- Minhas pernas estão sem força. - Disse ela.- Sem forças? - Miguel, com suas mãos esguias, pressionou as pernas dela. - Onde exatamente? Devo chamar um médico para examiná-la?- Não, não estou ferida. É só que pressionei uma das pernas e agora ela está dormente.- Má postura. - Criticou Miguel. - Sempre te digo para sentar com as duas pernas no chão, não para pressioná-las ou cruzá-las.Ela baixou os olhos e não disse nada.Miguel a observou por um momento e de repente explicou:- Não estou te repreendendo, só estou dizendo que essas posturas são maus hábitos e prejudicam o seu corpo.Ele explicou isso com muita delicadeza.Luiza olhou para ele.Ele abaixou a voz e continuou:- A partir de hoje, Emerson vai te levar e buscar no trabalho. Você dirigir ou pegar um táxi é perigoso; não vou permitir que saia sozinha.Essas palavras eram tanto uma ordem quanto um sinal de cuidado.Luiza sentiu seu cuidado e gradualmente se acalmou, embora ainda se sentisse um pouco ressentida.Depois de u
Quando ela abriu os olhos novamente, já era noite.Estava com muita fome.Luiza abriu os olhos instintivamente e então foi abraçada; o peito musculoso do homem se pressionava contra ela, sua voz carregando um tom alegre e sorridente.- Acordou, Sra. Souza?Luiza, ainda grogue, se virou para vê-lo, um pouco surpresa.- Você não foi para a empresa à tarde?Sua voz carregava uma preguiça morna e suave.- Fui seduzido por você; agora não consigo mais sair da cama. - Miguel sorriu, se aproximou e beijou sua bochecha, alva como a neve; seus braços a envolviam pela cintura, em uma pose que demonstrava um forte desejo de posse.Luiza não resistiu, se deixou beijar por um momento e murmurou:- Estou com fome, quero comer.- Certo. - Ele riu, apertou sua bochecha e ajudou ela a se sentar.Ao se sentar, percebeu que seu corpo estava dolorido e mole; ela se recostou no travesseiro e disse:- Não tenho forças, Miguel, você precisa me carregar.Ela se aninhou preguiçosamente.Miguel, que estava se v
- Não, nós vamos realizar outro casamento. - Respondeu Miguel calmamente.Nanda estava um pouco confusa:- Mas... Vocês não estão já casados?- Não ficamos satisfeitos com o casamento anterior; agora queremos fazer uma grande festa. - Explicou Miguel.Nanda mordeu o lábio inferior e, após um longo momento, parecendo ter organizado seus sentimentos, perguntou baixinho:- Quando será o casamento?- Em março. - Respondeu Miguel.Nanda fez as contas; agora era janeiro e faltava pouco mais de um mês para o casamento...Ela olhou para o rosto distante e nobre de Miguel, sem dizer mais nada.Luiza percebeu que ela estava distraída, o que, de certa forma, a alegrou.Depois do jantar, Luiza, ignorando Nanda, pegou o braço de Miguel e se aninhou nele, dizendo:- Miguel, vamos dar uma volta no jardim.- Ainda não apliquei o remédio; vou subir para pegá-lo para você. - Disse Miguel, subindo para o segundo andar.Luiza o esperou à porta.Nanda se aproximou de Luiza, com uma expressão um tanto lasti
Luiza observava ao lado, quase revirando os olhos.Ela realmente sabia como atuar.Miguel observava a figura dela se afastando, segurando os lábios.Ao ver a expressão dele, Luiza resmungou friamente:- O que foi? Está com pena dela?- Eu não disse nada, não é? - Miguel mostrou uma expressão de resignação e perguntou novamente. - Vai passar o remédio?Ela não respondeu, e Miguel a puxou para frente do sofá, levantando seu rostinho para aplicar um pouco de medicamento.- Não precisa explodir por tão pouco, esse temperamento precisa mudar. - Após aplicar o medicamento, ele a encarava sem piscar, e seu olhar se suavizou bastante.Luiza fez um bico.Miguel disse:- Como eu disse antes, vou providenciar professores e uma empregada para ela, alguém sempre estará com ela.- Entendi. - Ela sabia que, se continuasse a fazer cena, seria apenas por ser irracional.Então, ela não disse mais nada, e Miguel perguntou:- Vamos passear no jardim?- Vamos.Ela se levantou e saiu.Miguel seguiu, seguran
