Se passaram mais dois dias e Bryan acordou. No entanto, uma grande quantidade de anestesia afetou seus nervos cerebrais, o deixando um tanto confuso e sem lembrança das pessoas. O médico explicou que algumas pessoas ficavam assim após a cirurgia, e talvez ele se recuperasse em breve. Luiza só podia manter a esperança. Ela ia ao hospital todos os dias para acompanhar o pai.Não demorou muito para o Carnaval chegar. Luiza ouviu dizer que Nanda tinha saído do país, mas isso não importava para ela, não tinha nada a ver com ela. Então, dez dias se passaram e chegou o dia do divórcio.Naquela manhã, Luiza acordou, pegou um vestido claro do guarda-roupa e de repente percebeu que não conseguia mais o vestir. Sua barriga havia crescido um pouco, o bebê já estava com três meses e o vestido não servia mais. Por fim, optou por um casaco largo e encontrou Miguel no cartório. Depois de uma ausência de cerca de dez dias, ele emagreceu consideravelmente, mas ainda mantinha sua elegância, vestin
Um dos acionistas simplesmente não acreditava que ela pudesse salvar o grupo. Ele resmungou: - Por que fazer todo esse esforço? Por que você não vai implorar ao Sr. Miguel para investir algum dinheiro na empresa? Isso não resolveria a crise?Luiza o olhou friamente e respondeu: - Eu já me divorciei dele, por favor, não mencione esse homem na minha frente.- Que hipocrisia! - O acionista xingou.Luiza não retrucou. Esperou até que os acionistas saíssem resmungando antes de perguntar a Fernando: - Sr. Fernando, o que devemos fazer agora?Ela não entendia nada sobre a empresa e só podia pedir ajuda a Fernando.Fernando pensou por um momento e disse:- Na verdade, temos um projeto muito bom no grupo. Se conseguirmos atrair investimentos, talvez possamos ressuscitar...À noite.Luiza foi encontrar o Sr. Ademir, do banco. Como havia uma quantia do grupo prestes a vencer, era crucial lidar com o pessoal do banco agora, ou correriam o risco de atraso no pagamento. Para parecer mais séria,
Luiza não disse nada, permaneceu parada no lugar, olhando para o copo de bebida em suas mãos. Ela não podia beber, mas fingir tomar um gole era aceitável. Então, ela fingiu tomar um gole e olhou para o Sr. Ademir. O olhar ardente do Sr. Ademir a fez recuar. Ele a puxou para perto, pronto para derramar a bebida em sua boca. - Um gole não mostra sinceridade suficiente, não é mesmo? Tome o copo inteiro. - Ele disse enquanto envolvia a cintura dela com o braço e tinha a intenção de colocar a mão dentro de suas roupas.Luiza ficou tensa e jogou toda a bebida nele. - O que há de errado com você? Nem consegue segurar um copo de bebida? - Sr. Ademir reclamou. - Rápido, limpe isso para o Sr. Ademir.Outras pessoas entregaram uma toalha para ela e a empurraram na direção do Sr. Ademir, a instruindo a limpar a bebida de suas calças. Sr. Ademir olhou para ela de cima e a fez desabotoar o cinto, claramente sem intenção de se conter. As pessoas ao redor riram. Finalmente, Luiza percebeu que
Eduardo ficou para trás enquanto Luiza observava o olhar de medo nos olhos daquelas pessoas. Provavelmente, estavam em maus lençóis. Fechou os olhos enquanto ele a carregava para fora da sala e a colocava em uma cadeira ao lado da rua. Um segurança trouxe pomada para Miguel, que a abriu, pegou um cotonete e aplicou um pouco do creme em seu rosto. Luiza soltou um gemido de dor.- Você pegou uma faca? - Miguel levantou os olhos para ela. Luiza murmurou um "sim". - Queria matar aquele homem? - Miguel perguntou novamente. Luiza levantou os olhos e viu dois pequenos reflexos de si mesma nos olhos dele, então assentiu com a cabeça. - Sim, naquele momento, eu quis matar ele.- Você não percebeu que ele não tinha boas intenções desde o começo? Por que ficou lá para brindar com ele? - Miguel perguntou. Luiza não disse nada. Talvez fosse realmente estúpida, sempre incapaz de perceber as más intenções dos outros. Após aplicar a pomada, Miguel a fechou e olhou para ela de lado. - Quer
