Gab foi para cima de Luck, porém Iz o parou. Não precisávamos de brigar entre nós. Nesse momento minha tia Raabe apareceu no meio de nós, em toda sua gloria em seus trajes de batalha dourado, todo ele em ouro puro composto por: botas até o joelho, uma espécie de vestido onde o peitoral também era do mesmo metal, era possível ver o cabo da espada em suas costas no meio das asas brancas. Se Ellen estivesse aqui diria que ela estava parecendo aquela mulher do filme de super-herói, um todos tantos filmes que ela me fez assistir.
— Raabe roubou a armadura da Lady Sif? — Gab perguntou, era essa mesmo a heroína que estava tentando lembrar.
— Gabzinho se você não fosse tão bonitinho eu te mandava para outro lado só por causa da afronta. — Raabe empinou o nariz e foi até Luck, tirou a espada da escola e ofereceu para ele. &mdas
Conforme eu ia caindo, meus ouvidos eram inundados pelos gritos e sofrimentos das almas que ali estavam. A rocha que formava aquele abismo era forrada de jaulas onde figuras de homens e mulheres gritava por socorro. Era um ambiente opressor, não estava ali nem meio segundo e já queria sair.Não me pergunte como sobrevivi a queda, pois nem eu mesmo sei. Só sei que depois de um tempo caindo eu aterrissei de joelhos como se tivesse pulado de uma altura mínima. Meus companheiros caíram ao meu lado um por um. Voltamos a correr, o ar dali era mais rarefeito, como se tivéssemos correndo em um lugar com grande altitude. Meu corpo estava cansado e pensando uma tonelada.Uma risada maligna abafou o som dos gemidos dos condenados. Era como se tudo que eles estavam sendo submetidos não fosse nada comparado ao que ia acontecer quando o dono daquela risada maligna aparecesse.— Ora, ora, ora. — Alessand
*Ellen volta a narrar a história*Agora eu sei o Denzel Washington sentiu no filme dejavu. Eu devo ter ido e voltado várias vezes na consciência. Quando finalmente voltei cem por cento a minha consciência pude ver que estava dentro de um quarto de hospital, as paredes brancas não deixava ter dúvidas contra isso. Me ergui na cama e sentei. Um tímido sol entrava pela janela aquecendo o quarto.— Vejo que a mocinha acordou. — Uma voz grossa falou do meu lado esquerdo. Olhei para aquela direção e vi um grande homem encostado na parede. Ele usava calças e uma bata cor de creme, em seus pés vi uma sandália de couro. Seu tom de pele era dourado, como se tivesse passado muito tempo ao sol, cabelos pretos que a luz diurna dava reflexo azulados a ele. Seus olhos cinzentos me observava.— Quem é você? — Eu me sentia tão bem perto dele,
É engraçado como nossa memória funciona. Uma hora você lembra da sua infância, tipo: o nome da sua professora do pré, mas não lembra da sua própria quase morte ou talvez seja totalmente morte. Ai gente, fiquei confusa. Deixa eu começar do começo para ver se eu e vocês entende:— Não acredito que você falou isso mãe. — Olhei para a minha mãe no volante do nosso carro com total descrença, seu meio sorriso fazia com que ela parecesse bem mais jovem que seus quase quarenta anos. Estávamos voltando para casa depois de uma competição minha de atletismo. Aquilo era minha vida, dedicava todo o meu tempo treinando e melhorando meus números e amava aquilo tudo. Claro que ganhei o primeiro lugar de todas as corridas que houve naquele dia, sem pretensão, eu era muito boa, e participava de todas as corridas que eu podia. — Ele &ea
