Nesse momento, a porta se abriu.Luiza olhou imediatamente naquela direção.Miguel entrou, com algumas gotas de chuva caindo sobre seus ombros.- A chuva começou; eu mandei eles voltarem para casa.Luiza ficou surpresa por um instante.- E você?- Começou a chover; vou ficar aqui. - Ele disse, como se fosse a coisa mais natural.Luiza se sentiu mal em mandá-lo embora, então falou em voz baixa:- Você tem roupas para trocar?- Tenho no carro. - Ele sempre tinha roupas de reserva no carro. - Vou lá pegar.- Espere. - Luiza o chamou. - Acho que tenho um guarda-chuva aqui; vou procurar para você.Miguel pensou que ela estava tentando mandá-lo embora, e seu belo rosto se franziu.Luiza encontrou o guarda-chuva no hall de entrada e o levou até ele.- Aqui está o guarda-chuva, para você.Miguel olhou para ela friamente.- Está tão ansiosa assim para me mandar embora?- Não é isso. - Luiza ficou surpresa, explicando. - É para você pegar as roupas debaixo do guarda-chuva.- Entendi.As rugas em
Luiza não conseguia se explicar.De fato, antes ela se comportava de maneira dócil diante dele; amar alguém significava tentar agradar essa pessoa involuntariamente, querendo que ele a percebesse como alguém bom.Entretanto, quando Clara retornou ao país, ela se sentiu tão desapontada que sua verdadeira natureza acabou vindo à tona.- Como você se tornou rebelde de repente? - Miguel se aproximou, fitando ela com intensidade.Embaraçada, Luiza baixou a cabeça e disse:- Eu cresci, não posso ser rebelde?Ele olhou para baixo, dando um riso leve.- Não cresceu tanto assim.Uma dupla interpretação.Luiza corou profundamente, cobrindo o peito.- Você está sendo vulgar novamente!Ela o empurrou, irritada e envergonhada:- Detestável.E, então, correu para fora.Miguel, vendo ela fugir, não conseguiu evitar um sorriso.Mais tarde, ao buscar itens de higiene para ele, encontrou apenas uma toalha rosa e uma escova de dentes em forma de pato, entregando-os de forma um tanto quanto constrangida.
O ambiente se tornou subitamente mortalmente silencioso.Ele não disse nada, abriu a porta e saiu.Luiza estava arrumando os travesseiros quando, de repente, o viu sair do banheiro e perguntou:- Você ainda não tomou banho?Miguel, com uma expressão vazia, ignorou ela completamente e saiu pisando forte, voltando à sua frieza habitual.Luiza sentiu um aperto no coração, correu para fora do quarto enquanto Miguel descia as escadas e saía, batendo a porta da frente.Lá fora, a chuva caía torrencialmente, com trovões e relâmpagos.Ele simplesmente caminhou para a chuva, sem pronunciar uma palavra.Luiza chegou à porta, sem entender o motivo de sua partida ou de onde vinha aquele temperamento.Por que ele sempre fazia isso?Tudo ia bem e, de repente, ele mudava.Ela permaneceu na porta, observando sua silhueta se distanciar, enquanto as lágrimas inundavam seus olhos.Na profundidade da noite, completamente encharcado, ele dirigiu o Rolls-Royce para longe.Um relâmpago cortou o céu, iluminan
Inicialmente, Miguel só queria atormentá-la, mas, ao ver o rubor de abandono em seu rosto, ele não pôde evitar de perder um pouco o controle.Capturou o lóbulo de sua orelha com a boca, arrancando suas roupas de forma brusca.Luiza não conseguia se esquivar e, ao ser beijada por ele, perdia gradualmente a razão, o chamando docilmente:- Miguel...O olhar de Miguel se aprofundou, mordendo maldosamente sua pele macia.- Gosta?As orelhas de Luiza ardiam; ele falava com seu coração contra o dela, e o fôlego quente parecia queimar através de sua pele até o coração.Ela murmurou num delírio:- Gosto...Miguel se tornou instantaneamente mais selvagem, sua respiração, antes fria e fina, agora era ardente e ambígua, fazendo ela sentir calor e tremores...Ela se sentia desossada por sua ardência, pendurada nele, transformada em uma poça de água...Ela quase chorou a noite inteira.Na segunda metade da noite, o som da chuva parou.Ele ainda não estava satisfeito, ordenando a ela enquanto colava