- Chegará o momento da falência. - Fernando suspirou, seu semblante carregado de pesar.Luiza apertou os lábios. - Vamos tentar mais uma vez. Fernando não disse nada. Na verdade, ele esperava que Luiza fosse pedir ao Miguel. Com o investimento dele, o Grupo Medeiros poderia ser revitalizado imediatamente, e todos os acionistas cessariam suas disputas. Mas ela não queria voltar, e ele não podia a forçar. Tinha que lidar com as coisas conforme elas aconteciam.À tarde, Luiza foi encontrar o CEO de outra empresa. Novamente, foi recusada pela secretária. Parecia que todos lá fora pensavam que o Grupo Medeiros estava acabado, e ninguém queria ajudar. Luiza se sentiu desanimada. Se levantou do sofá e se preparou para sair.Ao chegar à porta, viu um grupo de pessoas saindo do elevador. Era Bruna com suas amigas. Ao ver ela, Luiza abaixou instintivamente a cabeça, com medo de chamar a atenção dela. Mas mesmo com a cabeça baixa, sua beleza era notável, fácil de atrair olhares. Bruna a vi
Luiza olhou para a piscina, sem vontade de lidar com a situação, e começou a se afastar.- Luiza! - Bruna segurou sua mão. - Você não pode ir.Luiza endureceu a expressão.- Bruna, já te disse, não temos nenhum ressentimento do passado, mas se você continuar me incomodando, me machucando, eu vou chamar a polícia.- Eu disse, chame então. Se você acha que pode me machucar, tente. Quero ver qual advogado terá coragem de pegar seu caso. - Ela abaixou a voz, com um tom arrogante. - Sem meu primo, você não é nada!No segundo seguinte, elas tentaram empurrar Luiza em direção à piscina.Luiza estava um pouco assustada; ela estava grávida de três meses e, se caísse na piscina, as consequências seriam inimagináveis.Mas aquelas garotas pareciam loucas, insistindo em arrastá-la para a piscina.O medo brilhou nos olhos de Luiza, que encarou Bruna e disse:- Bruna, se você ousar me empurrar para a piscina, eu nunca vou te perdoar!- Tudo bem. - Bruna sorriu. - Estou curiosa para ver como você não
Luiza fechou os olhos, sentindo a pressão quase esmagadora, mas sabia que não podia ceder; se o fizesse, tudo realmente terminaria.Com isso em mente, abriu os olhos e argumentou firmemente com os policiais.Ela lhes explicou que, na noite anterior, foi o Sr. Ademir quem começou a agredi-la, e que ela quase foi violada.Os policiais responderam que entendiam, que já haviam investigado o incidente, mas agora, com o Sr. Ademir gravemente ferido, Luiza teria que enfrentar o processo legal e, em seguida, um advogado viria para pagar sua fiança, permitindo que ela fosse liberada.Advogado para pagar a fiança?Onde ela encontraria um advogado agora?Ela não tinha mais família.Luiza consultou a agenda em seu celular. Theo tinha um advogado, mas este foi levado para o exterior por Miguel e provavelmente não estava ciente de sua situação atual no país.Marina, o pai dela, estava à beira da morte, e ela passava muito tempo no hospital com ele, provavelmente não podendo ajudá-la.Restava apenas
- Bom, envie o projeto para o meu celular. - Luiza encerrou a chamada.Ela voltou para junto do Walter, sorriu para ele e perguntou:- Onde vamos comer?Walter a levou a um clube privado.Havia um campo de golfe lá.Na grama verde, algumas pessoas jogavam golfe.Luiza desceu do carrinho de golfe seguindo Walter e avistou uma figura familiar, que também a deixava alerta.Miguel.Ele vestia um traje esportivo branco e jogava golfe com alguns convidados à distância, cercado por um grupo de pessoas, parecendo nobre e distante.De repente, ele acertou uma bola.Uma garota se aproximou e lhe entregou uma garrafa de água.Miguel a pegou e bebeu calmamente.O coração de Luiza batia acelerado.Ela percebeu que a garota que entregou a água a Miguel se parecia um pouco com ela, tanto nos traços do rosto quanto nas roupas.- Curiosa sobre quem é aquela garota? - Perguntou Walter, olhando para ela.Luiza se recompôs e balançou a cabeça.- Está escrito na sua cara que está curiosa, e ainda nega? Aqu