— Izrail essa é a monstrinho. Monstrinho, Izrail. — Virei para trás e me deparei com o mais belo par de olhos azuis que já vi na vida, sério, aquela cor deveria ser lente de contato, ninguém poderia ter uma íris daquele tom. — Por favor, me desculpe pelos modos dela, estamos tentando domesticá-la.— Gabriel! — Rosnei para ele, me virei para ele e dei um olhar mortífero, respirei fundo e me voltei para o menino. — Meu irmão é muito engraçadinho. — Oferecia a mão para o garoto. Quando nossos dedos se tocaram foi como se uma descarga elétrica corresse por meu corpo. Mais uma vez, ou o tempo desacelerou e eu estava ficando doida. Izrail disse algo que eu não entendi. — O quê?— Perguntei seu nome. — Ele repetiu.— El, quer dizer Ellen. — Sentir meu rosto esquentar, aposto que est
Como cozinhei os rapazes não me deixaram ajudar com a louça, subi para o meu quarto e fui fazer a lição de casa. Ao jogar meu material na cama encontrei a caixinha dada pela cigana, sentei na cama e a analisei mais uma vez, algo dentro de mim dizia para me livrar dela e um outro lado para abri-la. Por uns instantes me imaginei como Pandora. A mulher mitológica trouxe o caos para o mundo abrindo uma caixa o que será que eu traria abrindo essa?Tolice, não é? Uma caixinha como aquela não poderia trazer o caos. Por um momento pareceu que os símbolos na madeira se moveu. Aquilo me chamou a atenção e em um impulso abrir o fecho de metal tirando a tampa. Ao olhar para dentro encontrei um papel amarelado e um colar.O colar era simples, de couro, com um pingente que acho que é prata em forma de ankh o símbolo egípcio da morte. Sabia disso porque amo mitologia. O bilhete di
— Não sei. — Dei de ombros e me aproximei deles. — O que era aquela coisa?— Um demônio. — Respondeu Liam. — Ele veio atrás de alguma alma.— Alma. Tipo um fantasma. — Arregalei os olhos com medo. Não gostava nada disso, era para ser um sonho louco e não um pesadelo.— Jesus. — Liam resmungou. — Sai do meu caminho, você só vai me atrapalhar. — Dei um passo para o lado me perguntando que bicho mordeu ele para ser tão idiota.— Na verdade, cabeça de fosforo. — A mulher gato deu um tapa na cabeça de Liam. — Ela é a portadora da chave, sem ela você não pode encaminhar a alma pela porta.— E o que isso me importa? — Tirando a espada ele mostrou o cabo.— Você é um brutamontes. — A mulher-gato o acusou. — As almas só precis
Quando cheguei em casa, o gato estava me esperando em cima da minha cama como se nunca tivesse saído de lá. Por meio segundo eu achei que tinha ficado doida e o que aconteceu na escola era só uma alucinação. Talvez tivesse algo no ar, um tipo novo de droga experimental que fazia com que você viajasse na batatinha."Aquele garoto é um completo idiota".— Aí meus sais. — Exclamei assustada ao ouvir a voz masculina na minha cabeça, arregalei meus olhos em direção da gata em cima da minha colcha florida. — Não foi um sonho?“Claro que não”. — A gata respondeu. Eu podia imaginar a cara enfadonha dela em minha mente, o que só aumentava a minha suspeita de que perdi qualquer resquício de sanidade. Agora entendi como a Alice se sentiu no país das maravilhas. — “Você é a portadora da chave”.
Eu não conseguia parar de olhar para todos os lados. A casa era simplesmente impressionante, como uma apaixonada por arquitetura e estava no paraíso. Ela tinha um estilo gótico vitoriano, de dois andares, com vários janelões, feita de pedra com os detalhes em vinho ou preto. Puxei minha bolsa para frente e abri-la a procura do meu caderno de desenho.— Ah não! — Exclamei chateada. Ainda vasculhei a bolsa mais uma vez e nada de encontrar-lo.— O que foi. — Liam me perguntou.— Esqueci me caderno de desenho em casa.— É?— Olha essa casa. — Apontei para ela. — Ela é simplesmente perfeita. Segue o estilo gótico italiano do século doze. — Aposto que se eu fosse um desenho, teria dois corações nos meus olhos. — Por favor, diz que tem gárgulas em algum lugar?— Não tem. Minha m&at