com meus pais e minha irmã Ária, ela já é o oposto de mim, ela é digamos nervosa. Nunca entendi o porquê. Agora como sinto falta do Brasil? Não sei. Mas sinto que tem uma coisa lá que é só minha, ainda não sei o que é, logo descobrirei, sinto que acharei meu canto, minha alma gêmea, pode parecer ridículo, mas é um sentimento, espero que possa ser verdade.Meu pai teve que vir para cá devido ao serviço dele, e estamos voltando pelo mesmo motivo, isso não é ruim, porém é estranho o motivo de ir, é o mesmo da volta&
Clara OnApós meu primeiro dia de trabalho, consigo dar uma boa lida em um dos exemplares, a história era boa, mas não do meu tipo de história, mas eu tinha que considerar o que o autor quis trazer para o leitor. Esse com certeza será bem avaliado, mas acredito que pedirei a opinião dos meus amigos, por que temos gostos totalmente diferentes.…O curso foi o mesmo de sempre, ficamos nos Macs a tarde toda, aprendendo a diagramar livros. Quando acabou, olhei no relógio ainda era 17:20hrs, tinha um tempinho para passar em casa e tomar um banho, estava precisando. Coloquei shorts e uma camiseta mais larga, estava confortável, e isso é o importante.Quando chego no colégio vejo a minha melhor amiga, claro que sai gritando no meio da sala, estava tão feliz por isso.— Amiga, sabia que você ia conseguir passar para de noite. Você é top viu? T
Foi estranho, mas o beijo foi lindo, não que eu já tivesse beijado muito, mas eu realmente gostei. Cheguei em casa com um sorriso enorme no rosto, estava viajando em meus pensamentos que nem observei a hora, já era tarde e muito, minha mãe me olhou estranho, demorei um certo tempo para voltar a realidade.— Clara você está bem? O que foi? — se eu falasse para ela, ela iria ao colégio descobri quem era o motivo do meu sorriso, garotos nunca foi bem um motivo de conversa entre nós duas, e eu gostaria de deixar assim, pelo menos por enquanto.— Nada mãe, só gostei muito do meu serviço, e que é muito mais do que imaginei que seria — sempre menti mal. Mas, era meio que meu serviço. Ele é meu supervisor, isso é novidade.— Clara, o que foi? — ela passou de curiosa e eu continuava com o rosto estranho estava assustada com meus pr&o
Quem ele pensa que é para falar assim comigo? E isso não é uma resposta descende para me dar. Sim, o beijo foi perfeito. Se eu pudesse, parava aquele momento para sempre. Mas isso não poderia acontecer, não havia possibilidade disso, não é permitido, por vários fatores. Fiquei lendo seu e-mail a manhã toda. Mais ainda estava sem conseguir responder ele…Fiz meu trabalho normalmente, e escrevi minhas anotações para Aron, já que era só para ele que eu podia mandar, disfarcei e perguntei para Diego, o rapaz que ficava na mesma sala que eu.— Será que tem outra pessoa que posso manda os relatórios? Ou só tem essa pessoa que no primeiro dia já falta o serviço? — fui fria — essa pessoa deve ser boa mesmo né? — sou péssima com piadas.— Desculpa, não tem. É só para ele mesmo
E assim foi minha semana, meu mês assim se foi indo. Chato. Sempre conversava com Aron, mas só por e-mail queria ver ele, mas pelo visto esse resfriado foi forte.Já se passou um mês desde o nosso primeiro beijo, e nada do Aron aparecer na editora novamente, e assim eu fiquei como intermédio dele a empresa e a escola. Meu chefe que também era chefe dele disse que ele trabalharia em Home Office por enquanto, todo material deveria passar para o Aron e depois para o Nilton. Então eu que enviava os relatórios por e-mail para ele, mas sempre tinha umtchau Amorno final dos e-mails dele, isso trazia um sorriso enorme no meu rosto.Eu gostava desse carinho, mas não tínhamos conversado sobre a gente ainda, até porque eu não estava mais ligando para nada, já nem sei como ele se parece, mentira, impossível esquecer aquele rosto. Numa sexta-feira à noite quan
Ela ficou por um tempo parada no carro, e eu esperando-a voltar para à terra, ela estava linda, isso é um fato, mas ela ficou tanto tempo parada que comecei a ficar preocupado, até que ela respirou fundo e disse.— É melhor entrar antes que seus pais fiquem preocupados com você.— Calma Clara, eles são tranquilos, não falei que você é minha namorada, ainda — ela arregalou os olhos e eu não consegui segurar a minha risada — uma hora eu vou ter que falar a verdade, não acha? — ela já estava travada, travou mais ainda. Coitada, eu a assustei.Consegui tirar ela do carro, e a conduzi para dentro de casa, e ela continuava calada. Até que minha irmã saiu correndo de dentro de casa e a abraçou, nada sutil, bem típico dela.—Oi, eu sou Aria. E você? É a namorada do meu irmão — ela falou e me de