TRISTANTudo ao meu redor parecia diferente. Eu estava de volta a minha alcateia e os corredores estavam vazios e silenciosos. Apenas o som do vento batendo contra as janelas, enquanto eu caminhava pelos corredores. O meu coração batia devagar e eu não via sinal de outras pessoas. Quando chamei por meu pai, minha voz não saiu e eu fui consumido pelo terror. Cai de joelhos sem acreditar.Eu estava sem voz? De repente, sons estranhos me tiraram do meu drama interno. Eram mais como gemidos e o som de algo de madeira batendo. Segui em direção aos sons estranhos até chegar em um quarto que eu conhecia bem.Era o quarto de Meg e a porta estava entreaberta. Engoli em seco, sentindo um nó se formar em meu estomago, minha garganta estava seca e minhas mãos tremiam enquanto eu empurrava a porta lentamente.A visão que tive fez todo o meu sangue congelar e o ódio me invadir, uma fúria violenta me dominando, Ethan gritando na minha mente para que eu me transformasse.Meg estava na cama entre le
TRISTANTodo o meu corpo estremeceu por um segundo enquanto eu via tudo acontecendo novamente. Não, eu não podia permitir que aquilo acontecesse de novo. De novo não.Meu corpo pareceu se mover sozinho, meus pés se firmando com força no chão e a tensão sendo liberada do meu corpo de uma só vez, meus musculoso se movendo e me impulsionando para frente, em direção a jovem loba que se jogava no caminho do escudo.Eu avancei com toda a minha força e ergui a mão, conseguindo por questão de segundos, segurá-la pelo braço e puxá-la de volta para mim, caindo de costas na grama com a loba em cima de mim.Quando ela se deu conta do que fiz segundos depois, tentou se levantar e se debater contra mim, eu me sentei e a puxei com mais força para mim, envolvendo meus braços ao seu redor como uma camisa de força.Ela estava se debatendo com toda a sua força, enquanto eu procurava não a apertar demais e não a machucar, de repente, senti seus dentes se cravando em meu braço.— Fiz isso para salvá-la, pa
Rangi os dentes sem acreditar que aquele bastardo maldito estava se referindo a mim daquela forma. Quem ele pensava que era para zombar de mim daquele jeito?Eles estão rindo de nós, devíamos matar todos eles. Ethan rugia na minha mente.— Já chega, Alaric essa é uma conversa pessoal. — Exclamou Soren e se voltou para mim. — Não caia nessa provocação tola, vamos conversar em outro lugar, você não parece bem.Respirei fundo enquanto Ethan gritava na minha mente para que eu me transformasse e partisse Alaric ao meio, Soren tinha razão, eu não devia cair nesse tipo de provocação. Precisava pensar em uma maneira de pedir ao alfa para que ele cedesse Andrômeda a mim...— Não se preocupe Tristan, quando as novas lobas chegarem, eu cuidarei da loba vermelha. Ela pode ser minha serva pessoal, serei muito cuidadoso para não procriar com ela quando estiver mais velha... — ele insinuou e sorriu para mim maliciosamente. Alaric... ele com certeza havia percebido que eu me importava com ela.Eu não
Soren era um lobo que eu sempre admirei e nunca me imaginei dizendo a verdade a ele sobre Nina, mas quanto mais o tempo passava, mais diferente eu me sentia em relação a Meg. Talvez fosse por causa da drástica mudança com Marius e Jane, e o fato de que eu começava a acreditar que não iria ser o Alfa da alcateia.Soren pigarreou e passou uma mão na cabeça, em seguida no rosto e voltou seu olhar em minha direção.— Aquela briga na cozinha antes de partirmos... Meg estava na cozinha. Era por ela, Tristan?Engoli em seco. Era, tudo era por ela e eu não conseguia mais disfarçar isso.Quando não respondi, Soren suspirou alto.— Tristan... Ela é uma loba vermelha. Não deve misturar o seu sangue com o dela, você é o filho do Alfa... Mesmo que não tenha expectativas de liderar a alcateia, não deve esquecer quem é.— Não fale assim dela Soren. Não fale de Meg como se ela fosse defeituosa.— Não pode procriar com ela. Não entende as consequências disso? Sabe o que teríamos que fazer com um filho
