Luiza estava um pouco assustada, mas disse a si mesma para manter a calma e continuou a limpar a lama de Theo.Isso foi o que a enfermeira pediu para ela fazer, explicando que remover a lama ajudaria a verificar se havia mais feridas no corpo. Luiza fez como lhe foi pedido, cuidando dele com todo o seu esforço e dedicação.Miguel finalmente se foi, com uma expressão sombria, como se nuvens escuras cobrissem a lua....No dia seguinte.A tempestade virou notícia, com fortes chuvas e ventos varrendo Valenciana do Rio durante toda a noite, deixando as ruas num caos.Muitas árvores foram destruídas nas estradas, com inúmeras delas arrancadas pela raiz e caídas ao longo das vias.Miguel estava no carro, ouvindo o noticiário sobre um incidente na colina atrás do Jardins da Serra.Relatavam que um homem e uma mulher ficaram presos entre as árvores, o homem foi atingido nas costas por uma delas, enquanto a mulher o arrastava para fora com dificuldade.Eduardo, sempre atento, disse imediatamen
Hospital.Theo acordou.- Você ainda está tonto? - Perguntou Luiza, depois de retornar com o laudo médico, o qual indicava que Theo tinha sofrido uma leve concussão, mas nada além disso.- Um pouco. - Theo segurou a testa, parecendo fraco.Luiza prontamente se aproximou e ajeitou dois travesseiros atrás dele.- Assim você vai se sentir melhor, encostado nos travesseiros. O médico disse que você está com uma leve concussão. Tonturas são normais, e você precisa ficar alguns dias no hospital.Theo assentiu.- Foi você quem cuidou de mim no hospital ontem à noite?Luiza fez um sinal afirmativo.- Eu não tinha o telefone da sua família, então...- Minha família está nas Américas. - Respondeu Theo.Luiza se sentiu um pouco culpada.- Desculpa, Theozinho, você se machucou por minha causa. Se não tivesse ido bloquear aquela árvore, não teria se machucado.- Não tem problema, eu teria feito o mesmo por qualquer pessoa. - Theo acariciou a cabeça dela.Quando Miguel entrou, presenciou essa cena,
Uma única frase fez com que Luiza sentisse um frio por todo o corpo, e ela se virou para olhá-lo.Miguel repetiu a mesma frase:- Volte comigo.Luiza respirou fundo e, finalmente, disse a Theo:- Theozinho, descanse bem aqui, eu volto amanhã para te ver.- Certo. - Theo sorriu suavemente, sempre mantendo sua habitual serenidade.Luiza seguiu Miguel para fora do quarto do hospital.Ela não esperava que, no fim, ele usasse seu pai como ameaça. Luiza se sentiu desapontada. Enquanto seu pai estivesse preso, ela estaria à mercê de outros, incapaz de agir livremente.Os dois deixaram o hospital e entraram no carro.Durante o trajeto, não trocaram uma palavra. Luiza não queria dizer nada, apenas se encostou na janela do carro e fechou os olhos.Ao chegarem aos Jardins da Serra, Lívia os recebeu:- Senhor, senhora, vocês voltaram? O jantar já está pronto, venham comer enquanto está quente.Miguel não respondeu e se dirigiu à sala de jantar.Luiza, por outro lado, disse a Lívia:- Lívia, não
Então, ela balançou a cabeça, respondendo:- Não, Theozinho está ferido por minha causa, preciso cuidar dele.Além do mais, a mãe de Theo era a melhor amiga da sua mãe, e ela desejava se aproximar mais de Theo para aprender sobre sua mãe.- Já lhe disse que você não pode ir. - A expressão de Miguel se tornou sombria.Luiza afirmou com convicção:- Eu irei.Miguel soltou uma risada fria:- Parece que você está decidida a me trair, não é?Ele havia alertado sobre as segundas intenções de Theo, mas ela não dava ouvidos, insistindo em se aproximar dele para serem amigos?Diante dessas palavras, Luiza não se defendeu, apenas virou a cabeça, o ignorando.Miguel, subitamente, segurou seu queixo com força, o olhar se tornando perigoso e sombrio:- Se você ousar ir, esqueça a liberdade do seu pai. - Dito isso, soltou ela e saiu com passos largos do quarto.O queixo de Luiza doía; ela tocou o local levemente, com o rosto determinado.Os acontecimentos do dia fizeram-na perceber que não podia sim
