- Vocês precisam encontrá-la rapidamente.Sua expressão era sombria, e todos sentiam uma grande pressão.Miguel tinha pensamentos ruins incessantes em sua mente, imagens dela deitada em uma poça de sangue apareciam constantemente, ele temia que ela estivesse morta no Jardins da Serra.Não se sabia por quanto tempo procurou, até que viu um par de pernas brancas balançando no pátio.Essas pernas estavam acima de sua cabeça.Olhando para cima, viu Luiza sentada em uma grande oliveira, com uma expressão abatida e chorando.Apesar do olhar atordoado, pelo menos ela estava fisicamente ilesa.Um peso enorme caiu de seu coração, e uma sensação inexplicavelmente ácida surgiu em sua garganta.Ele se aproximou, suavizando a expressão sombria em seu rosto, e olhou de baixo para ela.- O que você está fazendo aqui?Luiza estava enxugando as lágrimas, ouvindo sua voz, não queria lidar com ele, virou a cabeça para o lado, de costas para ele.Ela estava chorando e não queria falar.Se falasse, chorari
Luiza ficou comovida por muito tempo.Realmente, não era de admirar que ela fosse apaixonada por ele.Embora ele sempre se mostrasse frio, com o rosto fechado, afirmando que a odiava, que ela precisava se redimir, nunca a agrediu nem a insultou. De vez em quando, ainda lhe trazia presentes do exterior.Ele possuía um caráter íntegro.Por isso, Luiza sempre aguardava ansiosamente pelo seu retorno.Mesmo quando ele a repreendia severamente, a expulsando com ferocidade do escritório, isso a deixava feliz por muito tempo. Ela gostava de provocá-lo, buscando sua presença dizendo "senhor, senhor" como uma borboleta colorida e alegre.Era uma pena que o homem que ela desejava amar por toda a vida tivesse outra pessoa em seu coração.Pensando nisso, Luiza sentiu seus olhos se encherem de lágrimas novamente.Miguel percebeu e a abraçou gentilmente, perguntando com suavidade:- Por que você está chorando novamente?- É só que me sinto injustiçada, Miguel, você não pode me deixar, está bem? - E
O rosto de Luiza corou intensamente e ela deu um leve tapa nele.- Seu canalha!- Não esqueça, foi você que me seduziu primeiro. - Essa afirmação de Miguel deixou Luiza sem palavras.Quem tinha se apaixonado primeiro era ela, não?Seu rosto estava tão vermelho de vergonha que parecia um tomate, e ela murmurou entre os dentes cerrados:- Então, depois você não acabou gostando, até não poder mais?- É, eu gostei muito, não queria mais que você fosse embora. - Ele a abraçou mais forte, e seus olhos brilharam com um sentimento mais intenso.Luiza, incapaz de suportar o olhar dele, desviou o olhar, dizendo:- Vamos, o vento está forte esta noite, e parece que vai chover em breve.Ela queria descer da árvore, mas notou que as luzes da mansão estavam acesas.Olhando para lá, viu alguém fazendo a limpeza.Luiza se surpreendeu:- Por que estão limpando lá dentro?Vários seguranças limpavam mesas e cadeiras dentro da mansão.Miguel lançou um olhar e logo entendeu, provavelmente era a intenção de
Nesse momento, a porta se abriu.Luiza olhou imediatamente naquela direção.Miguel entrou, com algumas gotas de chuva caindo sobre seus ombros.- A chuva começou; eu mandei eles voltarem para casa.Luiza ficou surpresa por um instante.- E você?- Começou a chover; vou ficar aqui. - Ele disse, como se fosse a coisa mais natural.Luiza se sentiu mal em mandá-lo embora, então falou em voz baixa:- Você tem roupas para trocar?- Tenho no carro. - Ele sempre tinha roupas de reserva no carro. - Vou lá pegar.- Espere. - Luiza o chamou. - Acho que tenho um guarda-chuva aqui; vou procurar para você.Miguel pensou que ela estava tentando mandá-lo embora, e seu belo rosto se franziu.Luiza encontrou o guarda-chuva no hall de entrada e o levou até ele.- Aqui está o guarda-chuva, para você.Miguel olhou para ela friamente.- Está tão ansiosa assim para me mandar embora?- Não é isso. - Luiza ficou surpresa, explicando. - É para você pegar as roupas debaixo do guarda-chuva.- Entendi.As rugas em
Luiza não conseguia se explicar.De fato, antes ela se comportava de maneira dócil diante dele; amar alguém significava tentar agradar essa pessoa involuntariamente, querendo que ele a percebesse como alguém bom.Entretanto, quando Clara retornou ao país, ela se sentiu tão desapontada que sua verdadeira natureza acabou vindo à tona.- Como você se tornou rebelde de repente? - Miguel se aproximou, fitando ela com intensidade.Embaraçada, Luiza baixou a cabeça e disse:- Eu cresci, não posso ser rebelde?Ele olhou para baixo, dando um riso leve.- Não cresceu tanto assim.Uma dupla interpretação.Luiza corou profundamente, cobrindo o peito.- Você está sendo vulgar novamente!Ela o empurrou, irritada e envergonhada:- Detestável.E, então, correu para fora.Miguel, vendo ela fugir, não conseguiu evitar um sorriso.Mais tarde, ao buscar itens de higiene para ele, encontrou apenas uma toalha rosa e uma escova de dentes em forma de pato, entregando-os de forma um tanto quanto constrangida.
