Os médicos e enfermeiros correram em um alvoroço, colocando Clara na ambulância e levando ela para a sala de cirurgia.Clara, pálida, segurava a mão da enfermeira, gritando:- Dr. Raul, por favor, chame o Dr. Raul, ele é o meu médico responsável...Clara foi então levada.Helena estava completamente perdida, não esperava que, por não ter conseguido segurar Clara, isso resultaria em um aborto espontâneo.Ela se lembrou do momento em que Luiza a segurou primeiro, e então se virou para olhar friamente para Luiza:- Luiza, o que você estava fazendo, exatamente? Você tem noção de que, por eu não ter conseguido segurá-la, ela acabou caindo?Luiza, claro, também tinha visto Clara ser levada às pressas pelos médicos e enfermeiros após um sangramento intenso.Estava um tanto em pânico, mas não se arrependia.Naquele instante, se lembrou da conversa que Clara teve com o Dr. Raul no corredor.Subitamente, agiu como se fosse desmaiar, provavelmente tentando fazer com que a responsabilidade recaíss
Luiza estava em um canto, sem dizer uma palavra.A enfermeira ainda não tinha saído, e Luiza não sabia o que dizer.Todos seguiram Clara para o quarto do hospital.Helena também entrou.Clara, lá dentro, chorava histericamente.- Meu filho, eu cuidei dele tão bem, como ele pôde ter desaparecido de repente? Tia, por que você não me segurou naquele momento? Se você tivesse me segurado, talvez meu filho estaria bem...Helena tinha uma expressão grave.Foi nesse momento que a enfermeira voltou e contou ao mordomo o que aconteceu na sala de cirurgia.O mordomo, após ouvir, acenou com a cabeça, se aproximou de Helena e sussurrou.- A enfermeira foi à sala de parto e disse que o bebê já estava sem vida quando nasceu, todo roxo e sem respirar.A expressão de Helena esfriou.Clara ainda chorava.- Tia, como meu filho pode estar morto?Helena olhou para ela, a culpa anterior desaparecida, com uma expressão indiferente, e perguntou ao Dr. Raul.- Dr. Raul, é possível trazer o bebê para eu ver?Dr
Quando Miguel proferiu essas palavras, Clara tremeu levemente as pálpebras e as lágrimas cessaram.Miguel lançou um documento sobre sua cama.Após a declaração alarmante de Yago na noite anterior, Miguel solicitou a Eduardo que investigasse, e pela manhã, Eduardo trouxe os resultados.Clara, inesperadamente, havia causado tumulto no hospital.- Não é de admirar que você tenha insistido em ir à Quinta do Lago para pedir desculpas à Lulu ontem, querendo jogar a questão da criança no colo dela. Como Lulu se recusou a vê-la, hoje você mirou na minha mãe, Clara. Que audácia a sua!O rosto de Clara mudou drasticamente, e ela rapidamente virou a cabeça para olhar para Helena.As finas sobrancelhas de Helena se franziram, e ela lançou um olhar frio para Clara.Ela finalmente entendeu por que Luiza a tinha afastado, percebendo que Clara havia feito isso duas vezes.Agora, sentia um alívio súbito, agradecida por Lulu tê-la afastado, pois se seu filho tivesse desaparecido, ela nunca poderia escla
Luiza não pôde evitar um sorriso.- Mas, eu não fui muito boa com você no passado, você não me odeia? Se naquela vez você não tivesse me segurado, eu teria sofrido.Luiza balançou a cabeça e disse:- Eu sofri nas mãos dela, não quero que você sofra também.Helena ficou surpresa, não esperava que Luiza não a odiasse, pois sempre a forçava a tomar remédios e frequentemente a repreendia...De repente, se sentiu um pouco culpada e, antes de partir, disse gentilmente:- Quando tiver tempo, venha visitar a Baía da Valenciana.- Claro. - Luiza observou a sogra partir.Miguel, após resolver algumas coisas, se aproximou.- Onde está minha mãe?- Ela foi embora. - Respondeu Luiza.- O que ela estava falando com você? - Miguel havia olhado para cá por um momento e viu Helena acariciando sua cabeça, então provavelmente não estava repreendendo ela.Luiza sorriu e disse:- A sogra me disse que havia me julgado mal antes, que eu sou uma boa garota e que eu deveria visitá-la sempre que não estivesse o
