Miguel perguntou:- Como ela está?- Exceto por um lado do rosto estar inchado, não há mais ferimentos. Não deve ser nada sério. - Respondeu a médica.Miguel suspirou aliviado, o olhar fixo no lado inchado do rosto dela. Sua pele era clara, então um hematoma era muito evidente.O coração de Miguel doeu levemente.Sentia um certo arrependimento.Se soubesse que isso aconteceria, jamais teria deixado ela sair sozinha aquela noite.Ele sempre tinha dito que não permitia que ela dirigisse sozinha, nem que pegasse táxi.Justamente na primeira noite, algo aconteceu.Ele se sentia pesado enquanto esperava a médica sair. Então, se virou para Eduardo e disse:- Esses três, quero que você quebre os braços e as pernas deles e os mande para a prisão.Sua expressão estava muito tensa.Eduardo respondeu:- Sim.Depois que ele saiu, Miguel se aproximou da cama, afastou o cabelo bagunçado dela com a mão e observou cuidadosamente sua bochecha ferida.Estava bastante inchada, e o médico já havia aplic
Luiza não falou.Miguel suspirou e disse:- Aqueles que te intimidaram ontem à noite, eu quebrei os braços e as pernas e os enviei para a prisão.Os cílios de Luiza tremeram, ela olhou para ele e, após um momento, disse:- Obrigada.Ela devia agradecer; ele a tinha salvado.Miguel apertou os lábios e a abraçou, dizendo:- Não precisa agradecer, sou seu marido, é meu dever proteger você.Luiza ficou em silêncio novamente, sua relutância era evidente.Miguel só pôde acariciar sua cabeça e dizer:- Bem, vou pedir o café da manhã. O que você gostaria de comer? Eu cuido disso?Luiza continuou sem falar com ele, mantendo uma expressão fria no rosto delicado.Miguel, sem opções, foi organizar tudo por conta própria.O café da manhã foi entregue rapidamente.Miguel e Luiza se sentaram para comer no quarto do hospital.- Coma um pouco de ovo. - Miguel colocou o ovo na frente dela.Luiza olhou para ele, e ele sorriu:- Você não ama ovos?Ela não respondeu e baixou a cabeça para comer.De repente
- Minhas pernas estão sem força. - Disse ela.- Sem forças? - Miguel, com suas mãos esguias, pressionou as pernas dela. - Onde exatamente? Devo chamar um médico para examiná-la?- Não, não estou ferida. É só que pressionei uma das pernas e agora ela está dormente.- Má postura. - Criticou Miguel. - Sempre te digo para sentar com as duas pernas no chão, não para pressioná-las ou cruzá-las.Ela baixou os olhos e não disse nada.Miguel a observou por um momento e de repente explicou:- Não estou te repreendendo, só estou dizendo que essas posturas são maus hábitos e prejudicam o seu corpo.Ele explicou isso com muita delicadeza.Luiza olhou para ele.Ele abaixou a voz e continuou:- A partir de hoje, Emerson vai te levar e buscar no trabalho. Você dirigir ou pegar um táxi é perigoso; não vou permitir que saia sozinha.Essas palavras eram tanto uma ordem quanto um sinal de cuidado.Luiza sentiu seu cuidado e gradualmente se acalmou, embora ainda se sentisse um pouco ressentida.Depois de u
Quando ela abriu os olhos novamente, já era noite.Estava com muita fome.Luiza abriu os olhos instintivamente e então foi abraçada; o peito musculoso do homem se pressionava contra ela, sua voz carregando um tom alegre e sorridente.- Acordou, Sra. Souza?Luiza, ainda grogue, se virou para vê-lo, um pouco surpresa.- Você não foi para a empresa à tarde?Sua voz carregava uma preguiça morna e suave.- Fui seduzido por você; agora não consigo mais sair da cama. - Miguel sorriu, se aproximou e beijou sua bochecha, alva como a neve; seus braços a envolviam pela cintura, em uma pose que demonstrava um forte desejo de posse.Luiza não resistiu, se deixou beijar por um momento e murmurou:- Estou com fome, quero comer.- Certo. - Ele riu, apertou sua bochecha e ajudou ela a se sentar.Ao se sentar, percebeu que seu corpo estava dolorido e mole; ela se recostou no travesseiro e disse:- Não tenho forças, Miguel, você precisa me carregar.Ela se aninhou preguiçosamente.Miguel, que estava se v