O ambiente se tornou subitamente mortalmente silencioso.Ele não disse nada, abriu a porta e saiu.Luiza estava arrumando os travesseiros quando, de repente, o viu sair do banheiro e perguntou:- Você ainda não tomou banho?Miguel, com uma expressão vazia, ignorou ela completamente e saiu pisando forte, voltando à sua frieza habitual.Luiza sentiu um aperto no coração, correu para fora do quarto enquanto Miguel descia as escadas e saía, batendo a porta da frente.Lá fora, a chuva caía torrencialmente, com trovões e relâmpagos.Ele simplesmente caminhou para a chuva, sem pronunciar uma palavra.Luiza chegou à porta, sem entender o motivo de sua partida ou de onde vinha aquele temperamento.Por que ele sempre fazia isso?Tudo ia bem e, de repente, ele mudava.Ela permaneceu na porta, observando sua silhueta se distanciar, enquanto as lágrimas inundavam seus olhos.Na profundidade da noite, completamente encharcado, ele dirigiu o Rolls-Royce para longe.Um relâmpago cortou o céu, iluminan
Inicialmente, Miguel só queria atormentá-la, mas, ao ver o rubor de abandono em seu rosto, ele não pôde evitar de perder um pouco o controle.Capturou o lóbulo de sua orelha com a boca, arrancando suas roupas de forma brusca.Luiza não conseguia se esquivar e, ao ser beijada por ele, perdia gradualmente a razão, o chamando docilmente:- Miguel...O olhar de Miguel se aprofundou, mordendo maldosamente sua pele macia.- Gosta?As orelhas de Luiza ardiam; ele falava com seu coração contra o dela, e o fôlego quente parecia queimar através de sua pele até o coração.Ela murmurou num delírio:- Gosto...Miguel se tornou instantaneamente mais selvagem, sua respiração, antes fria e fina, agora era ardente e ambígua, fazendo ela sentir calor e tremores...Ela se sentia desossada por sua ardência, pendurada nele, transformada em uma poça de água...Ela quase chorou a noite inteira.Na segunda metade da noite, o som da chuva parou.Ele ainda não estava satisfeito, ordenando a ela enquanto colava
Uma prova foi entregue nas mãos de Dolores por Eduardo.Depois de ler, Dolores lamentou:- Como é possível? Nossa Bruna é tão inocente, como ela poderia fazer algo assim? Lulu é a prima dele, ela jamais faria isso!Eduardo, com o rosto inexpressivo, transmitiu as palavras de Miguel.- Nosso senhor disse que, se a Srta. Bruna não agir conforme solicitado, nosso senhor fará com que ela se arrependa de viver pelo resto da vida.Dolores tremeu de medo.Correu escada acima e deu um tapa em Bruna.- O céu está desabando e você ainda está dormindo!Bruna, após receber o tapa, abriu os olhos, sentindo dor, e murmurou:- Mãe, o que você está fazendo? Eu acabei de fazer preenchimento com ácido hialurônico ontem à noite, e se você tiver deformado meu rosto agora?- O que vamos fazer? Veja só o que você fez! - Dolores jogou as provas no rosto dela.Bruna deu uma olhada.Suas fotos subornando Ana e os comprovantes de transferência tinham sido todos descobertos.Ela ficou pálida de medo.- Mãe! Como