- Naquela época...Bryan se recordou de muitos anos atrás,- Naquela época, nós sete levamos o chip recém-desenvolvido para a América para discutir investimentos, e não esperávamos que um americano imediatamente se interessasse por ele. Ficamos muito felizes, mas descobrimos mais tarde que o americano queria que vendêssemos o produto definitivamente e nos proibisse de produzi-lo no futuro. - Rememorou Bryan. - Inicialmente, não estávamos de acordo, mas a intenção do americano era que, se não vendêssemos o produto definitivamente, não nos seria permitido voltar ao nosso país. Sob essa ameaça, vários membros da equipe se posicionaram a favor da venda, acreditando que, mesmo sem essa tecnologia, poderíamos desenvolver outra, mas Zeca de maneira alguma concordava.- Isso eu sei. - Respondeu Miguel. - O que eu quero saber é por que meu pai se jogou do prédio?Bryan suspirou.- Naquela noite, alguns membros da equipe planejaram levar Zeca para beber, com a intenção de embriagá-lo e fazê-lo a
Miguel soube que Zeca tinha sido espancado por algumas pessoas naquela noite.Ele pensou em como seu pai devia ter se sentido desesperado naquela hora, um homem tão excepcional que, por ter desenvolvido um chip avançado, foi brutalmente maltratado até ser jogado do alto de um prédio.A partir daquele momento, Miguel decidiu que faria os responsáveis pagarem.- Eu não sei. - Bryan balançou a cabeça. - Naquela noite, eu bebi demais, não consigo me lembrar de nada.- Você chegou a agredir meu pai? - Miguel olhou para ele com um olhar claramente intimidador.Bryan se assustou com seu olhar, seu rosto empalideceu e ele balançou a cabeça.- Eu realmente não sei, não consigo lembrar...Naquela noite, ele chegou mais tarde e, quando chegou, todos diziam que Zeca já tinha assinado o contrato.Bryan, feliz na hora, aceitou a bebida que um amigo lhe ofereceu e, depois disso, ficou tonto, não lembrava se tinha cometido algum crime.Ele disse a Miguel:- Realmente não me lembro, você deveria invest
Não sei quanto tempo passou, mas ele ouviu sons de estalidos vindos de fora, como se algo tivesse caído ao chão.Seu olhar se alterou, e ele caminhou até a porta para abri-la.Luiza estava com a mão ensanguentada, ergueu os olhos para ele, enquanto o homem, vestido com um traje casual de casa e de estatura esguia, não mostrava sinais de ter acabado de acordar.Ela hesitou:- Você não estava dormindo?Miguel, com uma expressão fria, desviou o olhar do rosto dela para a mão dela.Os dedos delicados de Luiza estavam cortados pelos cacos de um prato. Ele, franzindo a testa, pegou ela nos braços e a levou para o quarto.- Como você pode ser tão descuidada? - Ele disse enquanto pegava o kit de primeiros socorros e começava a cuidar dela com delicadeza.Luiza fixava o olhar no rosto bonito dele e, enquanto o observava, seus olhos se encheram de lágrimas.- Miguel, por que você está me ignorando?- Como assim, te ignorando? - Ele perguntou, mas seus movimentos ao enfaixar a mão dela desaceler
Na verdade, quando Miguel estava bem, ele era extremamente agradável.Ele cuidava dela como se fosse uma pequena garota.Luiza, ao dormir à noite, insistia em se aconchegar contra ele, e Miguel, franzindo a testa, dizia:- Desça.Ele não estava com vontade essa noite.- O que houve? - Ela o abraçava, passando as mãos pelos seus firmes abdominais.Na verdade, ela estava tentando agradá-lo.Sentia que ele estava triste naquela noite e queria animá-lo um pouco com aquilo.Miguel deu um grunhido abafado ao ser tocado por ela, se virou para olhá-la, os olhos levemente sombrios.- É isso que você quer?Luiza, envergonhada, respondeu em voz baixa:- Sim...Ao ouvir isso, os olhos de Miguel transbordavam perigo. Ele se virou, abraçou ela e a pressionou contra o cobertor, beijando ela.Luiza ofegou, um pouco sobrecarregada por aquele beijo apaixonado.Miguel, porém, não permitiu que ela recuasse, levantou suas mãos e deslizou por dentro de seu camisolão, o tirando completamente.Luiza imediata