- Não, nós vamos realizar outro casamento. - Respondeu Miguel calmamente.Nanda estava um pouco confusa:- Mas... Vocês não estão já casados?- Não ficamos satisfeitos com o casamento anterior; agora queremos fazer uma grande festa. - Explicou Miguel.Nanda mordeu o lábio inferior e, após um longo momento, parecendo ter organizado seus sentimentos, perguntou baixinho:- Quando será o casamento?- Em março. - Respondeu Miguel.Nanda fez as contas; agora era janeiro e faltava pouco mais de um mês para o casamento...Ela olhou para o rosto distante e nobre de Miguel, sem dizer mais nada.Luiza percebeu que ela estava distraída, o que, de certa forma, a alegrou.Depois do jantar, Luiza, ignorando Nanda, pegou o braço de Miguel e se aninhou nele, dizendo:- Miguel, vamos dar uma volta no jardim.- Ainda não apliquei o remédio; vou subir para pegá-lo para você. - Disse Miguel, subindo para o segundo andar.Luiza o esperou à porta.Nanda se aproximou de Luiza, com uma expressão um tanto lasti
Luiza observava ao lado, quase revirando os olhos.Ela realmente sabia como atuar.Miguel observava a figura dela se afastando, segurando os lábios.Ao ver a expressão dele, Luiza resmungou friamente:- O que foi? Está com pena dela?- Eu não disse nada, não é? - Miguel mostrou uma expressão de resignação e perguntou novamente. - Vai passar o remédio?Ela não respondeu, e Miguel a puxou para frente do sofá, levantando seu rostinho para aplicar um pouco de medicamento.- Não precisa explodir por tão pouco, esse temperamento precisa mudar. - Após aplicar o medicamento, ele a encarava sem piscar, e seu olhar se suavizou bastante.Luiza fez um bico.Miguel disse:- Como eu disse antes, vou providenciar professores e uma empregada para ela, alguém sempre estará com ela.- Entendi. - Ela sabia que, se continuasse a fazer cena, seria apenas por ser irracional.Então, ela não disse mais nada, e Miguel perguntou:- Vamos passear no jardim?- Vamos.Ela se levantou e saiu.Miguel seguiu, seguran
- Lulu, se afaste. - Disse Miguel, empurrando Luiza.As pernas de Luiza bateram na perna do sofá, fazendo ela franzir a testa de dor.Se virando, Miguel segurava a mão de Nanda, exibindo uma expressão fria e séria:- Nanda, não há pessoas más aqui. Me dê a tesoura, não seja impulsiva.- Não! Ela é a pessoa má, eu vou matá-la! - Nanda lutava desesperadamente.Miguel franzia a testa, arrancou a tesoura de suas mãos, segurou-as juntas e, carregando ela, subiu as escadas:- Joana, vá chamar o Dr. Yago.Joana, a empregada de Nanda, imediatamente atendeu ao chamado.Luiza se apoiava no sofá do andar de baixo, observando Miguel subir com Nanda, que ainda lutava.- Irmão, me solte, eu quero matar aquela pessoa má! Caso contrário, ela vai me intimidar todas as noites... - Nanda chorava, com os olhos cheios de lágrimas.Miguel, com o rosto sombrio, ignorou sua luta e a arrastou para dentro do quarto principal, amarrando ela com um lençol.Após um tempo, Yago chegou com o psiquiatra, viu Luiza se
Após o banho, Miguel subiu com suas longas pernas na cama e abraçou a pequena mulher macia por trás.Assim que a abraçou, Luiza despertou. Seu rosto pálido, agora sem expressão, indagou na penumbra:- Como ela está?- Você ainda não estava dormindo? - Indagou Miguel, com voz suave, ecoando atrás dela.Abraçada em seus braços, Luiza murmurou:- Você me acordou.- Ela tomou o medicamento; agora está bem. - Miguel a apertou mais forte e beijou seu cabelo macio e longo.Sem expressão, Luiza perguntou:- Ela realmente teve um ataque?O homem hesitou por trás dela, a voz se se tornou mais grave:- Você acha que ela estava fingindo?- Como isso pôde acontecer tão de repente? Ela estava bem durante a refeição, e logo após ouvir a notícia do nosso casamento, teve um ataque.Miguel silenciou por um momento e então respondeu suavemente:- Ela não tomou sua medicação a tempo, por isso teve o ataque.- É mesmo? - Luiza soou incrédula, a voz sombria. - E agora, o que você pretende fazer? Vai contin