Suas mãos ásperas amassavam sua pele alva.Luiza franzia a testa, desconfortável.- Miguel, me solte.Ele se recusou a soltar, prendendo ela contra a cabeceira da cama, se colando a ela como um forno, mordendo loucamente seu pescoço.Luiza tremia com as mordidas.Marcas vermelhas e roxas apareciam em sua pele; ela tentava se soltar sem sucesso, pressionada contra a cama por ele.Ele ainda vestia seu roupão, com um braço envolvendo sua cintura delgada e o outro causando tumulto em seu corpo, acendendo um fogo que rapidamente deixava as bochechas de Luiza levemente avermelhadas.Ela era estimulada a tremer.Miguel sentiu isso, seu interesse se intensificou, apertando sua cintura e se entregando à paixão.Sob o luar, ela estava pressionada por ele, sua pele como neve, delicada e bela, com os cantos dos olhos avermelhados, incitando ainda mais o homem a desejá-la intensamente....O dia começava a clarear.Miguel ainda a abraçava, como uma fera insaciável.Luiza chamava sem forças:- Me de
Bruna se virou para olhar para Theo, que já cuidava de Luiza.- Lulu, venha para mais perto, não fique tão distante dela.Luiza, sem temer muito Bruna, ergueu o queixo friamente e a encarou.- Bruna, se você ousar fazer algo aqui, chamarei a polícia e direi que você me agrediu intencionalmente.Bruna se enfureceu com a provocação, e disse ao Theo:- Theozinho, como você pode fazer isso comigo? Esta manhã, minha mãe disse que a família Souza queria arranjar um casamento com a família Pires, e pensaram em marcar uma data para o nosso noivado!Ao ouvir isso, a expressão de Theo esfriou.- Eu não concordei.- Você acha que pode discordar? A grande família Pires concordaria em ter você casando com Luiza, uma mulher que já foi de outro?Bruna apontou para Luiza, dizendo com arrogância:- Luiza, se for esperta, fique longe do Theozinho. Nossas famílias se unirão em casamento em breve, e então Theozinho será meu noivo. Se continuar se aproximando dele, não me culpe por tomar medidas contra voc
Porque se casando com a Bruna, que não possuía poder real, ele perdia a chance de competir com Francisco. Francisco, por sua vez, certamente faria de tudo para aproveitar essa situação.Theo pressentia que, a partir deste momento, precisava planejar como sabotar os planos de Francisco. Claro, uma sabotagem abrupta não funcionaria, pois levantaria suspeitas. Assim, ele teria que agir de maneira discreta....Ao descer para o térreo, Luiza se dirigiu ao seu carro, já que veio dirigindo.- Para onde? - Miguel segurou sua mão, com um olhar gélido.Luiza o encarou:- Procurando problemas no hospital durante o dia? Parece que está realmente entediado.- Como assim, procurando problemas? Se explique direito.Luiza respondeu:- Não tenho o que te dizer. Solte minha mão, estou de saída.- Só porque não te deixei vir ao hospital ver Theo, você fica assim? - Indagou Miguel, friamente.Luiza queria dizer que não, que o que realmente a incomodava era o comportamento dominador e coercitivo dele n
Ela leu algumas mensagens e se sentiu mal com os insultos. Colocou o celular de cabeça para baixo na mesa, sem querer olhar mais.Ruídos tumultuados vinham de fora do prédio.Marina foi até a janela e viu que estava cheio de fãs da Clara lá fora.Eles seguravam faixas insultando Luiza, chamando ela de amante, e exigiam que ela saísse para pedir desculpas.Marina franziu a testa e disse:- Lulu, você definitivamente não deve sair agora, lá fora está cheio de fãs da Clara, eles estão agindo como loucos.Luiza franziu a testa.Como isso aconteceu?Quem postou esse vídeo?Nesse momento, o barulho lá fora se tornou ainda mais alto, alguns fãs invadiram o prédio e a multidão começou a entrar como se tivessem enlouquecido.A expressão de Marina mudou, e ela correu escada abaixo para falar com Luiza:- Lulu, eles estão subindo, você definitivamente não deve descer, vou trancar a porta do estúdio.Marina correu até a porta principal, tentando fechar a porta com um cadeado.Mas, antes que pudes