JANEMeus olhos estavam ardendo e inchados de tanto chorar por Nina. Com a permissão de Kilian que Marius havia conseguido, fizemos um enterro a ela digno, mesmo que agora todos soubessem das circunstâncias de sua morte.Quando fui questionada por Kilian sobre sua morte, não consegui mais contar mentiras e nem sabia o que poderia inventar para encobrir como ela realmente morreu.Fechei os olhos por alguns segundos e as lembranças de Kilian me questionando em seu escritório surgiram em minha mente.Dois dias antes.Kilian me encarou ainda com o sangue de Nina em minhas mãos, assim que acordei em minha cama com Marius ao meu lado, Kilian invadiu o quarto e fui obrigada a segui-lo para o seu escritório.— Você sabe o que acabou de fazer? Ajudou uma loba a se matar! — ele esbravejou.Marius rapidamente se colocou a minha frente, sua mão me empurrando para trás.— Não foi culpa dela. Se quiser culpar alguém, culpe a Soren que a engravidou. Ela estava tentando tirar o bebê. — Ele rugiu para
TRISTANAlaric não parava de falar ao meu lado e eu tentava apenas ignorar tudo que ele dizia.Era o último dia do castigo e eu sentia que meu estomago já estava dando um verdadeiro nó. A postura de joelhos era a coisa mais complicado de ser manter e eu já havia abandonado há muito tempo, me sentando no chão.Estava com tanta fome que as correntes queimando a minha pele já não incomodavam tanto. Ethan estava rugindo de fome e dizendo coisas terríveis para Alaric que continuava questionando minha sexualidade.— Seu pai está certo de correr atrás do primogênito, você seria a ruína da alcateia dele. Nem sequer pode dar filhotes a ele, uma desgraça. — Ele continuou a falar, mas eu o ignorei.Graças a deusa, estava chovendo e eu não estava passando sede, infelizmente a fome e as correntes de prata em nossa pele não eram o suficiente para calar Alaric durante os três dias de castigo. Sua força de continuar falando todo aquele tempo e gastando sua energia me mostrava o quanto ele era burro.
JANEEu só podia ter ouvido errado as palavras de Lucian.O macho cruzou os braços e me observou, enquanto minha mente tentava assimilar suas palavras. Marius que havia chamado Beth para o seu quarto? Não, isso não podia ser verdade. Ele havia dito que me amava...— Você está mentindo. Talvez Beth tenha pedido para que você dissesse isso... — gaguejei, sentindo minhas bochechas queimarem enquanto os segundos passavam e eu me sentia ridícula.Lucian descruzou os braços e suspirou como se estivesse perdendo a paciência.— É claro que não estou. Ele mesmo me pediu para chamá-la e levá-la até o seu quarto.Arfei, completamente indignada.— Por quê? Por que ele pediria isso?Lucian deu de ombros e senti a raiva me envolvendo, a decepção e frustração me cobrindo como uma manta.Me voltei para a porta e comecei a bater e chutar.— Marius! Marius! ACORDE!— O que está fazendo, não pode interromper um macho quando ele está perdendo a virgindade assim. — ele ralhou comigo e senti suas mãos em
JANEEle só podia estar brincando comigo. Cruzei os braços de modo involuntário, e Lucian respirou fundo impaciente.— Você está bêbado né? É a única explicação. Hoje enterramos Nina, mas vocês não se importam com isso. — Minha voz saiu amargurada e eu não estava dizendo aquilo apenas para Lucian, mas para Marius que estava naquele momento com Beth.— Não, eu não me importo com Nina, ajudei em seu enterro porque Marius me pediu que comparecesse. Ela não era minha fêmea e nem minha parente, mas isso não significa que eu não me importe com fêmeas. Então, tire a roupa. — sua voz era imponente e naquele momento ele não parecia ter quinze anos, parecia ter mais enquanto seus olhos afiados me encaravam.— Só pode estar louco se acha que eu vou me deitar com você!— Não disse que ia transar comigo, disse para tirar a roupa. Eu quero olhar. — ele rebateu e levantou uma sobrancelha, em seguida sinalizou com um dedo para as minhas roupas. — Vamos, se apresse, tire tudo.Bufei.— Está maluco? Ach