- Lulu, se afaste. - Disse Miguel, empurrando Luiza.As pernas de Luiza bateram na perna do sofá, fazendo ela franzir a testa de dor.Se virando, Miguel segurava a mão de Nanda, exibindo uma expressão fria e séria:- Nanda, não há pessoas más aqui. Me dê a tesoura, não seja impulsiva.- Não! Ela é a pessoa má, eu vou matá-la! - Nanda lutava desesperadamente.Miguel franzia a testa, arrancou a tesoura de suas mãos, segurou-as juntas e, carregando ela, subiu as escadas:- Joana, vá chamar o Dr. Yago.Joana, a empregada de Nanda, imediatamente atendeu ao chamado.Luiza se apoiava no sofá do andar de baixo, observando Miguel subir com Nanda, que ainda lutava.- Irmão, me solte, eu quero matar aquela pessoa má! Caso contrário, ela vai me intimidar todas as noites... - Nanda chorava, com os olhos cheios de lágrimas.Miguel, com o rosto sombrio, ignorou sua luta e a arrastou para dentro do quarto principal, amarrando ela com um lençol.Após um tempo, Yago chegou com o psiquiatra, viu Luiza se
Após o banho, Miguel subiu com suas longas pernas na cama e abraçou a pequena mulher macia por trás.Assim que a abraçou, Luiza despertou. Seu rosto pálido, agora sem expressão, indagou na penumbra:- Como ela está?- Você ainda não estava dormindo? - Indagou Miguel, com voz suave, ecoando atrás dela.Abraçada em seus braços, Luiza murmurou:- Você me acordou.- Ela tomou o medicamento; agora está bem. - Miguel a apertou mais forte e beijou seu cabelo macio e longo.Sem expressão, Luiza perguntou:- Ela realmente teve um ataque?O homem hesitou por trás dela, a voz se se tornou mais grave:- Você acha que ela estava fingindo?- Como isso pôde acontecer tão de repente? Ela estava bem durante a refeição, e logo após ouvir a notícia do nosso casamento, teve um ataque.Miguel silenciou por um momento e então respondeu suavemente:- Ela não tomou sua medicação a tempo, por isso teve o ataque.- É mesmo? - Luiza soou incrédula, a voz sombria. - E agora, o que você pretende fazer? Vai contin
- Eu sei, irmão, me sinto como um peso morto, causando dificuldades para você e a cunhada com essa doença estranha...Ela ficava cada vez mais triste enquanto falava, suas lágrimas fluíam mais abundantemente.Miguel suspirou, pegou um lenço para ela e consolou: - Não é culpa sua, ninguém quer ficar doente, não se preocupe tanto.Nanda concordou com a cabeça, dizendo com tristeza: - Miguel, você não vai me deixar, vai?- Não vou.Luiza desceu as escadas e ouviu a conversa dos dois. Ela olhou para eles na luz da manhã, o homem alto e bonito, a mulher frágil e inocente, ela pedindo para ele não a abandonar, e ele dando a promessa para ela. Luiza sentiu uma dor profunda em seu coração.Ela não queria ficar chateada, mas se sentia sufocada. Luiza não conseguiu comer, pegou sua bolsa e se preparou para sair para o trabalho.- Luiza. Miguel notou sua presença quando ela estava calçando os sapatos na porta, claramente pronta para sair.Luiza se virou, e Nanda imediatamente se escondeu atr
Ele a mordeu com força nos seus lábios, como se estivesse descontando, punindo.- Me solte! Luiza se sentia muito injustiçada, lutando com todas as suas forças.Por que ele podia a punir só porque estava chateado? O que ela fez de errado? Neste assunto, quem estava errado era o Miguel! Ela estava cheia de raiva, o empurrando com força, mas ele segurou seus dois braços e os prendeu atrás dela. Luiza foi forçada a se curvar para frente, e Miguel a beijou novamente, a dominando com voracidade, devorando todas as suas palavras. Luiza ficou furiosa, empurrando e chutando, como um pequeno animal assustado. Mas a diferença de força entre homem e mulher era enorme, ela simplesmente não conseguia se soltar dele, e seu coração estava cheio de raiva e desconforto, então ela decidiu morder sua língua! Miguel sentiu dor, a soltou, e um traço de sangue escorreu de seu lábio.Luiza olhou com ódio para ele, falando sem rodeios: - Miguel, você é um louco, um pervertido, eu te odeio!- O que vo