Uma prova foi entregue nas mãos de Dolores por Eduardo.Depois de ler, Dolores lamentou:- Como é possível? Nossa Bruna é tão inocente, como ela poderia fazer algo assim? Lulu é a prima dele, ela jamais faria isso!Eduardo, com o rosto inexpressivo, transmitiu as palavras de Miguel.- Nosso senhor disse que, se a Srta. Bruna não agir conforme solicitado, nosso senhor fará com que ela se arrependa de viver pelo resto da vida.Dolores tremeu de medo.Correu escada acima e deu um tapa em Bruna.- O céu está desabando e você ainda está dormindo!Bruna, após receber o tapa, abriu os olhos, sentindo dor, e murmurou:- Mãe, o que você está fazendo? Eu acabei de fazer preenchimento com ácido hialurônico ontem à noite, e se você tiver deformado meu rosto agora?- O que vamos fazer? Veja só o que você fez! - Dolores jogou as provas no rosto dela.Bruna deu uma olhada.Suas fotos subornando Ana e os comprovantes de transferência tinham sido todos descobertos.Ela ficou pálida de medo.- Mãe! Como
No jardim, realmente havia alguém podando os galhos e varrendo as folhas secas; o Jardins da Serra inteiro parecia ter se livrado da solidão, vibrando com vida.O coração de Luiza não pôde evitar de acelerar.Lívia disse:- O senhor também falou que, assim que a senhora acordasse, ele providenciaria um lugar para eu ficar. O Jardins da Serra é a casa da senhora, e nós, os serviçais, moramos onde a senhora determinar.- Você realmente quer morar aqui, Lívia? - Perguntou Luiza.O Jardins da Serra possuía três pequenas mansões; na verdade, a menor delas era anteriormente habitada pelos empregados.Se Lívia quisesse ficar, Luiza daria a ela aquela pequena mansão.- Sim, Lívia quer ficar com a senhora. - Ela gostava genuinamente dessa moça gentil e encantadora.Luiza ficou muito contente, girou em um círculo completo e decidiu que Lívia ficaria naquela pequena mansão, entregando a ela a gestão de todos os assuntos da casa, grandes e pequenos, fazendo ela a gerente do Jardins da Serra.Pouco
- Não esperava que esse canalha fosse tão bom assim. - Marina não pôde evitar elogiar Miguel.- Na verdade, ele não é um canalha. - Luiza explicou. - Eu só soube há alguns dias que o filho que Clara espera não é dele. Mas, Mari, é melhor mantermos isso só entre nós. Se você mencionar isso na internet, Clara realmente vai te enviar uma notificação judicial.Marina ficou chocada além do esperado, mas também era inteligente.A família Freitas estava em seu auge, e Marina definitivamente não queria provocá-los.Contudo, a verdade veio à tona, limpando o nome de Luiza de qualquer mácula, o que foi bom....Enquanto isso.Na América.Theo viu o anúncio postado por Bruna e seus olhos se estreitaram.Ele estava esperando este momento, em que Luiza assumisse uma dívida de cinquenta milhões e, então, viesse negociar com o Grupo NAS.Nesse momento, ele poderia propor a aquisição da Luminar Joias, fazendo com que Luiza viesse trabalhar no Grupo NAS. Assim, por lógica e emoção, Luiza seria dele.S
- Por que você não foi dormir lá em cima? - Ele perguntou, olhando para o rosto vermelho e sonolento dela.Luiza esfregou os olhos, percebendo então que estava em seus braços, o calor corporal de Miguel aconchegando ela.- Estava te esperando para jantarmos juntos. - Disse ela suavemente.Miguel pausou por um momento, seus olhos se suavizando.- Acabou dormindo enquanto esperava?- Você não disse que horas voltaria. - Disse ela, um pouco envergonhada. - Pode me colocar no chão agora?Miguel, no entanto, não a soltou, mas a carregou direto para a cozinha, onde os pés pequenos e pálidos dela balançavam, descalços.- Onde estão seus sapatos? - Perguntou Miguel, colocando ela numa cadeira da cozinha.- Estão lá perto do sofá.Miguel se virou para pegar os pequenos sapatos de algodão dela, se agachou e os colocou nela.- Está frio, se lembre de usar meias.Ela respondeu suavemente, se sentindo inexplicavelmente aquecida pela situação.Miguel era realmente gentil.Se a vida fosse vivida com